Trabalhista Albanese vence eleições e Austrália junta-se ao Canadá na resistência a Trump
Depois do Canadá, a Austrália também resistiu à investida da direita. Os australianos votaram hoje nas eleições gerais, depois de uma campanha marcada pelo poder de compra, ambiente e as tarifas dos EUA, saído vencedor o Primeiro-ministro, Anthony Albanese.
O primeiro-ministro da Austrália, o trabalhista Anthony Albanese, proclamou a vitória do seu partido nas eleições gerais de hoje, tendo o adversário Peter Dutton, admitido a derrota.
“Os australianos escolheram enfrentar os desafios globais à maneira australiana, cuidando uns dos outros e construindo o futuro. Os australianos escolheram um governo maioritariamente trabalhista”, disse Albanese durante um discurso em Marrickville, a oeste de Sydney, citado pela EFE.
Já o líder do Partido Liberal da Austrália, Peter Dutton, admitiu a derrota no sábado e anunciou que tinha falado com o seu adversário trabalhista. “Não nos saímos bem o suficiente nesta campanha – isso é óbvio esta noite, e assumo toda a responsabilidade por isso”, afirmou Dutton, citado pela AFP.
A Austrália junta-se ao Canadá, que na última segunda-feira elegeu o liberal Mark Carney, após uma década de Justin Trudeau no poder, com a promessa de que estaria em melhor posição para lidar com o Presidente norte-americano, Donald Trump.
“Trump está a tentar quebrar-nos para nos possuir”, declarou Carney, no discurso de vitória, reiterando que a “velha relação com os Estados Unidos acabou”.
As projeções da Comissão Eleitoral Australiana atribuem ao Partido Trabalhista de Albanese 70 lugares e à coligação conservadora da oposição 24 lugares na Câmara de 150 lugares. Dos 18 milhões de eleitores inscritos, 6,7 milhões votaram nos centros de voto abertos desde 22 de abril até sexta-feira, enquanto 1,6 milhões optaram pelo sistema de voto por correspondência.
