Atirar arroz aos noivos? Sim, mas esta campanha publicitária propõe que o faça com menos desperdício (e mais consciência)

Na Grécia, uma tradição antiga encontrou um novo propósito graças a uma campanha publicitária que cruza criatividade, sustentabilidade e inovação no setor agrícola. Chama-se “Wedding Rice” e é uma iniciativa da Wikifarmer, plataforma digital de apoio e marketing para agricultores, que propõe uma solução simples, mas eficaz, para reduzir o desperdício alimentar associado aos casamentos.

Esta prática de atirar arroz em casamentos também está presente na cultura portuguesa e, embora a iniciativa não tenha surgido em território nacional, o “Wedding Rice” pode servir de inspiração para marcas, produtores e organizadores de eventos. Mas, afinal, que iniciativa é esta?

A proposta da Wikifarmer é reaproveitar o arroz que, apesar de seguro, não cumpre os critérios estéticos para venda ao consumidor e, por isso, seria descartado. Com a campanha “Wedding Rice”, esse arroz passaria a ter um novo destino: celebrações de casamento.

Para isso, a Wikifarmer disponibilizou a sua plataforma digital para que os agricultores possam vender diretamente aos consumidores esse “arroz de casamento”. Os produtores interessados podem descarregar um modelo de embalagem, rotular o produto como destinado a cerimónias e comercializá-lo através do site. Já os consumidores, por sua vez, podem adquirir este arroz diretamente online, garantindo que mantêm viva a tradição de forma mais responsável e sustentável.

A campanha foi desenvolvida em parceria com a Cooperativa Agrícola Primária de Chalastra, uma das maiores produtoras de arroz da Europa, e conta com a criatividade da McCann Worldgroup Grécia, que destaca o caráter social e ambiental do projeto.

O slogan escolhido — “Não no altar, sim no prato” — resume o espírito da campanha: preservar o simbolismo da tradição, mas garantir que o arroz de qualidade continue a ser destinado apenas ao consumo humano.

Com esta iniciativa, a Wikifarmer visa aumentar o valor das colheitas, reduzir o desperdício e promover um mercado agrícola mais equilibrado uma vez que, atualmente, a Grécia consome cerca de 20.000 toneladas de arroz Carolino por ano.