Ações de Musk podem afetar até o seguro dos carros da Tesla; entenda
Na tentativa de atingir Elon Musk, ações contra carros da Tesla resultam em seguros mais caros; modelos tiveram alta no custo da apólice O post Ações de Musk podem afetar até o seguro dos carros da Tesla; entenda apareceu primeiro em Jornal do Carro - Estadão.


As ações de Elon Musk estão rendendo. Mas, rendendo para o lado do mal. Isso porque, ao atuar no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) e realizar corte de gastos públicos no governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o CEO da Tesla vem sofrendo represálias. E essas represálias vêm em forma de vandalismo. Sob a máscara do protesto, tem gente colocando fogo, apedrejando e destruindo carros da fabricante. A ideia é desvalorizar as ações da empresa. No entanto, como consequência, isso vai afetar o valor do seguro.
De acordo com reportagem da Newsweek o custo médio do seguro de carro com cobertura total para um Tesla Model 3 (o mais barato da marca, modelo 2023) é caro, pois não sai por menos de US$ 3.495 por ano (R$ 20 mil, na conversão direta). “Isso é cerca de US$ 800 a mais do que a média nacional de US$ 2.678 para um Toyota Camry”, exemplifica o analista de seguros do Bankrate, Shannon Martin, à publicação.
“Tesla Model 3, Model Y e Model X são os elétricos mais caros para segurar em fevereiro de 2025”, disse Matt Brannon, jornalista de dados da Insurify, à Newsweek. O custo do seguro total para um Tesla Model 3 aumentou 30% do ano passado para cá – hoje, custa US$ 4.362 (R$ 25 mil) anualmente. “Se o vandalismo envolvendo veículos Tesla continuar aumentando, veremos as taxas de cobertura crescerem ainda mais”, conclui.
De acordo com Martin, no entanto, um exemplo de que a situação pode se agravar vem da onda de roubos divulgados no TikTok (em 2022) contra modelos da Kia e da Hyundai. “Se isso continuar (ataques à Tesla), as operadoras podem se recusar a oferecer cobertura (como fizeram com as sul-coreanas à época)”, alerta.
Principais motivos
De mãos atadas pela obrigatoriedade em acatar as ordens de Musk no governo Trump, a população resolveu descontar a ira na Tesla, considerada líder do segmento de carros elétricos e chefiada pelo bilionário. As vendas caíram e os preços das ações da empresa despencaram, derrubando também o patrimônio do empresário.
Mas isso não é tudo, afinal, nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, a onda de ataques a carros da Tesla, estações de recarga e às concessionárias da marca têm sido rotineira. Chamados “Tesla Takedown”, os protestos foram iniciados por conta de duas ações específicas de Musk. A primeira delas é o possível gesto nazista que o bilionário teria feito durante a cerimônia de posse de Trump. Por fim, manifestantes descordam do corte de milhares de empregos no governo por ordem do empresário.
Mais de 70 manifestações estão planejadas até o fim de abril. Alguns atos são amigáveis, com concentrações regadas a música, bem como a venda do próprio carro, como fez a cantora Sheryl Crow. Outras, no entanto, são violentas. Até por isso, alguns donos de Tesla vêm colocando adesivos em seus veículos com dizeres “compramos o carro antes de Elon Musk enlouquecer”, a fim de não se tornarem vítimas, afinal, destruir o que é dos outros ultrapassa a barreira da manifestação.
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