Tarifas de Trump? Esta agência decidiu criar uma equipa de 10 estrategas apenas para as traduzir para as marcas
A agência internacional Dept decidiu agir de forma pouco convencional no setor publicitário: criou uma equipa de 10 estrategas dedicada exclusivamente à interpretação das novas políticas comerciais para as marcas.


Na ressaca do impacto das tarifas comerciais impostas por Donald Trump, que abalaram os mercados globais e alimentaram receios de recessão (e cujos desenvolvimentos não se ficam por aqui), a agência internacional Dept decidiu agir de forma pouco convencional no setor publicitário: criou uma equipa de 10 estrategas dedicada exclusivamente à interpretação das novas políticas comerciais para as marcas.
Num contexto onde as fronteiras entre política e marketing praticamente desapareceram, a agência está a ajudar os clientes a navegar num ambiente económico incerto e volátil nos EUA, afetando diretamente orçamentos de media, modelos de precificação e prazos.
“É quase um think tank de estrategas de todo o negócio que estamos a disponibilizar aos clientes com problemas ou questões sobre as quais eles desejam aconselhamento”, explicou Andrew Dimitriou, diretor de clientes e de crescimento da Dept.
A nova equipa opera em duas frentes: com marcas norte-americanas e com marcas internacionais a tentar entrar no mercado dos EUA, uma vez que ambas enfrentam incertezas e desafios distintos, mas igualmente complexos.
Mais dúvidas do que certezas
Apesar dos esforços para adaptar-se, muitas decisões ainda estão em espera. As marcas estão a rever estratégias, a modelar cenários e, em casos extremos, até a ponderar pausas totais nas campanhas.
Num cenário onde as previsões se tornam quase impossíveis, as agências não tentam prever os próximos passos de Trump — mas sim detetar sinais. Num mercado em suspensão, essa capacidade de ler o ambiente político e traduzi-lo em impacto comercial pode ser a última vantagem competitiva que resta, denotando o papel desta equipa para as marcas.