Team Liquid Visa: jogadoras desafiam o machismo e conquistam espaço no eSport brasileiro

Você já se perguntou como é ser mulher no competitivo de games, especialmente em um cenário ainda dominado por homens? Em um bate-papo leve e direto, jogadoras profissionais do Team Liquid Visa de Valorant abriram o coração sobre os bastidores do eSport, os desafios enfrentados e como transformam suas histórias em inspiração para outras meninas […]

Abr 7, 2025 - 11:04
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Team Liquid Visa: jogadoras desafiam o machismo e conquistam espaço no eSport brasileiro

Team Liquid VISA tem sido impecável desde o kickoff da competição.

Você já se perguntou como é ser mulher no competitivo de games, especialmente em um cenário ainda dominado por homens? Em um bate-papo leve e direto, jogadoras profissionais do Team Liquid Visa de Valorant abriram o coração sobre os bastidores do eSport, os desafios enfrentados e como transformam suas histórias em inspiração para outras meninas que sonham em viver dos games.

Apesar de já ocuparem posições de destaque e reconhecimento na cena competitiva de Valorant, jogadoras profissionais revelam que conquistar espaço ainda é um dos maiores desafios dentro do universo gamer. Mais do que dominar o mouse e o teclado, elas precisam enfrentar barreiras estruturais, ausência de apoio e o machismo que ainda marca o ambiente dos eSports, tanto dentro das partidas quanto fora delas. “A gente precisa se provar o tempo inteiro, mesmo já tendo vencido times mistos fortes”, relatam em entrevista coletiva ao Catraca Livre.

Em um cenário ainda marcado pelo machismo e pela desigualdade, jogadoras profissionais conquistam espaço, inspiram novas atletas e transformam a cena gamer com talento, resistência e voz ativa.

A rotina para manter esse nível de excelência não é nada leve. Os treinos começam por volta das 11h e seguem até as 20h, com momentos divididos entre práticas táticas e técnicas. O foco e a disciplina são constantes, mas elas contam com um diferencial importante: a estrutura oferecida pela Team Liquid, organização responsável por fornecer os chamados “offices” — espaços físicos de treinamento coletivo, onde as jogadoras podem interagir com outros times, trocar experiências e se preparar para campeonatos de alto nível. Na prática, um verdadeiro coworking gamer.

Mas nem só de treino vive uma pro player. Em meio à rotina puxada, cada uma encontra formas de desconectar e cuidar da saúde mental. Academia, jogos de tabuleiro e hobbies offline fazem parte do cotidiano das atletas que entendem a importância de manter o equilíbrio para sustentar a performance dentro dos servidores.

Elas também sabem do peso simbólico que carregam. Mesmo sem assumirem o posto de “porta-vozes” do cenário, reconhecem que suas trajetórias servem de referência para outras meninas que sonham em entrar no competitivo. “Subir um degrau já é inspirador”, explica uma delas, ao lembrar das dificuldades que enfrentou no início da carreira — desde a escassez de campeonatos até a invisibilidade diante de organizações e patrocinadores.