Base do PDT articulou com Gleisi mudança no comando do Ministério da Previdência
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, conduziu diretamente as negociações com o Partido Democrático Trabalhista (PDT) que resultaram na substituição do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pelo secretário-executivo da pasta, Wolney Queiroz. A mudança foi articulada ao longo da sexta-feira, 2, após reuniões e trocas de mensagens entre Gleisi e parlamentares do […] O post Base do PDT articulou com Gleisi mudança no comando do Ministério da Previdência apareceu primeiro em O Cafezinho.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, conduziu diretamente as negociações com o Partido Democrático Trabalhista (PDT) que resultaram na substituição do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pelo secretário-executivo da pasta, Wolney Queiroz.
A mudança foi articulada ao longo da sexta-feira, 2, após reuniões e trocas de mensagens entre Gleisi e parlamentares do PDT, segundo informações divulgadas pelo portal Metrópoles.
O processo de sucessão na Previdência teve como objetivo manter o PDT na base aliada do governo federal e preservar o espaço da legenda na Esplanada dos Ministérios, em meio à crise provocada por denúncias de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que, de acordo com investigações, causaram prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões a aposentados e pensionistas.
Segundo a CNN Brasil, Hoffmann liderou tanto a gestão política quanto administrativa da substituição no ministério, buscando uma solução que evitasse o afastamento do PDT do governo.
A escolha de Wolney Queiroz ocorreu após consulta interna à legenda e foi considerada uma forma de manter estabilidade, já que o ex-deputado tem apoio no partido e experiência política no Congresso Nacional.
A saída de Carlos Lupi foi tratada como consensual. Na quarta-feira (1º), já circulavam informações sobre a intenção de o ministro deixar o cargo. A confirmação ocorreu na sexta-feira, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em carta pública divulgada após o encontro, Lupi defendeu a apuração das responsabilidades pelas fraudes e declarou apoio contínuo à gestão federal. Apesar da saída, teve influência na escolha do sucessor, emplacando o nome de Queiroz, seu principal auxiliar no ministério.
Além da mudança no comando da Previdência, também houve substituição na presidência do INSS. Gilberto Waller Jr. assumiu o posto deixado por Alessandro Stefanutto.
A troca ocorreu no contexto da crise e teve como foco a adoção de medidas emergenciais para auditoria e combate a irregularidades. Waller deverá coordenar, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), estratégias para recuperar os recursos desviados e ressarcir os beneficiários afetados.
As alterações foram interpretadas como parte de uma resposta institucional do governo diante das denúncias envolvendo o INSS. A atuação de Gleisi Hoffmann foi apontada por integrantes do Executivo como essencial para assegurar a permanência do PDT na coalizão, além de contribuir para conter os impactos políticos da crise. O partido ocupa papel relevante na sustentação parlamentar do governo Lula.
Desde que assumiu a Secretaria de Relações Institucionais, Hoffmann tem exercido papel central nas articulações com o Congresso Nacional. A ministra vem atuando na interlocução com lideranças partidárias e na gestão de conflitos internos da base governista, inclusive em temas estratégicos relacionados à governabilidade e à agenda legislativa.
A permanência do PDT no governo foi considerada um passo relevante para a preservação da maioria congressual e para a formação de alianças no contexto eleitoral.
A legenda participa da administração federal desde o início do terceiro mandato de Lula, e a manutenção do ministério da Previdência sob seu comando foi avaliada como um fator de equilíbrio na relação com os demais partidos da base.
Wolney Queiroz, que assume oficialmente o ministério, já havia exercido funções de liderança na Câmara dos Deputados e ocupava o cargo de secretário-executivo da Previdência desde o início do atual governo. Sua indicação recebeu apoio tanto do núcleo político do Planalto quanto das lideranças do PDT.
O novo presidente do INSS, Gilberto Waller Jr., é servidor de carreira e assume a autarquia com a missão de coordenar auditorias internas, revisar os mecanismos de controle e implementar medidas para prevenir novas fraudes. A expectativa do governo é que, sob sua gestão, o INSS fortaleça os processos de verificação e transparência.
A crise envolvendo o instituto provocou reações de órgãos de controle, que iniciaram investigações sobre o esquema de concessões fraudulentas de benefícios. O governo federal anunciou, por meio da Casa Civil, que pretende implementar uma força-tarefa para apurar os casos, revisar processos e fortalecer a governança nos órgãos responsáveis pela gestão da seguridade social.
Com as mudanças, o Executivo busca demonstrar controle sobre a situação e compromisso com a correção de falhas administrativas. A atuação coordenada entre a Secretaria de Relações Institucionais, o Ministério da Previdência e a AGU deverá nortear as próximas ações no enfrentamento da crise.
A substituição de Lupi e a nomeação de Queiroz foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União na noite de sexta-feira. As medidas fazem parte do conjunto de ajustes promovidos pelo governo diante do impacto político e financeiro causado pelas fraudes identificadas no INSS.
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