Santos firma parceria com a XP e inicia processo para viabilizar SAF

O Santos iniciou um movimento estratégico com foco na venda de sua Sociedade Anônima do Futebol ao firmar parceria com a XP Investimentos, que ficará responsável por avaliar o valor de mercado do projeto e liderar a aproximação com possíveis interessados. O clube delegou à corretora a tarefa de organizar e apresentar a SAF a investidores, contando também com o suporte jurídico do escritório Bichara e Mota Advogados, especializado em negociações esportivas e societárias.

Marcelo Teixeira, atual presidente, planeja levar a proposta ao Conselho Deliberativo e à Assembleia Geral apenas quando houver ofertas concretas em mãos. O caminho para a transformação do Alvinegro em SAF ainda depende dessa aprovação formal dos associados, o que exige um processo interno estruturado e baseado em propostas reais, visto que a diretoria entende que não basta apenas o desejo de se transformar em empresa, é preciso alinhar os interesses políticos e administrativos do time à nova realidade do mercado.

O formato da nova estrutura ainda está em estudo e o Peixe avalia qual modelo melhor se encaixa em seu contexto, já que existem diferentes formas de configurar uma SAF. Após a constituição formal da empresa, será possível definir se será vendida uma fatia majoritária, uma participação minoritária ou até mesmo o controle total para um novo grupo, decisões que serão tomadas com base em cenários que considerem o equilíbrio financeiro e a governança desejada.

A recente volta de Neymar ao Brasil reacendeu boatos sobre a possível relação entre a criação da Sociedade Anônima do Futebol e o interesse de seu pai e de parceiros comerciais em adquirir o controle da equipe, mas os dirigentes tratam esse momento como um processo separado, sem vínculo com a imagem do jogador ou com qualquer especulação envolvendo sua família. O foco da atual gestão está na parte estrutural, técnica e institucional do projeto.

Marcelo Teixeira explicou ao ge que a decisão sobre a SAF envolve um planejamento de longo prazo e não será tomada de forma apressada. Segundo ele, a diretoria tem a responsabilidade de conduzir o processo com base em estudos sólidos, apresentar as alternativas com transparência e submeter tudo à aprovação do Conselho Deliberativo e dos sócios, que terão a decisão final.

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