Starlink enfrenta ameaças da Rússia e da China após uso militar na Ucrânia
A Starlink, a megaconstelação de satélites de internet da SpaceX, vem sofrendo ameaças da Rússia e da China devido ao uso militar dos satélites após a invasão da Rússia na Ucrânia em 2022. As informações são de um novo relatório da Secure World Foundation (SWF), organização não governamental dedicada à sustentabilidade espacial, publicado na quinta-feira (3). 50 celulares já são compatíveis com Starlink de Musk sem antena; veja a lista Internet via satélite: como funciona a internet vinda do espaço? No documento de mais de 300 páginas, a SWF destaca como a dependência crescente da humanidade do espaço levou diversos países — incluindo os Estados Unidos, Rússia e China — a desenvolverem capacidades contraespaciais próprias. “Um futuro conflito no espaço pode ter repercussões massivas negativas a longo prazo sentidas na Terra, já que todos no planeta são usuários de algum tipo de dado espacial”, ressaltaram. Representação de satélite Starlink, da SpaceX (Reprodução/SpaceX) E é aqui que entra a Starlink, que oferece internet de alta velocidade e baixa latência aos seus usuários em todo o mundo. No caso, os cidadãos ucranianos começaram a usar os serviços em 2022 para manter o acesso à internet após a interrupção da conexão durante a invasão russa. Além disso, a Starlink permitiu que o exército e governo ucranianos se comunicassem de forma segura. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Entretanto, o governo ucraniano relatou em 2024 que os militares do país notaram falhas e interrupções na conexão Starlink. Na ocasião, eles atribuíram os cortes da rede ao que chamaram de “testes de diferentes mecanismos” da Rússia, que estaria usando tecnologias novas e avançadas para interromper a conexão. Segundo o relatório da SWF, foram vazados documentos militares dos Estados Unidos que indicam que o Tobol, um sistema russo criado originalmente para proteger os satélites do país, foi usado para interromper os sinais dos satélites Starlink sobre o território da Ucrânia. Ainda de acordo com o documento, a Rússia parece estar trabalhando no Kalinka, um sistema mais sofisticado que poderia detectar e interromper sinais dos satélites. O documento indica que a China, por sua vez, estaria investindo em recursos similares para possíveis conflitos armados com os Estados Unidos. Pesquisadores da Marinha do Exército da Libertação Popular propuseram no ano passado submarinos equipados a laser e mastros retráteis, que poderiam chegar à superfície para interferir com os Starlink. Enquanto isso, a Força Espacial dos Estados Unidos vem testando os chamados Terminais Modulares Remotos, dispositivos criados para operar remotamente e oferecer capacidades de combate e defesa espacial. Leia também: Starlink: há mais satélites da SpaceX "caindo" na atmosfera da Terra Starlink de Elon Musk direto no iPhone sem antena? Veja os modelos compatíveis Vídeo: O que é Starlink? Leia a matéria no Canaltech.

A Starlink, a megaconstelação de satélites de internet da SpaceX, vem sofrendo ameaças da Rússia e da China devido ao uso militar dos satélites após a invasão da Rússia na Ucrânia em 2022. As informações são de um novo relatório da Secure World Foundation (SWF), organização não governamental dedicada à sustentabilidade espacial, publicado na quinta-feira (3).
- 50 celulares já são compatíveis com Starlink de Musk sem antena; veja a lista
- Internet via satélite: como funciona a internet vinda do espaço?
No documento de mais de 300 páginas, a SWF destaca como a dependência crescente da humanidade do espaço levou diversos países — incluindo os Estados Unidos, Rússia e China — a desenvolverem capacidades contraespaciais próprias. “Um futuro conflito no espaço pode ter repercussões massivas negativas a longo prazo sentidas na Terra, já que todos no planeta são usuários de algum tipo de dado espacial”, ressaltaram.
E é aqui que entra a Starlink, que oferece internet de alta velocidade e baixa latência aos seus usuários em todo o mundo. No caso, os cidadãos ucranianos começaram a usar os serviços em 2022 para manter o acesso à internet após a interrupção da conexão durante a invasão russa. Além disso, a Starlink permitiu que o exército e governo ucranianos se comunicassem de forma segura.
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Entretanto, o governo ucraniano relatou em 2024 que os militares do país notaram falhas e interrupções na conexão Starlink. Na ocasião, eles atribuíram os cortes da rede ao que chamaram de “testes de diferentes mecanismos” da Rússia, que estaria usando tecnologias novas e avançadas para interromper a conexão.
Segundo o relatório da SWF, foram vazados documentos militares dos Estados Unidos que indicam que o Tobol, um sistema russo criado originalmente para proteger os satélites do país, foi usado para interromper os sinais dos satélites Starlink sobre o território da Ucrânia. Ainda de acordo com o documento, a Rússia parece estar trabalhando no Kalinka, um sistema mais sofisticado que poderia detectar e interromper sinais dos satélites.
O documento indica que a China, por sua vez, estaria investindo em recursos similares para possíveis conflitos armados com os Estados Unidos. Pesquisadores da Marinha do Exército da Libertação Popular propuseram no ano passado submarinos equipados a laser e mastros retráteis, que poderiam chegar à superfície para interferir com os Starlink.
Enquanto isso, a Força Espacial dos Estados Unidos vem testando os chamados Terminais Modulares Remotos, dispositivos criados para operar remotamente e oferecer capacidades de combate e defesa espacial.
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