SLC Agrícola (SLCE3): Recuperação da soja impulsiona receita no 1T25, mas aquisições recentes pressionam geração de caixa
Lucro líquido da SLC Agrícola avançou 123% na comparação anual, para R$ 510 milhões O post SLC Agrícola (SLCE3): Recuperação da soja impulsiona receita no 1T25, mas aquisições recentes pressionam geração de caixa apareceu primeiro em Empiricus.

A SLC Agrícola (SLCE3) apresentou o resultado do primeiro trimestre de 2025 (1T25) com melhora significativa das principais linhas e de margens, influenciadas principalmente pela recuperação da cultura de soja, apesar de um grande consumo de caixa por conta das aquisições recentes.
Mesmo com um cenário de preços ainda fraco, a receita líquida atingiu R$ 2,3 bilhões, crescimento de +19,1% em comparação ao 1T24 com uma boa expansão de volume de algodão e, principalmente, de soja (com aumento da área plantada e produtividade), que mais do que compensaram um trimestre fraco para o milho.
A melhora da produtividade e volumes proporcionou boa diluição de custos, que cresceram em menor intensidade que a receita e proporcionaram ao lucro bruto um salto de 34,5%, para R$ 958 milhões, com ganho de +4,7 p.p. de margem, que atingiu 41,1%.
Por outro lado, o maior volume de vendas, principalmente de algodão, fez os gastos relacionados à exportação e fretes subirem, e a relação despesas sobre a receita líquida saiu de 7,0% no 1T24 para 8,5% no 1T25. Ainda assim, o ebitda (ajustado pelas variações do ativo biológico) somou R$943,7 milhões, com alta de +34% e ganho de +4,5 p.p. de margem.
Mesmo com o aumento dos juros, o resultado financeiro melhorou aproximadamente R$ 58 milhões na comparação anual, ajudado pela variação cambial positiva no período.
Por fim, o lucro líquido subiu +123%, para R$ 510,7 milhões, com margem líquida de 21,9%.
Geração de caixa pressionada pelas aquisições recentes
Apesar de superar as expectativas de Receita, Ebitda e Lucro, a geração de caixa foi bastante pressionada pelas recentes aquisições e arrendamentos. No trimestre, o consumo foi de -R$ 1,4 bilhão, com um consequente salto no capex para R$ 1,0 bilhão em comparação a R$ 183,5 milhões no 1T24.
Apesar desse aumento significativo, a alavancagem segue controlada em 2,3x dívida líquida/ebitda, e a maior geração de caixa dos novos ativos também deve ajudar o indicador a voltar para o nível de 2x, que é a meta da companhia.
Vale mencionar que apesar da menor geração de caixa e menores dividendos no curto prazo, todas as aquisições foram bastante oportunísticas, realizadas a preços atrativos e com boas perspectivas de retorno.
Além da geração de caixa pressionada, vale a pena mencionar um pequeno ajuste para baixo, de -4 mil hectares, na expectativa de área plantada, decorrente de atrasos na colheita da soja por conta da chuva, mas que representa apenas 0,5% do total.
1T25 indica que pior ficou para trás; SLCE3 segue com recomendação de compra
Após um ano de problemas climáticos que afetaram severamente o desempenho de sua principal cultura, a soja, o 1T25 traz uma sinalização importante de que o pior ficou para trás.
Por 6x valor de firma/ebitda esperados para 2025, SLCE3 segue com recomendação de compra em diversas séries da Empiricus Research.
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