Secretário do Tesouro dos EUA recusa “recessão” por causa das tarifas
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, negou que as tarifas anunciadas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, conduzam a uma recessão, garantindo que a política tarifária não irá ser revertida. Numa entrevista ao programa “Meet the Press” da NBC News, Bessent disse não ver razão para se “ter em conta uma recessão”, acrescentando que […]


O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, negou que as tarifas anunciadas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, conduzam a uma recessão, garantindo que a política tarifária não irá ser revertida.
Numa entrevista ao programa “Meet the Press” da NBC News, Bessent disse não ver razão para se “ter em conta uma recessão”, acrescentando que a administração Trump está a “construir bases económicas a longo prazo” que visam “a prosperidade”.
A opinião de Bessent contrasta com a de vários economistas e instituições financeiras, como o maior banco de investimento dos Estados Unidos, JP Morgan Chase, que elevou a probabilidade de uma recessão global de 40% para 60%, perante o impacto económico das tarifas anunciadas por Trump na passada quarta-feira.
Apesar dos alertas dos especialistas, Bessent descreveu a política tarifária de Trump como “um processo de ajustamento” e afirmou que vai ser mantida com o objetivo de criar riqueza e reduzir a inflação.
A tarifa global de 10% anunciada por Trump entrou em vigor no sábado, depois de dois dias de queda das bolsas mundiais, desde o anúncio da medida. “O Presidente Trump decidiu que não podemos correr o risco de depender de outros países para os nossos medicamentos, semicondutores e remessas essenciais, e vamos avançar para que o povo norte-americano saiba que terá um futuro mais seguro”, disse Bessent ao programa “Meet the Press”.
Esta segunda-feira, através do jornal oficial do Partido Comunista Chinês (PCC), a China diz estar “preparado” para travar guerra comercial com Estados Unidos. Pequim assegura que “já tinha previsto esta nova ronda repressão económica e comercial” por parte dos EUA e que “preparou planos de resposta com tempo de antecipação e reservas suficientes”.