Rússia e China marcam vitória na 2ª Guerra enquanto guerra na Ucrânia continua
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A Rússia marca o 80º aniversário da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial nesta sexta-feira (9), com um desfile militar com a presença do chinês Xi Jinping, que Moscou teme que a Ucrânia tente interromper após três anos de guerra devastadora.
O presidente russo, Vladimir Putin, o mais longevo chefe do Kremlin desde Josef Stalin, falará em um desfile às 4h (horário de Brasília), onde milhares de soldados russos normalmente marcham e conduzem equipamentos militares, como mísseis balísticos intercontinentais e tanques, passando pelo Mausoléu de Lênin na Praça Vermelha.
Mas a guerra da Ucrânia, a mais mortal da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, assombra essa comemoração. A Ucrânia atacou Moscou com drones durante vários dias nesta semana, e Moscou e Kiev se acusaram mutuamente de quebrar um cessar-fogo de 72 horas declarado por Putin.
O Kremlin diz que a presença de aliados russos como Xi, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e várias dezenas de líderes da ex-União Soviética, África, Ásia e América Latina mostra que a Rússia não está isolada do mundo em geral, mesmo que os antigos aliados ocidentais de Moscou da Segunda Guerra Mundial queiram se manter afastados. Da Europa, estarão presentes os líderes da Sérvia e da Eslováquia.
“A vitória sobre o fascismo, alcançada à custa de enormes sacrifícios, tem um significado eterno”, disse Putin a Xi no Kremlin. “Os inúmeros sacrifícios feitos por nossos dois povos nunca devem ser esquecidos.”
A União Soviética perdeu 27 milhões de pessoas na Segunda Guerra Mundial, incluindo muitos milhões na Ucrânia, mas empurrou as forças nazistas de volta para Berlim, onde Adolf Hitler cometeu suicídio e a bandeira vermelha da vitória soviética foi erguida sobre o Reichstag em 1945.
Para os russos — e para muitos dos povos da antiga União Soviética — o dia 9 de maio é a data mais sagrada do calendário, e Putin, irritado com o que ele diz serem tentativas do Ocidente de menosprezar a vitória soviética, procurou usar as lembranças da Segunda Guerra Mundial para unir a sociedade russa.
Os historiadores do Partido Comunista Chinês dizem que as baixas da China na Segunda Guerra Sino-Japonesa de 1937-1945 foram de 35 milhões. A ocupação japonesa causou o deslocamento de cerca de 100 milhões de chineses e dificuldades econômicas significativas, bem como o terrível Massacre de Nanjing de 1937, durante o qual cerca de 100 mil a 300 mil vítimas foram mortas.
Moscou e Kiev não publicam números precisos de vítimas da guerra na Ucrânia, embora o presidente dos EUA, Donald Trump, que diz querer a paz, afirme que centenas de milhares de soldados de ambos os lados foram mortos e feridos.
Parada em Moscou
Putin tem buscado isolar Moscou da guerra de artilharia e drones que está sendo travada a 600 km de distância na Ucrânia, embora os ataques de drones ucranianos tenham, nos últimos dias, suspendido voos para a capital russa.
O Kremlin disse que os militares estão fazendo tudo o que podem para garantir a segurança do desfile ao lado do Kremlin, que, segundo a Rússia, foi alvo de drones ucranianos em 2023.
A segurança é muito rígida em Moscou. Putin propôs um cessar-fogo de 72 horas para os dias 8, 9 e 10 de maio, embora a Ucrânia tenha dito que a Rússia havia quebrado o cessar-fogo, uma alegação considerada absurda por Moscou.
O Kremlin disse que unidades militares de 13 países, incluindo a China, participarão do desfile junto com as tropas russas, embora não tenha ficado claro como a — seria representada.
Em Kiev, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu aos aliados que o ajudem a resistir à Rússia, que agora controla cerca de um quinto da Ucrânia.
“O mal não pode ser apaziguado. Ele deve ser combatido”, disse Zelensky, de acordo com o Kiev Post. Ele criticou o desfile do Dia da Vitória de Moscou. “Será um desfile de cinismo. Não há outra maneira de descrevê-la. Um desfile de bile e mentiras.”
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