A gordura na barriga aumenta o risco de demência?

Um recente estudo trouxe à tona uma descoberta preocupante: a distribuição da gordura corporal pode influenciar diretamente o risco de desenvolvimento de demência. Publicado na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia, a pesquisa analisou como o acúmulo de gordura na região abdominal e nos braços pode estar relacionado ao declínio cognitivo em adultos mais […]

Mar 18, 2025 - 20:59
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A gordura na barriga aumenta o risco de demência?

Um recente estudo trouxe à tona uma descoberta preocupante: a distribuição da gordura corporal pode influenciar diretamente o risco de desenvolvimento de demência. Publicado na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia, a pesquisa analisou como o acúmulo de gordura na região abdominal e nos braços pode estar relacionado ao declínio cognitivo em adultos mais velhos.

A gordura na barriga aumenta o risco de demência?

O impacto da gordura visceral no cérebro

Um dos achados mais relevantes do estudo foi a forte associação entre a gordura visceral — aquela que se acumula ao redor dos órgãos internos do abdômen — e um maior risco de demência. Essa gordura é considerada uma das mais perigosas para a saúde, pois contribui para inflamações crônicas e libera substâncias que podem comprometer o funcionamento cerebral.

Estudos anteriores já haviam demonstrado que a gordura visceral está ligada a doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Agora, essa nova pesquisa reforça que o impacto negativo da gordura abdominal também se estende à cognição, aumentando significativamente as chances de desenvolver doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

O acúmulo de gordura visceral pode estar diretamente ligado ao declínio cognitivo e ao aumento do risco de demência.

Gordura nos braços e seu papel inesperado

Embora a ciência tenha explorado extensivamente os riscos da gordura abdominal, o estudo trouxe uma nova perspectiva ao indicar que o acúmulo de gordura nos braços também pode estar relacionado ao aumento do risco de demência.

Essa relação pode estar ligada a alterações metabólicas e hormonais, que, por sua vez, afetam a saúde cerebral. Os pesquisadores sugerem que a presença de gordura excessiva nessa região pode ser um indicador de disfunção metabólica, fator que pode influenciar no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas ao longo da vida.