Uso de apps de relacionamento estimula procedimentos estéticos, diz estudo
Mulheres que usam aplicativos de relacionamento são mais predispostas a fazer procedimentos estéticos, mostra uma nova pesquisa publicada no Computers in Human Behaviour, periódico que investiga como a tecnologia influencia o comportamento das pessoas. Pesquisadores da Universidade do Sul da Austrália avaliaram 308 voluntárias com idades ente 18 e 72 anos. Metade tinha usado regularmente […]

Mulheres que usam aplicativos de relacionamento são mais predispostas a fazer procedimentos estéticos, mostra uma nova pesquisa publicada no Computers in Human Behaviour, periódico que investiga como a tecnologia influencia o comportamento das pessoas.
Pesquisadores da Universidade do Sul da Austrália avaliaram 308 voluntárias com idades ente 18 e 72 anos. Metade tinha usado regularmente esse tipo de aplicativo nos dois anos anteriores e, dessas, uma em cada cinco (20%) reportou ter feito pelo menos uma intervenção, como preenchimentos e até cirurgia plástica, a exemplo da rinoplastia.
Mas esse fenômeno não se restringe aos apps de relacionamento. A manipulação de fotos e o uso de filtros e outros recursos nas redes sociais de modo geral podem provocar uma pressão para mudar a aparência física, o que por sua vez pode levar a insatisfação, problemas de autoaceitação, baixa autoestima e até ansiedade e depressão.
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Para a dermatologista Barbara Miguel, do Hospital Israelita Albert Einstein, a procura em função das redes sociais já vem sendo observada nos consultórios. “As pessoas buscam uma pele sem poros, perfeita, 100% sem manchas, e nós conseguimos melhorar em diversos aspectos, mas muitas vezes não será possível atingir o nível de perfeição de uma foto com filtros do Instagram”, exemplifica a médica. “É preciso uma conversa honesta para trazer para a realidade e explicar que aquilo que a pessoa muitas vezes vê na rede social pode não se aplicar ao seu caso.”

Outro alerta é o interesse gerado por intervenções que não vão trazer o resultado esperado ou, pior, podem até oferecer graves riscos. “Há muitos casos de procedimentos feitos de forma inadequada, com produtos que não podem ser utilizados, que levam a desfechos inesperados. Isso tem sido cada vez mais frequente”, diz Barbara Miguel.