Telescópio James Webb encontra buraco negro supermassivo que ‘tinha sumido’
O Telescópio Espacial James Webb descobriu evidências que sugerem a presença de um buraco negro supermassivo que há muito tempo é procurado no coração da Galáxia M83 e “tinha sumido”. Os resultados observados por astrônomos foram publicados na última quinta-feira (17) no The Astrophysical Journal. Astrônomos detectam possível sinal de vida em planeta distante com o James Webb Foto icônica da Galáxia do Sombrero tirada por Hubble é reprocessada em detalhes James Webb | Cientista faz uso criativo e "errado" de telescópio de propósito Os registros obtidos indicam a presença de gás néon altamente ionizado, que pode ser uma assinatura reveladora de um núcleo galáctico ativo (AGN), um buraco negro em crescimento dentro de uma galáxia. “Nossa descoberta de emissão de néon altamente ionizada no núcleo de M83 foi inesperada. Essas assinaturas exigem grandes quantidades de energia para serem produzidas — mais do que estrelas normais conseguem gerar. Isso sugere fortemente a presença de um AGN até então indefinido”, afirmou Svea Hernandez, autora principal do estudo, em comunicado divulgado pela Agência Espacial Europeia (ESA). -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Tecnologia avançada do James Webb As novas imagens obtidas pelos pesquisadores foram feitas devido a alta tecnologia do James Webb, que utilizou o Instrumento de Infravermelho Médio (MIRI) para captar as informações relacionadas ao buraco negro encontrado no centro da M83. Observações anteriores realizadas sem o telescópio espacial sugeriam que, no caso da existência de um buraco negro no local, ele estaria adormecido ou escondido atrás de poeira espessa. Agora, a resolução sem precedentes do James Webb revelou novos detalhes do núcleo galáctico ativo. O infravermelho usado permitiu aos cientistas observar através da poeira para detectar sinais do gás néon altamente ionizado. Isso possibilitou o entendimento de que a energia necessária para esse processo de ionização é muito maior do que a fornecida por estrelas supernovas, o que corrobora com a teoria de que se trata de um AGN. “O Webb está revolucionando nossa compreensão das galáxias. Durante anos, astrônomos procuraram por um buraco negro em M83 sem sucesso. Agora, finalmente temos uma pista convincente que sugere que um pode estar presente”, celebrou Linda Smith, cientista do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial. Confira a pesquisa completa no The Astrophysical Journal. Leia mais: James Webb flagra planeta que 'caiu' em estrela e foi devorado gerando um anel Einstein estava certo | James Webb capta anel causado por distorção espacial James Webb tira foto do asteroide que tinha risco de atingir a Terra em 2032 VÍDEO | ETs VÃO INVADIR A TERRA? Leia a matéria no Canaltech.

O Telescópio Espacial James Webb descobriu evidências que sugerem a presença de um buraco negro supermassivo que há muito tempo é procurado no coração da Galáxia M83 e “tinha sumido”. Os resultados observados por astrônomos foram publicados na última quinta-feira (17) no The Astrophysical Journal.
- Astrônomos detectam possível sinal de vida em planeta distante com o James Webb
- Foto icônica da Galáxia do Sombrero tirada por Hubble é reprocessada em detalhes
- James Webb | Cientista faz uso criativo e "errado" de telescópio de propósito
Os registros obtidos indicam a presença de gás néon altamente ionizado, que pode ser uma assinatura reveladora de um núcleo galáctico ativo (AGN), um buraco negro em crescimento dentro de uma galáxia.
“Nossa descoberta de emissão de néon altamente ionizada no núcleo de M83 foi inesperada. Essas assinaturas exigem grandes quantidades de energia para serem produzidas — mais do que estrelas normais conseguem gerar. Isso sugere fortemente a presença de um AGN até então indefinido”, afirmou Svea Hernandez, autora principal do estudo, em comunicado divulgado pela Agência Espacial Europeia (ESA).
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Tecnologia avançada do James Webb
As novas imagens obtidas pelos pesquisadores foram feitas devido a alta tecnologia do James Webb, que utilizou o Instrumento de Infravermelho Médio (MIRI) para captar as informações relacionadas ao buraco negro encontrado no centro da M83.
Observações anteriores realizadas sem o telescópio espacial sugeriam que, no caso da existência de um buraco negro no local, ele estaria adormecido ou escondido atrás de poeira espessa. Agora, a resolução sem precedentes do James Webb revelou novos detalhes do núcleo galáctico ativo.
O infravermelho usado permitiu aos cientistas observar através da poeira para detectar sinais do gás néon altamente ionizado. Isso possibilitou o entendimento de que a energia necessária para esse processo de ionização é muito maior do que a fornecida por estrelas supernovas, o que corrobora com a teoria de que se trata de um AGN.
“O Webb está revolucionando nossa compreensão das galáxias. Durante anos, astrônomos procuraram por um buraco negro em M83 sem sucesso. Agora, finalmente temos uma pista convincente que sugere que um pode estar presente”, celebrou Linda Smith, cientista do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial.
Confira a pesquisa completa no The Astrophysical Journal.
Leia mais:
- James Webb flagra planeta que 'caiu' em estrela e foi devorado gerando um anel
- Einstein estava certo | James Webb capta anel causado por distorção espacial
- James Webb tira foto do asteroide que tinha risco de atingir a Terra em 2032
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