Adidas, Nike, Puma e Under Armour pedem isenção de tarifas a Trump

Empresas afirmam que as taxas de importação podem afetar os preço dos produtos; fabricas estão localizadas em países asiáticos

Mai 3, 2025 - 20:45
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Adidas, Nike, Puma e Under Armour pedem isenção de tarifas a Trump

As empresas Nike, Adidas, Under Armour e Puma pediram ao governo dos Estados Unidos a isenção de tarifas sobre calçados importados. Segundo o portal Bloomberg, o grupo enviou na 3º feira (29.abr.2025) uma carta em que afirmam que os tributos impostos pelo governo de Donald Trump (Partido Republicano) a países da Ásia podem impactar no preço dos produtos.

A carta foi enviada por meio da Footwear Distributors and Retailers of America. O grupo afirma que a medida tarifárias é uma “ameaça existencial” e pode levar empresas a encerrarem operações no país.

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Segundo as marcas, sem a isenção, a fabricação teria que ser transferida para território americano, o que exigiria “investimento de capital significativo e anos de planejamento para mudança de fornecedores”. O texto indica que as empresas não conseguiriam absorver os novos custos enquanto adaptam seus modelos de negócios.

“Se a situação atual continuar, trabalhadores e consumidores americanos de calçados sofrerão”, afirmam as empresas.

FABRICAS FORA DOS EUA

O sistema de fabricação dos produtos das empresas de calçados é majoritariamente locado em países asiáticos, cuja matéria-prima e mão de obra são mais baratas. Os países mais procurados para a função são Vietnã (tarifa total de 46%), China (tarifa total de 145%) e Indonésia (tarifa total de 32%) – nações alvo das novas tarifas impostas pelo governo Trump. 

As marcas afirmaram que a situação se trata de uma “emergência” que exige “ação e atenção imediatas” do governo. 

Além das fábricas nos países asiáticos, a produção da indústria calçadista emprega milhares de pessoas nos Estados Unidos, principalmente em funções de design, marketing e distribuição.

Até o momento, as novas tarifas definidas por Trump estão congeladas até 8 de julho, exceto para a China. O presidente norte-americano anunciou a suspensão das medidas por 90 dias, em abril, depois da pressão da comunidade internacional. Durante o período, países pagam taxas de 10%.