Trump diz que considera aplicar 'sanções e tarifas sobre a Rússia' até que acordo de paz com a Ucrânia seja fechado
'À Rússia e à Ucrânia, sentem-se à mesa agora mesmo, antes que seja tarde demais', postou o presidente dos Estados Unidos em rede social. Aproximação entre os governos russo e americano vinha gerando preocupação entre os líderes europeus. Donald Trump REUTERS/Evelyn Hockstein O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (7) que está considerando "fortemente" aplicar sanções bancárias e tarifas sobre a Rússia até que um cessar-fogo e um acordo de paz seja alcançado entre o governo russo e a Ucrânia. "Com base no fato de que a Rússia está absolutamente 'batendo' na Ucrânia no campo de batalha, agora estou considerando fortemente sanções bancárias, sanções e tarifas em larga escala sobre a Rússia até que um cessar-fogo e acordo final de paz sejam alcançados. À Rússia e à Ucrânia, sentem-se à mesa agora mesmo, antes que seja tarde demais. Obrigado", escreveu Trump na rede social Truth Social. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Na semana passada, após um bate-boca entre Trump e Zelensky na Casa Branca, os sinais de uma aproximação entre Washington e Moscou, que já vinham causando preocupação, ficaram ainda mais fortes. Após os EUA suspenderam a ajuda militar à Ucrânia, líderes europeus se reuniram nesta quinta-feira (6) para debater os próximos passos do bloco e concordaram com um plano de rearmamento. Nesta sexta, a Rússia atacou a infraestrutura energética da Ucrânia em um bombardeio em larga escala com mísseis e drones. Pelo menos 10 pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas, segundo as autoridades. O ataque ocorreu poucas horas após o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciar que negociações com os EUA sobre o fim da guerra ocorrerão na próxima semana na Arábia Saudita. Putin diz que não vai abrir mão de conquistas da guerra Nesta quinta-feira (6), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que não vai abrir mão dos territórios conquistados na Ucrânia durante encontro com parentes de soldados mortos durante a invasão ao território ucraniano. O russo disse que busca um acordo de paz que proteja o país e que não recuará nos ganhos obtidos no conflito. "Devemos escolher para nós uma opção de paz que seja adequada para nós e que garanta a paz para nosso país a longo prazo", afirmou Putin, que foi questionado sobre a devolução de terrenos ocupados durante a guerra pela mãe de um dos mortos. Vladimir Putin Sputnik/Mikhail Metzel/Pool via REUTERS A Rússia atualmente controla pouco menos de um quinto da Ucrânia - cerca de 113.000 km² -, segundo a agência de notícias Reuters. Já no encontro com líderes europeus, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu apoio à uma ideia de trégua por ar e mar entre seu país e o governo russo, e afirmou: "Queremos a paz, mas não ao custo de desistir da Ucrânia". O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy participa de uma cúpula especial de líderes da União Europeia para discutir a Ucrânia e a defesa europeia, em Bruxelas, Bélgica REUTERS/Christian Hartmann Na reunião, os países da União Europeia respaldaram o plano lançado pela Comissão Europeia para financiar o rearmamento no bloco. O presidente da França, Emmanuel Macron, que já havia feito um pronunciamento na TV francesa criticando Putin e colocando o arsenal nuclear do país à disposição, classificou o presidente russo como um "imperialista revisionista" e alertou que Moscou constitui "uma ameaça existencial duradoura para todos os europeus". Mais cedo, Putin também fez uma crítica indireta ao presidente francês, dizendo que os líderes ocidentais não devem subestimar o povo russo e devem ter em mente o destino de Napoleão Bonaparte, cuja invasão da Rússia em 1812 terminou em desastre. O Ministério das Relações Exteriores russo acusou Macron de fazer "chantagem nuclear" em um discurso "altamente combativo". Presidente da França, Emmanuel Macron (à esquerda), e presidente da Rússia, Vladimir Putin. Maxim Shemetov/REUTERS/Ludovic Marin/Pool via REUTERS


'À Rússia e à Ucrânia, sentem-se à mesa agora mesmo, antes que seja tarde demais', postou o presidente dos Estados Unidos em rede social. Aproximação entre os governos russo e americano vinha gerando preocupação entre os líderes europeus. Donald Trump REUTERS/Evelyn Hockstein O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (7) que está considerando "fortemente" aplicar sanções bancárias e tarifas sobre a Rússia até que um cessar-fogo e um acordo de paz seja alcançado entre o governo russo e a Ucrânia. "Com base no fato de que a Rússia está absolutamente 'batendo' na Ucrânia no campo de batalha, agora estou considerando fortemente sanções bancárias, sanções e tarifas em larga escala sobre a Rússia até que um cessar-fogo e acordo final de paz sejam alcançados. À Rússia e à Ucrânia, sentem-se à mesa agora mesmo, antes que seja tarde demais. Obrigado", escreveu Trump na rede social Truth Social. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Na semana passada, após um bate-boca entre Trump e Zelensky na Casa Branca, os sinais de uma aproximação entre Washington e Moscou, que já vinham causando preocupação, ficaram ainda mais fortes. Após os EUA suspenderam a ajuda militar à Ucrânia, líderes europeus se reuniram nesta quinta-feira (6) para debater os próximos passos do bloco e concordaram com um plano de rearmamento. Nesta sexta, a Rússia atacou a infraestrutura energética da Ucrânia em um bombardeio em larga escala com mísseis e drones. Pelo menos 10 pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas, segundo as autoridades. O ataque ocorreu poucas horas após o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciar que negociações com os EUA sobre o fim da guerra ocorrerão na próxima semana na Arábia Saudita. Putin diz que não vai abrir mão de conquistas da guerra Nesta quinta-feira (6), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que não vai abrir mão dos territórios conquistados na Ucrânia durante encontro com parentes de soldados mortos durante a invasão ao território ucraniano. O russo disse que busca um acordo de paz que proteja o país e que não recuará nos ganhos obtidos no conflito. "Devemos escolher para nós uma opção de paz que seja adequada para nós e que garanta a paz para nosso país a longo prazo", afirmou Putin, que foi questionado sobre a devolução de terrenos ocupados durante a guerra pela mãe de um dos mortos. Vladimir Putin Sputnik/Mikhail Metzel/Pool via REUTERS A Rússia atualmente controla pouco menos de um quinto da Ucrânia - cerca de 113.000 km² -, segundo a agência de notícias Reuters. Já no encontro com líderes europeus, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu apoio à uma ideia de trégua por ar e mar entre seu país e o governo russo, e afirmou: "Queremos a paz, mas não ao custo de desistir da Ucrânia". O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy participa de uma cúpula especial de líderes da União Europeia para discutir a Ucrânia e a defesa europeia, em Bruxelas, Bélgica REUTERS/Christian Hartmann Na reunião, os países da União Europeia respaldaram o plano lançado pela Comissão Europeia para financiar o rearmamento no bloco. O presidente da França, Emmanuel Macron, que já havia feito um pronunciamento na TV francesa criticando Putin e colocando o arsenal nuclear do país à disposição, classificou o presidente russo como um "imperialista revisionista" e alertou que Moscou constitui "uma ameaça existencial duradoura para todos os europeus". Mais cedo, Putin também fez uma crítica indireta ao presidente francês, dizendo que os líderes ocidentais não devem subestimar o povo russo e devem ter em mente o destino de Napoleão Bonaparte, cuja invasão da Rússia em 1812 terminou em desastre. O Ministério das Relações Exteriores russo acusou Macron de fazer "chantagem nuclear" em um discurso "altamente combativo". Presidente da França, Emmanuel Macron (à esquerda), e presidente da Rússia, Vladimir Putin. Maxim Shemetov/REUTERS/Ludovic Marin/Pool via REUTERS