69% das agências de Relações Públicas preveem crescimento em 2025, apesar dos desafios globais

A indústria das Relações Públicas enfrenta 2025 como um ano de desafios e oportunidades, enquanto as agências lidam com incertezas económicas, avanços tecnológicos acelerados e expectativas crescentes dos clientes. Tal como em 2024, fatores como a instabilidade económica global, os conflitos geopolíticos e a rápida evolução tecnológica continuam a ser obstáculos significativos para o setor. Contudo, as agências têm demonstrado uma notável capacidade de adaptação e resiliência, posicionando-se de forma estratégica para crescer num mercado em transformação.

Para identificar tendências e oportunidades no setor, a International Public Relations Network (IPRN), representada em Portugal pela Central de Informação, realizou um estudo com as suas agências-membro em 22 países. Os resultados revelam otimismo no setor, com 69% das agências a preverem crescimento em 2025. Este indicador reflete a capacidade do setor de inovar e permanecer estrategicamente relevante num contexto global complexo.

As áreas de Consultoria em Comunicação Estratégica e Relações Públicas surgem como as mais promissoras, sublinhando a importância de evoluir e abraçar novos desafios para manter a competitividade e o impacto num mercado em constante mudança.

“A nossa pesquisa anual reafirma a força e a adaptabilidade do setor de Relações Públicas”, afirma Rodrigo Viana de Freitas, presidente da IPRN. “Apesar das incertezas globais contínuas, as agências de RP continuam a construir e a manter relações fortes e confiáveis com os seus clientes. Esta resiliência reforça o papel crucial do setor orientado para a gestão de crise e da mudança, ao mesmo tempo que entrega valor estratégico.”

“À medida que as empresas navegam por um ambiente cada vez mais complexo, os profissionais de RP nunca foram tão essenciais. Desde a gestão de reputação à transformação digital e estratégias de ESG, a nossa indústria está a demonstrar uma agilidade ímpar. A pesquisa deste ano destaca que inovação, adaptabilidade e confiança são os pilares centrais que moldam o futuro das Relações Públicas” acrescenta.

Estas são as principais conclusões:

• Principais áreas de crescimento: Comunicação Estratégica e Consultoria em RP lideram como as áreas mais promissoras para expansão, citadas por 25% dos inquiridos. A Gestão de Crises e Mudanças segue de perto, reconhecida por 21% como uma disciplina crucial no ambiente de negócios volátil de hoje.
• Oportunidades por setor: A tecnologia surge como o setor líder para o crescimento de RP, com 20% das agências a identificá-la como o campo mais promissor. Outros setores com potencial de expansão incluem Energia e Serviços Públicos (14%), Governo e Setor Público (13%), Saúde e Bem-estar (9%) e Bens de Consumo e Alimentação & Bebidas (7%).
• Prioridades de investimento: A criatividade ocupa o topo das prioridades de investimento, com 16% das agências a priorizá-la para diferenciar os serviços. Outras áreas de investimento incluem comunicação e marketing internos (15%), formação e retenção de talento (15%), produção de conteúdo multimédia (14%), tecnologia e produção digital (12%) e ferramentas de gestão (12%).
• Desafios da indústria: A incerteza económica e a hesitação dos clientes em investir são considerados os problemas mais urgentes, destacados por 29% das agências. Outros desafios incluem a implementação de novas tecnologias (23%), retenção e atração de talento (17%) e o impacto da inflação e aumento das taxas de juros (10%).
• Prioridades emergentes: A reputação corporativa (22%) e a comunicação ESG (21%) estão a ganhar destaque como elementos críticos na construção de confiança e credibilidade da marca. As estratégias de comunicação integrada (19%) e o PR de marca (17%) também se destacam como abordagens essenciais para fortalecer o posicionamento em 2025.

O estudo da IPRN destaca um panorama em constante transformação no setor de Relações Públicas, evidenciando o papel fundamental das agências na construção de narrativas de marca, no aumento do envolvimento das partes interessadas e na geração de valor para as empresas. Para assegurar sua competitividade, as agências precisam focar na criatividade, na digitalização e no desenvolvimento estratégico de talentos, fatores essenciais para prosperar num mercado cada vez mais desafiante e complexo.