WRC, Rali Safari, cúpula a três: reinar, derrubar ou aproveitar…

A Toyota tem vencido sempre desde que o Rali Safari regressou em 2021, a Hyundai quer quebrar a sequência e a Ford aproveitar o que ‘sobrar’: quem manda, quem persegue, quem espera… Realiza-se esta semana a terceira prova do WRC 2025, o Rali Safari, primeiro evento em pisos de terra do ano, e logo com […] The post WRC, Rali Safari, cúpula a três: reinar, derrubar ou aproveitar… first appeared on AutoSport.

Mar 19, 2025 - 10:59
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WRC, Rali Safari, cúpula a três: reinar, derrubar ou aproveitar…

A Toyota tem vencido sempre desde que o Rali Safari regressou em 2021, a Hyundai quer quebrar a sequência e a Ford aproveitar o que ‘sobrar’: quem manda, quem persegue, quem espera…

Realiza-se esta semana a terceira prova do WRC 2025, o Rali Safari, primeiro evento em pisos de terra do ano, e logo com a prova mais difícil de todas. Depois de dois eventos realizados até aqui, Monte Carlo e Suécia, com duas vitórias da Toyota, por intermédio de Sébastien Ogier e Elfyn Evans, a marca japonesa ruma a África tendo como objetivo defender a sua invencibilidade na icónica prova ao mesmo tempo que disputa o seu 100º evento, depois do regresso ao WRC em 2017.

O ano de 2025 tem sido perfeito na defesa do seu título de campeão de construtores, realizando dobradinhas e somando o máximo de pontos em cada um dos dois primeiros ralis do ano. Este representa o melhor arranque de uma época do WRC por um construtor na era moderna, e agora ruma a uma prova, o Rali Safari, que venceu em todas as quatro edições realizadas desde que o evento regressou ao calendário em 2021, alargando o recorde de vitórias da Toyota na prova africana para doze.

A prova deste ano marca os 40 anos desde que Juha Kankkunen obteve a sua primeira vitória no WRC no mesmo evento, ao volante do Toyota Celica Twincam Turbo, e será a primeira vez que o tetracampeão mundial lidera a equipa no terreno, na sua nova função de vice-chefe de equipa.

São quatro os pilotos que enfrentam este evento: Elfyn Evans, Kalle Rovanpera, Takamoto Katsuta e Sami Pajari.

O Rali Safari continua a constituir um desafio único para as equipas e pilotos do WRC, com algumas secções extremamente duras e rochosas, enquanto outras compostas por areia macia podem ser igualmente difíceis de transpor. A chuva tem o potencial de transformar as pistas normalmente secas e poeirentas em lama, com as equipas a poderem instalar sistemas de snorkel para ajudar os carros a navegar em águas mais profundas ou areia macia e evitar que os motores fiquem sem o necessário ar para ‘respirar’.

Com a Toyota a colocar três pilotos na frente do campeonato após duas provas, a Hyundai Motorsport tem como objetivo um pódio nesta terceira ronda da temporada, com a equipa a procura ganhar ímpeto no primeiro rali de terra da temporada, ao mesmo tempo que quebra a sequência quase avassaladora da Toyota neste início de campeonato. As três duplas do Hyundai i20 N Rally1 têm sido competitivas no Quénia em anos anteriores e vão tentar dominar um dos eventos mais desafiantes do WRC. Não vai ser tarefa fácil, face ao historial da Toyota na prova, ainda que numa prova como o Safari nada está garantido à partida.

Depois de um início de ano desafiante, a Hyundai Shell Mobis World Rally Team está concentrada em conseguir um forte desempenho na terceira ronda da temporada com o trio habitual, Thierry Neuville, Ott Tanak e Adrien Fourmaux..

Já a M-Sport Ford World Rally Team alinha com Grégoire Munster, Josh McErlean e Jourdan Serderidis, pilotos que vão tentar domar aquele que é, sem dúvida, o rali mais exigente do ano. Sem grandes aspirações em termos de classificação, os homens da Ford vão tentar sobreviver à prova, aproveitando o que a Toyota e Hyundai não conseguirem fazer. Os Ford Puma, para além de transportarem peças sobresselentes extra – mais do que o normal – também foram modificados para enfrentarem a natureza exigente das etapas quenianas – proteção extra, altura de condução exagerada e uma entrada de ar especializada, ou ‘snorkel’, que dá aos carros de competição um aspeto exclusivo para este evento único, tentando fazer da sobrevivência a sua arma. Vão mais pesados para os troços, mas também com mais ‘armas’ para combater os efeitos de eventuais armadilhas.

Percursos com novidades

O percurso foi alargado este ano para fazer desta a mais longa ronda do WRC desde há muitos anos, com 384,86 quilómetros de competição. Como habitualmente, o rali começa na capital do Quénia, Nairobi, na quinta-feira à hora do almoço, com a superespecial de Kasarani a servir de primeiro troço. Segue-se um novo troço, Mzabibu, perto do parque de assistência em Naivasha.

Outra especial, Camp Moran – a mais longa do rali, com 32,2 km – inicia um ciclo de quatro troços que se realizam duas vezes na sexta-feira, enquanto o sábado leva as equipas para norte, para o Lago Elmenteita, para um trio de troços que se repetem. Mzabibu é revisitada como a primeira de cinco especiais no domingo, quando Hell’s Gate acolhe a Power Stage que encerra o rali.

Resumindo, dois troços curtos na quinta-feira, o dia mais longo do evento é sexta-feira, com oito troços que cobrem uma distância de 157,58 km, um sábado familiar com duas rondas de alguns dos troços mais desafiantes da época: Sleeping Warrior, Elmenteita e Soysambu. Cinco troços, num total de 65,99 km, completam o último dia de competição no domingo, com a icónica Hell’s Gate (SS18/21, 10,53 km) a funcionar como a Power Stage do fim de semana.

Itinerário

1ª Etapa – Quarta-feira 19 de março Shakedown (Sleeping Warrior SEZ) 5.16 km 07:01

1ª Etapa – Quinta-feira 20 de março

PEC1 Super Special Kasarani 4.76 km   10:05

PEC2 Mzabibu 1 8.27 km   13:43

2ª etapa, Sexta-feira 21 de março

PEC3 Camp Moran 1 31.40 km   04:28

PEC4 Loldia 1 19.11 km   05:56

PEC5 Kengen Geothermal 1 13.18 km   07:09

PEC6 Kedong 1 15.10 km   08:02

Serviço B – WRTI Naivasha – 40 mins 09:07

PEC7 Camp Moran 2 31.40 km   10:45

PEC8 Loldia 2 19.11 km   12:13

PEC9 Kengen Geothermal 2 13.18 km   13:26

PEC10 Kedong 2 15.10 km   14:19

Assistência flexível C – WRTI Naivasha – 45 mins 15:04

3ª etapa, Sábado 22 de março

PEC11 Sleeping Warrior 1 26.97 km   05:35

PEC12 Elmenteita 1 17.31 km   06:35

PEC13 Soysambu 1 28.97 km   07:33

Serviço D – WRTI Naivasha – 40 mins 09:59

PEC14 Sleeping Warrior 2 26.97 km   12:05

PEC15 Elmenteita 2 17.31 km   13:05

PEC16 Soysambu 2 28.97 km   14:03

Assistência flexível E – WRTI Naivasha – 45 mins 16:18

4 ªEtapa – Domingo 23 de março

PEC17 Mzabibu 2 8.27 km   03:42

PEC18 Oserengoni 1 18.33 km   04:53

PEC19 Hell’s Gate 1 10.53 km   06:05

Serviço F – WRTI Naivasha – 15 mins 10:18   [07:18 Europe/Lisbon]

PEC20 Oserengoni 2 18.33 km   08:56

PEC21 Hell’s Gate 2[Power Stage] 10.53 km   11:15The post WRC, Rali Safari, cúpula a três: reinar, derrubar ou aproveitar… first appeared on AutoSport.