WRC, Rali Safari, cúpula a três: reinar, derrubar ou aproveitar…
A Toyota tem vencido sempre desde que o Rali Safari regressou em 2021, a Hyundai quer quebrar a sequência e a Ford aproveitar o que ‘sobrar’: quem manda, quem persegue, quem espera… Realiza-se esta semana a terceira prova do WRC 2025, o Rali Safari, primeiro evento em pisos de terra do ano, e logo com […] The post WRC, Rali Safari, cúpula a três: reinar, derrubar ou aproveitar… first appeared on AutoSport.

A Toyota tem vencido sempre desde que o Rali Safari regressou em 2021, a Hyundai quer quebrar a sequência e a Ford aproveitar o que ‘sobrar’: quem manda, quem persegue, quem espera…
Realiza-se esta semana a terceira prova do WRC 2025, o Rali Safari, primeiro evento em pisos de terra do ano, e logo com a prova mais difícil de todas. Depois de dois eventos realizados até aqui, Monte Carlo e Suécia, com duas vitórias da Toyota, por intermédio de Sébastien Ogier e Elfyn Evans, a marca japonesa ruma a África tendo como objetivo defender a sua invencibilidade na icónica prova ao mesmo tempo que disputa o seu 100º evento, depois do regresso ao WRC em 2017.
O ano de 2025 tem sido perfeito na defesa do seu título de campeão de construtores, realizando dobradinhas e somando o máximo de pontos em cada um dos dois primeiros ralis do ano. Este representa o melhor arranque de uma época do WRC por um construtor na era moderna, e agora ruma a uma prova, o Rali Safari, que venceu em todas as quatro edições realizadas desde que o evento regressou ao calendário em 2021, alargando o recorde de vitórias da Toyota na prova africana para doze.
A prova deste ano marca os 40 anos desde que Juha Kankkunen obteve a sua primeira vitória no WRC no mesmo evento, ao volante do Toyota Celica Twincam Turbo, e será a primeira vez que o tetracampeão mundial lidera a equipa no terreno, na sua nova função de vice-chefe de equipa.
São quatro os pilotos que enfrentam este evento: Elfyn Evans, Kalle Rovanpera, Takamoto Katsuta e Sami Pajari.
O Rali Safari continua a constituir um desafio único para as equipas e pilotos do WRC, com algumas secções extremamente duras e rochosas, enquanto outras compostas por areia macia podem ser igualmente difíceis de transpor. A chuva tem o potencial de transformar as pistas normalmente secas e poeirentas em lama, com as equipas a poderem instalar sistemas de snorkel para ajudar os carros a navegar em águas mais profundas ou areia macia e evitar que os motores fiquem sem o necessário ar para ‘respirar’.
Com a Toyota a colocar três pilotos na frente do campeonato após duas provas, a Hyundai Motorsport tem como objetivo um pódio nesta terceira ronda da temporada, com a equipa a procura ganhar ímpeto no primeiro rali de terra da temporada, ao mesmo tempo que quebra a sequência quase avassaladora da Toyota neste início de campeonato. As três duplas do Hyundai i20 N Rally1 têm sido competitivas no Quénia em anos anteriores e vão tentar dominar um dos eventos mais desafiantes do WRC. Não vai ser tarefa fácil, face ao historial da Toyota na prova, ainda que numa prova como o Safari nada está garantido à partida.
Depois de um início de ano desafiante, a Hyundai Shell Mobis World Rally Team está concentrada em conseguir um forte desempenho na terceira ronda da temporada com o trio habitual, Thierry Neuville, Ott Tanak e Adrien Fourmaux..
Já a M-Sport Ford World Rally Team alinha com Grégoire Munster, Josh McErlean e Jourdan Serderidis, pilotos que vão tentar domar aquele que é, sem dúvida, o rali mais exigente do ano. Sem grandes aspirações em termos de classificação, os homens da Ford vão tentar sobreviver à prova, aproveitando o que a Toyota e Hyundai não conseguirem fazer. Os Ford Puma, para além de transportarem peças sobresselentes extra – mais do que o normal – também foram modificados para enfrentarem a natureza exigente das etapas quenianas – proteção extra, altura de condução exagerada e uma entrada de ar especializada, ou ‘snorkel’, que dá aos carros de competição um aspeto exclusivo para este evento único, tentando fazer da sobrevivência a sua arma. Vão mais pesados para os troços, mas também com mais ‘armas’ para combater os efeitos de eventuais armadilhas.
Percursos com novidades
O percurso foi alargado este ano para fazer desta a mais longa ronda do WRC desde há muitos anos, com 384,86 quilómetros de competição. Como habitualmente, o rali começa na capital do Quénia, Nairobi, na quinta-feira à hora do almoço, com a superespecial de Kasarani a servir de primeiro troço. Segue-se um novo troço, Mzabibu, perto do parque de assistência em Naivasha.
Outra especial, Camp Moran – a mais longa do rali, com 32,2 km – inicia um ciclo de quatro troços que se realizam duas vezes na sexta-feira, enquanto o sábado leva as equipas para norte, para o Lago Elmenteita, para um trio de troços que se repetem. Mzabibu é revisitada como a primeira de cinco especiais no domingo, quando Hell’s Gate acolhe a Power Stage que encerra o rali.
Resumindo, dois troços curtos na quinta-feira, o dia mais longo do evento é sexta-feira, com oito troços que cobrem uma distância de 157,58 km, um sábado familiar com duas rondas de alguns dos troços mais desafiantes da época: Sleeping Warrior, Elmenteita e Soysambu. Cinco troços, num total de 65,99 km, completam o último dia de competição no domingo, com a icónica Hell’s Gate (SS18/21, 10,53 km) a funcionar como a Power Stage do fim de semana.
Itinerário
1ª Etapa – Quarta-feira 19 de março Shakedown (Sleeping Warrior SEZ) 5.16 km 07:01
1ª Etapa – Quinta-feira 20 de março
PEC1 Super Special Kasarani 4.76 km 10:05
PEC2 Mzabibu 1 8.27 km 13:43
2ª etapa, Sexta-feira 21 de março
PEC3 Camp Moran 1 31.40 km 04:28
PEC4 Loldia 1 19.11 km 05:56
PEC5 Kengen Geothermal 1 13.18 km 07:09
PEC6 Kedong 1 15.10 km 08:02
Serviço B – WRTI Naivasha – 40 mins 09:07
PEC7 Camp Moran 2 31.40 km 10:45
PEC8 Loldia 2 19.11 km 12:13
PEC9 Kengen Geothermal 2 13.18 km 13:26
PEC10 Kedong 2 15.10 km 14:19
Assistência flexível C – WRTI Naivasha – 45 mins 15:04
3ª etapa, Sábado 22 de março
PEC11 Sleeping Warrior 1 26.97 km 05:35
PEC12 Elmenteita 1 17.31 km 06:35
PEC13 Soysambu 1 28.97 km 07:33
Serviço D – WRTI Naivasha – 40 mins 09:59
PEC14 Sleeping Warrior 2 26.97 km 12:05
PEC15 Elmenteita 2 17.31 km 13:05
PEC16 Soysambu 2 28.97 km 14:03
Assistência flexível E – WRTI Naivasha – 45 mins 16:18
4 ªEtapa – Domingo 23 de março
PEC17 Mzabibu 2 8.27 km 03:42
PEC18 Oserengoni 1 18.33 km 04:53
PEC19 Hell’s Gate 1 10.53 km 06:05
Serviço F – WRTI Naivasha – 15 mins 10:18 [07:18 Europe/Lisbon]
PEC20 Oserengoni 2 18.33 km 08:56
PEC21 Hell’s Gate 2[Power Stage] 10.53 km 11:15The post WRC, Rali Safari, cúpula a três: reinar, derrubar ou aproveitar… first appeared on AutoSport.