WRC/Rali das Canárias: O super-Rovanpera e a ‘falha crítica’ do i20 N Rally1…
Depois do que se viu no primeiro dia do Rali das Canárias, o mais certo é que a Hyundai tenha que deixar para Portugal o arranque da sua recuperação no WRC 2025, já que segundo revelou o diretor técnico da Hyundai, François-Xaiver Demaison, o novo pneu de asfalto de composto duro da Hankook, que se […] The post WRC/Rali das Canárias: O super-Rovanpera e a ‘falha crítica’ do i20 N Rally1… first appeared on AutoSport.

Depois do que se viu no primeiro dia do Rali das Canárias, o mais certo é que a Hyundai tenha que deixar para Portugal o arranque da sua recuperação no WRC 2025, já que segundo revelou o diretor técnico da Hyundai, François-Xaiver Demaison, o novo pneu de asfalto de composto duro da Hankook, que se estreou nas Canárias esta semana, deixou exposta uma fraqueza no design do Hyundai i20 N Rally1, e é esse o motivo pelo qual todos os Toyota ficaram na frente dos Hyundai, porque, simplesmente, não havia nada que os pilotos da equipa de Alzenau pudessem fazer para o contrariar. Segundo Demaison, mudar afinações não seriam suficientes para mudar as coisas, só mesmo uma alteração de design.
Independentemente disso, a prestação de Kalle Rovanperä no dia de ontem, provavelmente, nada mudaria no primeiro lugar da classificação, caso os Hyundai não tivessem tido aquele problema, pois o finlandês esteve numa forma que já não era vista há algum tempo. Rovanpera e Jonne Halttunen, lideraram a tabela de tempos em todos os seis troços do 1º dia, construindo uma vantagem de 26,8 segundos. Todos os cinco carros GR Yaris Rally1 da Toyota terminaram o dia à frente dos seus rivais da Hyundai Motorsport e da M-Sport Ford, completando uma exibição dominante para a marca nipónica.
O regresso à forma de Rovanperä não podia ter sido mais oportuno. Um início de temporada modesto deixou o bicampeão mundial a 57 pontos da liderança do campeonato à chegada a esta quarta ronda – mas essa diferença pode começar a diminuir se o seu domínio continuar no fim de semana.
Enquanto outros se debatiam com a afinação do carro e a gestão dos pneus, Rovanperä esteve perfeito ao ponto de Ogier lhe ter dado um super-elogio: “Ele voou! Não conseguimos igualar o seu ritmo. E, até agora, foi sem dúvida o único que compreendeu a melhor forma de utilizar este novo pneu duro”, disse Ogier, referindo-se a Rovanperä, que teve apenas uma pequena interrupção do ritmo causada por subviragem na PEC3 – que ainda assim venceu – foi a única ‘mancha’ num dia perfeito para o jovem de 24 anos. Seguiram-se-lhe no pódio provisório o octacampeão Sébastien Ogier e o atual líder Elfyn Evans, com Sami Pajari e Takamoto Katsuta a completarem a vitória da Toyota em quarto e quinto, respetivamente.
“A sensação é muito boa,” sorriu Rovanperä. “É surpreendentemente bom ter este tipo de rali em asfalto – já não o fazíamos há muito tempo. Agora esperamos saber amanhã (hoje) o que fazer com o carro. Testámos algumas pequenas coisas aqui, por isso deve estar tudo bem.”
Ogier e Evans estiveram muito próximos na luta pelo segundo lugar, mas assim que Ogier ajustou a pressão dos pneus após a especial de abertura, ganhou vantagem, chegando à paragem noturna em Las Palmas com 9,6 segundos de vantagem sobre o seu colega galês.
Pajari, que faz apenas a sua segunda prova em asfalto ‘puro’ num carro de Rally1, fez uma série de quatro primeiros tempos para terminar a sexta-feira apenas 18,9 segundos atrás de Evans. Katsuta, cuja confiança e empenho aumentaram visivelmente à medida que o dia avançava, ficou a 10,7 segundos depois de ultrapassar Adrien Fourmaux, da Hyundai, na penúltima especial, para chegar ao quinto lugar.
Foi um dia frustrante para Fourmaux e para toda a equipa Hyundai – com o francês a cair para oitavo na última etapa, atrás dos seus colegas Thierry Neuville e Ott Tänak. Os três tiveram dificuldades em extrair rendimento dos pneus Hankook Ventus Z215 de composto duro, com problemas que vão para lá de simples afinação, como referiu Demaison, que os deixaram a mais de um minuto da liderança e à procura de soluções, que não parece ser possíverl encontrar a breve trecho: “Não sei o que dizer”, reagiu Neuville. “Obviamente, dias como este são muito difíceis de engolir. Mas, no fim de contas, não são o fim do mundo. Não sei se aprendemos alguma coisa hoje. Sabemos que temos mais dois dias pela frente e precisamos de nos manter positivos e continuar a trabalhar.”
Os pilotos da M-Sport Ford, Grégoire Munster e Josh McErlean, enfrentaram desafios semelhantes. A dupla trabalhou em conjunto nas secções de estrada entre as etapas para fazer ajustes, mas os progressos foram limitados. Munster terminou o dia em nono lugar da geral, 56,3 segundos atrás de Fourmaux, enquanto McErlean ficou mais atrás, em 11º lugar.
No WRC2, o francês Yohan Rossel abriu uma vantagem de 18,7 segundos e completou o top 10 da geral. O piloto do Citroën C3 Rally2 liderou Alejandro Cachón, com Nikolay Gryazin a manter-se em terceiro, a 20,2 segundos de distância.
Hoje, sábado, realiza-se a etapa mais longa do rali, com mais de 120 km de ação competitiva distribuídos por sete etapas. Termina com uma prova única para os adeptos, que leva as equipas para a Gran Canaria Arena – normalmente a casa do basquetebol profissional.
FOTO @World
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