'Ainda Estou Aqui': indígenas celebram conquista do Oscar dentro de cinema em aldeia no AM
Celebração foi realizada na aldeia Inhaã-bé, nas proximidades de Manaus, e contou com dança, pinturas corporais e muita música. Indígenas se reúnem em cinema dentro de aldeia no Amazonas para assistir ao Oscar 2025 Alexandro Pereira/Rede Amazônica Cerca de 50 indígenas de quatro etnias se reuniram na aldeia Inhaã-bé, no Amazonas, onde fica localizada a primeira sala de cinema indígena do Norte do Brasil, para acompanhar a cerimônia do Oscar 2025, neste domingo (2). A torcida pelo filme brasileiro 'Ainda Estou Aqui' teve início ainda na sexta-feira (28), com a realização de um ritual indígena para transmitir boas energias ao filme dirigido por Walter Salles, vencedor na categoria 'Melhor Filme Internacional'. A celebração contou com dança, pinturas corporais, muita música e apreensão, que logo se transformou em felicidade após o anúncio da conquista inédita para o cinema brasileiro. Para a organizadora do projeto 'Cine Aldeia', Thais Kokama, o encontro durante a premiação é uma forma de agradecimento aos trabalhos prestados em vida por Eunice Paiva, que tanto lutou pela causa dos povos originários. "A luta dela foi a nossa luta e em homenagem a ela, a gente decidiu se reunir pra fazer essa grande torcida e desejar bastante energia positiva para que o Oscar viesse ser do nosso Brasil", afirmou. O artista indígena Amadeu Sateré esteve no local e reforçou que o sentimento de felicidade com o primeiro Oscar brasileiro prevaleceu apesar dos obstáculos enfrentados ao longo da história pelos povos originários. "A gente se sentiu muito feliz, apesar de todos os obstáculos que a gente sofreu, esse nervosismo que bate no nosso coração. Mas a gente ficou feliz aqui, cantamos, nos divertimos e emanamos energia que a gente tem, nossos ancestrais", disse. Ritual emanou boas energias Indígenas no AM fazem ritual para emanar boas energias para ‘Ainda Estou Aqui’ no Oscar No fim da tarde de sexta-feira, indígenas se reuniram em frente ao cine aldeia para realizar um ritual de boas energias ao filme brasileiro. A pajé-curandeira A-yá Kukamíria, do povo Kukama, foi a responsável pelo ritual. Ela explicou ao g1 que o procedimento envolveu diferentes momentos: uma bênção para as pessoas presentes e ao filme na disputa pelo Oscar, seguida de um canto de guerra e a tradição da defumação, para emanar boas energias. "Homenagear, apoiar, porque a Fernanda Torres merece pela sua interpretação. A personagem, a mensagem que ela traz, foi um ícone em sua época. A luta dela é algo com o qual todo brasileiro pode se identificar", explicou A-yá sobre o propósito do ritual. Após o rito, A-yá abençoou uma projeção da estatueta do Oscar colocada em uma árvore ao lado da sala de cinema, com os dizeres "O Oscar é nosso". Indígenas no AM fazem ritual para emanar boas energias para ‘Ainda Estou Aqui’ na disputa do Oscar. Alexandro Pereira/Rede Amazônica Indígenas no AM fazem ritual para emanar boas energias para ‘Ainda Estou Aqui’ na disputa do Oscar. Alexandro Pereira/Rede Amazônica


Celebração foi realizada na aldeia Inhaã-bé, nas proximidades de Manaus, e contou com dança, pinturas corporais e muita música. Indígenas se reúnem em cinema dentro de aldeia no Amazonas para assistir ao Oscar 2025 Alexandro Pereira/Rede Amazônica Cerca de 50 indígenas de quatro etnias se reuniram na aldeia Inhaã-bé, no Amazonas, onde fica localizada a primeira sala de cinema indígena do Norte do Brasil, para acompanhar a cerimônia do Oscar 2025, neste domingo (2). A torcida pelo filme brasileiro 'Ainda Estou Aqui' teve início ainda na sexta-feira (28), com a realização de um ritual indígena para transmitir boas energias ao filme dirigido por Walter Salles, vencedor na categoria 'Melhor Filme Internacional'. A celebração contou com dança, pinturas corporais, muita música e apreensão, que logo se transformou em felicidade após o anúncio da conquista inédita para o cinema brasileiro. Para a organizadora do projeto 'Cine Aldeia', Thais Kokama, o encontro durante a premiação é uma forma de agradecimento aos trabalhos prestados em vida por Eunice Paiva, que tanto lutou pela causa dos povos originários. "A luta dela foi a nossa luta e em homenagem a ela, a gente decidiu se reunir pra fazer essa grande torcida e desejar bastante energia positiva para que o Oscar viesse ser do nosso Brasil", afirmou. O artista indígena Amadeu Sateré esteve no local e reforçou que o sentimento de felicidade com o primeiro Oscar brasileiro prevaleceu apesar dos obstáculos enfrentados ao longo da história pelos povos originários. "A gente se sentiu muito feliz, apesar de todos os obstáculos que a gente sofreu, esse nervosismo que bate no nosso coração. Mas a gente ficou feliz aqui, cantamos, nos divertimos e emanamos energia que a gente tem, nossos ancestrais", disse. Ritual emanou boas energias Indígenas no AM fazem ritual para emanar boas energias para ‘Ainda Estou Aqui’ no Oscar No fim da tarde de sexta-feira, indígenas se reuniram em frente ao cine aldeia para realizar um ritual de boas energias ao filme brasileiro. A pajé-curandeira A-yá Kukamíria, do povo Kukama, foi a responsável pelo ritual. Ela explicou ao g1 que o procedimento envolveu diferentes momentos: uma bênção para as pessoas presentes e ao filme na disputa pelo Oscar, seguida de um canto de guerra e a tradição da defumação, para emanar boas energias. "Homenagear, apoiar, porque a Fernanda Torres merece pela sua interpretação. A personagem, a mensagem que ela traz, foi um ícone em sua época. A luta dela é algo com o qual todo brasileiro pode se identificar", explicou A-yá sobre o propósito do ritual. Após o rito, A-yá abençoou uma projeção da estatueta do Oscar colocada em uma árvore ao lado da sala de cinema, com os dizeres "O Oscar é nosso". Indígenas no AM fazem ritual para emanar boas energias para ‘Ainda Estou Aqui’ na disputa do Oscar. Alexandro Pereira/Rede Amazônica Indígenas no AM fazem ritual para emanar boas energias para ‘Ainda Estou Aqui’ na disputa do Oscar. Alexandro Pereira/Rede Amazônica