10 Fatos sobre Devil May Cry 3

Um dos jogos mais populares da franquia O post 10 Fatos sobre Devil May Cry 3 apareceu primeiro em O Vício.

Abr 23, 2025 - 20:59

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Lançado em 2005, Devil May Cry 3 é considerado por muitos fãs o verdadeiro ponto de virada da franquia. Depois da recepção morna de DMC2, a Capcom decidiu voltar às origens — mas com mais intensidade, mais desafio e uma abordagem muito mais ambiciosa em termos de história e jogabilidade. O resultado foi um dos títulos mais aclamados da série, e que até hoje é lembrado como o favorito de boa parte da comunidade.

Mas por trás das lutas estilizadas, dos confrontos épicos e da rivalidade entre irmãos, há uma série de curiosidades que ajudam a entender como o jogo se tornou esse fenômeno. No vídeo de hoje, a gente relembra tudo isso em 10 fatos sobre Devil May Cry 3.

Devil May Cry 3 nasceu para salvar Vergil

No jogo original de Devil May Cry, a história sugeria que Vergil havia sido levado ainda na infância, tendo sua alma corrompida por Mundus e transformado no guerreiro Nelo Angelo. Mas quando Bingo Morihashi assumiu o roteiro de Devil May Cry 3, ele queria dar uma nova chance ao personagem. Assim, ficou estipulado que Vergil na verdade sobreviveu ao ataque que vitimou sua mãe, e passou a vagar pelo mundo em busca de mais poder.

Essa mudança foi fundamental para estabelecer o conflito central do terceiro jogo: o embate entre irmãos. No fim do game, Vergil cai no Submundo e confronta Mundus, um retcon de como ele acabou sob controle do demônio.

O mangá de DMC3 expandiu a história — mas ficou incompleto

Antes dos eventos de Devil May Cry 3, Dante já estava enfrentando demônios e se metendo em confusões — e parte dessas aventuras foi retratada no mangá oficial do jogo. A história explora momentos importantes que antecedem o surgimento da torre Temen-ni-gru, como o caso envolvendo Alice e uma prévia do reencontro entre Dante e Vergil. Esses acontecimentos ajudam a preencher lacunas e mostram um Dante ainda mais jovem, impulsivo e cínico, enquanto seu passado começa a vir à tona.

Infelizmente, o mangá nunca foi concluído. Apenas dois volumes foram lançados, com planos para um terceiro centrado em Lady — personagem que teria papel de destaque nesse arco final. No entanto, o artista responsável acabou desistindo do projeto antes de finalizá-lo, e a publicação foi abandonada. Até hoje, essa conclusão perdida é um assunto frequente entre os fãs, especialmente os que queriam ver mais do desenvolvimento da Lady antes de sua estreia no jogo.

Conhecimento Samurai

Daniel Southworth, o ator responsável por dar vida a Vergil em Devil May Cry 3, não chegou despreparado para o papel. Além de conhecer a fundo a história do personagem, ele também tinha um forte conhecimento sobre a cultura samurai — algo que casava perfeitamente com a postura rígida, disciplinada e silenciosamente intensa de Vergil. Para a equipe de desenvolvimento, esse background fez toda a diferença, tanto na dublagem quanto na captura de movimentos.

Segundo Southworth, Vergil é um personagem que aparenta calma, mas deixa escapar sinais sutis de fúria e conflito interno — elementos que ele procurou inserir de forma cuidadosa em sua performance.

Rebellion era a chave para o Devil Trigger

A herança demoníaca de Dante, o Devil Trigger, só foi despertado de fato após sua primeira batalha contra Vergil em Devil May Cry 3. A responsável por essa transformação foi a Rebellion, espada herdada por Dante e que, até então, era apenas mais uma arma estilosa no seu arsenal. No entanto, a lâmina havia sido encantada por Sparda para reagir com o sangue de seu filho, funcionando como uma chave mística para liberar o poder latente do caçador de demônios.

Cada capítulo revela o número da missão de forma criativa

Um dos detalhes mais criativos de Devil May Cry 3 está nas cenas de abertura de cada missão. Em vez de simplesmente exibir o número do capítulo na tela, o jogo opta por esconder esse elemento dentro da própria cena. Por exemplo, na introdução da missão 3, Lady aparece em sua moto, e os demônios Hell Prides e Hell Lust acabam sendo consumidos por chamas que, por um breve momento, formam o número "3". Já na missão 11, é o sangue derramado por Arkham que escorre até formar o número correspondente.

Reuben Langdon estrelou um comercial japonês

O dublador e ator de captura de movimentos Reuben Langdon, conhecido por interpretar Dante desde Devil May Cry 3, chegou a estrelar um comercial japonês do jogo. A propaganda foi originalmente planejada para ser bem mais ambiciosa, mas acabou sofrendo cortes de orçamento. Langdon participou da gravação, mas foi mal remunerado e, para completar, não pôde nem ficar com o icônico sobretudo usado durante as filmagens — algo que ele lamentou publicamente em entrevistas.

Lady quase foi uma mentora mais velha

Durante os estágios iniciais de desenvolvimento de Devil May Cry 3, Lady seria uma personagem bem diferente. A ideia original era que ela fosse mais velha que Dante, com um visual maduro, postura séria e até mesmo fumando cigarros — praticamente uma mentora para o protagonista. No entanto, o diretor Hideaki Itsuno se opôs firmemente a essa proposta. Seu objetivo era atrair o público japonês jovem, e ele acreditava que a personagem precisava ser visualmente mais próxima desse público.

O resultado foi a versão de Lady que conhecemos hoje: uma jovem de aparência colegial, mas com uma personalidade forte e determinada. Curiosamente, o visual final da personagem foi inspirado na cantora Julia Volkova, do grupo pop russo t.A.T.u.

O cabelo de Vergil foi alterado

Nos estágios iniciais de desenvolvimento de Devil May Cry 3, Vergil teria um visual mais distinto em relação a Dante, incluindo um corte de cabelo mais curto. No entanto, o designer Daigo Ikeno e sua equipe foram orientados a deixar o cabelo de Vergil com o mesmo comprimento do irmão. Essa escolha estética não foi aleatória: ela visava criar um impacto visual poderoso durante a icônica luta entre os dois sob a chuva.

A semelhança extrema entre os gêmeos na cena – com exceção das cores vermelha e azul que os identificam – reforça o simbolismo do confronto. Não são apenas dois guerreiros duelando, mas sim dois reflexos de uma mesma origem, agora divididos por ideologias e caminhos distintos.

Multiplayer oculto

Esse foi o único jogo da franquia a contar com um modo pseudo-multiplayer até o lançamento de Devil May Cry 5. Para ativá-lo, o segundo jogador deve conectar um controle e apertar "Start" no momento em que o jogador principal estiver usando o estilo Doppelganger — ou durante a batalha contra Arkham, quando Vergil se junta ao combate. O segundo jogador controla uma versão limitada de Vergil, com menos combos que o normal, mas com vida infinita.

Jogo mais violento

Devil May Cry 3 também foi o primeiro da série original a apresentar gore de forma mais explícita, apesar de não ter recebido a classificação do tipo pela ESRB. Enquanto outros jogos suavizam ferimentos ou mostram apenas pequenas fontes de sangue, aqui vemos cenas bem mais intensas: como quando Dante é perfurado por sete Hell Prides, ou quando Vergil fere Dante mortalmente com a Rebellion. O jogo ainda traz rastros de sangue nas missões 11 e 20, especialmente deixados por Arkham, consolidando DMC3 como o título mais sangrento da franquia.