25 anos de jornalismo profissional
O jornal digital “Poder360” completa ¼ de século comprometido com aperfeiçoar a democracia ao apurar a verdade dos fatos para informar e inspirar

O Poder360 completa 25 anos neste 18 de abril de 2025. Seu propósito é contribuir para aperfeiçoar a democracia ao apurar a verdade dos fatos para informar e inspirar.
A expressão “aperfeiçoar a democracia” foi escolhida após uma reflexão profunda sobre qual é o papel dos jornais e do jornalismo na atual quadra histórica.
O Poder360 não tem a pretensão de “defender” nem de “salvar” a democracia. Não tem poderes para tal. Tampouco foi comissionado pelos seus leitores para assumir missões dessa magnitude. Jornalistas são operários da notícia. Generalistas, têm de ter a humildade de assumir que sabem um pouco sobre muitas coisas e muito sobre quase nada. Não têm força de polícia. Não são juízes da sociedade.
Este jornal digital acredita, entretanto, que a prática do jornalismo profissional pode contribuir para aperfeiçoar a democracia. A informação correta e apurada de maneira meticulosa é útil para os cidadãos decidirem o que desejam para si, para a sociedade e para o país.
Há também um cuidado especial sobre como apresentar as notícias. No Poder360 todos atuam para apurar a verdade dos fatos.
As palavras “verdade” ou “fatos” sozinhas numa frase evocam paixões e controvérsias. Os cristãos têm uma verdade. Os agnósticos, outra. O que é um fato para alguém pode ser uma falsidade para outra pessoa.
O que tem relevância na prática cotidiana do bom jornalismo é apurar a verdade dos fatos.
Trata-se de uma busca com método bem definido. Jornalismo tem regras, como afirma o prefácio do “Manual da Redação” deste jornal digital. É necessário, por exemplo, perseguir a neutralidade e a objetividade, ainda que sejam metas inatingíveis de forma plena. Mas cabe ao jornalista do Poder360 empenhar-se para produzir notícias com neutralidade, objetividade, apartidarismo e pluralidade de opiniões. Deve-se perquirir todas as versões ao apurar a verdade de um fato.
No Poder360, a notícia é a versão mais próxima possível da verdade dos fatos. Faz-se aqui um trabalho incessante em busca da exatidão, com boa-fé e disposição para corrigir erros publicados. Jornalismo é precisão, nos 2 sentidos.
Ao atuar dessa forma há 25 anos, este empreendimento jornalístico acredita ser possível informar e inspirar seus leitores.
A ÉTICA
O jornalista deve no seu ofício distinguir com clareza a diferença entre a ética da convicção e a ética da responsabilidade, como formulou o intelectual alemão Max Weber (1864-1920).
Weber ensinou que é natural o cidadão ter convicções. Pode defendê-las com fervor. Já governantes e autoridades devem se submeter a outro tipo de ética. Um presidente, governador ou prefeito não pode atender só aos seus correligionários. Governa para toda a sociedade. Está obrigado a deixar as convicções de lado. Tem de atuar com responsabilidade. Conversar com representantes de todos os partidos políticos e não com aqueles filiados à sua agremiação política.
Com o jornalista é igual. Convicções sobre conceitos políticos, filosóficos ou religiosos não podem influir na forma como o profissional da notícia atua para apurar a verdade dos fatos. O jornalista está sujeito a seguir a ética da responsabilidade.
É por essa razão que o Poder360 e seus jornalistas não têm a pretensão de prescrever qual seria o modelo completo e justo de democracia. Ao adotar como propósito aperfeiçoar (e não defender ou salvar) a democracia, este jornal digital entende que é legítimo criticar ou elogiar o sistema de governo do país. A democracia é uma invenção do ser humano. Não é perfeita. Pode e deve passar por um processo constante de melhoria e aperfeiçoamento –ou pelo que os italianos chamam de “aggiornamento”.
A REGRA
A fórmula do bom jornalismo profissional existe há mais de um século. Há apenas uma regra: relatar notícias para o público consumidor de informações. Nada mais.
O Poder360 procura circunscrever sua atuação dentro desse quadrante. Não faz concessões, mesmo com o desafio que representa a era das redes sociais para a prática do jornalismo.
A atenção dos leitores de notícias é disputada de maneira feroz com sites e plataformas da “faits divers”. Nas redes sociais o mundo é muito mais atraente do que o das notícias sobre economia ou política.
Uma pesquisa de 2024 do Instituto Reuters revelou que 39% dos indivíduos ao redor do mundo buscam ativamente evitar o consumo de notícias. Dito de outra forma: 4 em cada 10 habitantes do planeta Terra preferem tocar suas vidas sem ler, escutar, assistir ou sequer pensar em notícias.
Essa realidade não é nova.
O noticiário mais nobre sobre economia, política, poder, leis, negócios e regulamentação nunca foi um campeão de audiência.
Este Poder360 tem uma média que varia de 8 milhões a 12 milhões de visitantes únicos por mês em seu jornal digital, que é a aberto a todos os leitores. O Drive, exclusivo para assinantes, é a newsletter mais lida por CEOs, políticos e autoridades do Brasil. Essa audiência é numerosa e relevante, mas é necessário lembrar que o Brasil tem 212,6 milhões de habitantes.
O prestigiado jornal norte-americano The New York Times tem 11,4 milhões de assinantes. É só uma fração da população dos Estados Unidos (de 340 milhões).
No Brasil, as 5 emissoras de TV de notícias 24 horas têm, juntas, uma média de só 111,8 mil telespectadores sintonizados ao mesmo tempo (só 0,05% da população).
Ainda assim, mesmo com a relativa baixa audiência do jornalismo de qualidade, os consumidores têm neste início de século 21 muito mais acesso a informações do que em toda a história da humanidade. O problema, como já escreveu Yuval Harari em seu livro “Nexus”, é que “informação não é sinônimo de notícia”. Aí abre-se uma demanda que deve ser preenchida por aqueles que praticam o jornalismo profissional e produzem notícias.
O Poder360 é um empreendimento bem-sucedido num momento de transição na indústria de jornalismo. O setor passa por um longo processo de mudanças. O velho ainda não morreu. O novo ainda não nasceu de maneira plena.
Há uma certa morbidez durante esse interregno. Leitores são bombardeados com informações falsas ou enganosas. Ganha tração a cada dia o debate sobre criar normas para restringir a publicação de notícias ou opiniões. São ideias ruins. Atacam os sintomas e não a doença. Contra desinformação deve haver mais jornalismo e mais liberdade. O bom jornalismo profissional tem de combater as investidas que tentam restringir sua atuação.
É nesse ambiente adverso que o Poder360 foi criado e prosperou. Já dura 25 anos. Vencer é durar. Viva o bom jornalismo.
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