SLC Agrícola (SLCE3): Aquisição da Sierentz Agro por valuation atrativo deixa claro o motivo de estarmos construtivos com a tese; entenda

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Mar 12, 2025 - 16:56
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SLC Agrícola (SLCE3): Aquisição da Sierentz Agro por valuation atrativo deixa claro o motivo de estarmos construtivos com a tese; entenda

A SLC Agrícola (SLCE3) anunciou a aquisição da Sierentz Agro, uma companhia que produz principalmente soja e milho em 96 mil hectares físicos arrendados. Considerando o potencial de 2ª safra, o número alcança cerca de 135 mil hectares plantados.

O valor da transação é de US$ 135 milhões (aproximadamente R$ 780 milhões), e será pago em três parcelas: 60% no fechamento da operação, 20% em abril de 2026 e 20% em abril de 2027. Dos 96 mil hectares físicos, a SLC vai vender 33 mil para a Terrus, por R$ 191 milhões.

Ou seja, para a SLC, o resultado líquido será a adição de aproximadamente 100 mil hectares plantados, considerando o potencial de 2ª safra (um acréscimo relevante de 13% em relação à safra 2024/2025), por cerca de R$ 589 milhões.

Mais do que a expansão das terras em si, vale destacar que esse movimento também contribui para a diversificação do portfólio, diluindo a importância do Mato Grosso, que tem enfrentado algumas instabilidades climáticas, e adicionando terras no Pará e no Maranhão, que, além de possuírem um clima mais estável, apresentam um breakeven menor por estarem próximos do porto.

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Fonte: SLC

Aquisição abre oportunidades para a SLC Agrícola

Sobre o valuation, a SLC afirmou que espera um retorno em linha com o que historicamente busca em seus projetos, aproximadamente CDI+5%. No entanto, um exercício rápido nos ajuda a entender melhor como essa aquisição parece ter sido barata.

Hoje a SLC negocia por 6x Valor da Firma/Ebitda, e o consenso espera um Ebitda de R$ 3.500 por hectare. Para que o múltiplo da transação fosse maior do que 6x Valor da Firma/Ebitda, o Ebitda da Sierentz deveria ser menor do que R$ 980/ha, o que implica em uma ótima margem de segurança.

Na verdade, na teleconferência com analistas, a SLC disse que a produtividade das terras estava em linha com as suas, e mesmo considerando um Ebitda muito conservador de R$ 2.000/ha, chegaríamos a um múltiplo de 3x Valor da Firma/Ebitda para aquisição, o que já seria barato e bem abaixo do próprio múltiplo que a SLC negocia.

A gestão também lembrou que não será preciso fazer grandes investimentos para correção de solo neste primeiro momento, e que isso deve acontecer mais próximo do terceiro ano, quando as terras começarem a receber plantio de algodão também.

Essa aquisição deixa claro o motivo de estarmos construtivos com SLC, mesmo com a cotação dos grãos pressionadas.

Se de um lado isso atrapalha um pouco a rentabilidade no curto prazo, do outro abre oportunidades excelentes para a SLC, que se aproveita do momento difícil do setor para fazer ótimas aquisições e se preparar para pegar em cheio uma eventual melhora do ciclo.

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