Trump & Vance vs Zelensky

Poder-se-á dizer que hoje é um dia histórico. Pois não creio que até agora tenha havido um caso de diplomacia pública deste estilo. Trump e Vance agredindo Zelensky, para além da pressão e/ou discordância - e nisso, já agora, dando incontáveis trunfos ao regime moscovita. Uma coisa inaudita. E, para o meu gosto, execrável. Um qualquer cidadão português nada pode diante disto. Não é apenas a irrelevância individual, é mesmo nem sequer ter voto. Aliás, um tipo até vota no seu país para depois perceber - e quase por acaso - que dos 37 tanques Leopards comprados só 2 estão operacionais, e que nem sequer têm munições. Ou seja, o voto também nem serve para muito. Mas vendo a até inenarrável situação, abjecta, há algo a retirar para um vulgar cidadão português. Repito, nada se pode fazer diante dos poderosos do mundo. Mas pode-se diante dos vizinhos, outros meros cidadãos. Ou seja, diante dos energúmenos que para aqui pululam tecendo loas a Trump é necessário perceber que a sua imbecilidade não se restringe a isso. São tão energúmenos quando grunhem elogios sobre Trump como quando falam de uma qualquer "lei dos solos", "empresas imobiliárias" ou "junta de freguesia em Campo de Ourique", "Sócrates" ou "Montenegro", "Cristiano Ronaldo" ou "Roberto Martinez", "orçamento geral de Estado", "segredo de justiça" ou outra coisa qualquer. São umas bestas imundas. Desrespeitáveis. E nisso, na impaciência radical diante do pateta da mesa ao lado, o vulgar cidadão pode fazer algo. Nem que seja franzir o cenho. Ou, como eu prefiro, "não ir à bola" com eles.

Fev 28, 2025 - 20:11
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Trump & Vance vs Zelensky

Trump e Zelensky batem boca na Casa Branca — Foto: Brian Snyder/Reuters

Poder-se-á dizer que hoje é um dia histórico. Pois não creio que até agora tenha havido um caso de diplomacia pública deste estilo. Trump e Vance agredindo Zelensky, para além da pressão e/ou discordância - e nisso, já agora, dando incontáveis trunfos ao regime moscovita. Uma coisa inaudita. E, para o meu gosto, execrável.

Um qualquer cidadão português nada pode diante disto. Não é apenas a irrelevância individual, é mesmo nem sequer ter voto. Aliás, um tipo até vota no seu país para depois perceber - e quase por acaso - que dos 37 tanques Leopards comprados só 2 estão operacionais, e que nem sequer têm munições. Ou seja, o voto também nem serve para muito.

Mas vendo a até inenarrável situação, abjecta, há algo a retirar para um vulgar cidadão português. Repito, nada se pode fazer diante dos poderosos do mundo. Mas pode-se diante dos vizinhos, outros meros cidadãos. Ou seja, diante dos energúmenos que para aqui pululam tecendo loas a Trump é necessário perceber que a sua imbecilidade não se restringe a isso. São tão energúmenos quando grunhem elogios sobre Trump como quando falam de uma qualquer "lei dos solos", "empresas imobiliárias" ou "junta de freguesia em Campo de Ourique", "Sócrates" ou "Montenegro", "Cristiano Ronaldo" ou "Roberto Martinez", "orçamento geral de Estado", "segredo de justiça" ou outra coisa qualquer. São umas bestas imundas. Desrespeitáveis. E nisso, na impaciência radical diante do pateta da mesa ao lado, o vulgar cidadão pode fazer algo.

Nem que seja franzir o cenho. Ou, como eu prefiro, "não ir à bola" com eles.