Azul: ações têm outro dia de queda e desabam 46% em abril; como analistas veem AZUL4?
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Pelo terceiro pregão seguido, as ações da Azul (AZUL4) registram uma derrocada. Às 14h45 (horário de Brasília), os papéis tinham baixa de 8,72%, a R$ 1,78, acumulando desvalorização de 46% no mês, de longe a maior baixa do Ibovespa em abril.
O movimento de forte queda ocorre em meio à a captação de recursos abaixo do esperado na emissão de novas ações.
A companhia aérea informou na semana passada que concluiu a primeira fase da oferta pública de ações, com captação total de R$ 1,66 bilhão, quase inteiramente proveniente da conversão de dívida (R$ 1,6 bilhão), enquanto o montante novo de capital ficou muito abaixo do potencial inicial estimado de até R$ 4,1 bilhões.
A oferta foi precificada a R$ 3,58 por ação e incluiu um incentivo de 1 bônus de subscrição para cada nova ação adquirida. O lote adicional foi equivalente a apenas 3% da oferta inicial.
A emissão integra o plano de reestruturação da Azul, que ainda prevê outros passos como conversão de bônus adicionais, compensações ao management e unificação das ações.
Conforme ressalta a XP Investimentos, diante da baixa demanda dos acionistas existentes, a captação de novos recursos ficou abaixo do esperado, o que deve resultar em uma redução modesta da alavancagem — de apenas 0,4 vez na relação dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações).
A Genial ressalta que, apesar da importância do anúncio como parte final da renegociação da dívida, o resultado ficou aquém das expectativas, principalmente na entrada de capital novo. Com a maior parte dos recursos vinda da equitização dos títulos 2029/30, a companhia ainda não captou os cerca de US$ 200 milhões adicionais estimados para reforçar liquidez e garantir a equitização total dos bonds. Isso levanta dúvidas sobre a execução da etapa final da reestruturação.
O JPMorgan atualizou as estimativas para a Azul manteve a recomendação neutra para as ações da Azul, mas retirou o preço-alvo dos ativos que era de R$ 9,50.
Para os analistas, a diluição dos acionistas minoritários da Azul pode chegar a 85%, considerando todas as iniciativas de gestão de passivos que a companhia aérea vem realizando.
Isso inclui a emissão de 96 milhões de ações para arrendadores como parte do acordo de equalização de US$ 557 milhões em dívidas, além do aumento de capital de US$ 12 milhões feito recentemente e a potencial conversão de debêntures.
O JPMorgan manteve recomendação neutra para a Azul em comparação com a GOLL4, que é classificada como underweight (UW), mas reforça as recomendações overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra, OW) para a CPA e LTM como as suas principais escolhas entre as companhias de transporte da América Latina.
O Bradesco BBI, por sua vez, tem recomendação equivalente à compra para a Azul, com preço-alvo de R$ 5, enquanto tem recomendação de venda para os ativos da Gol, com preço-alvo de R$ 0,50.
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