Review ASUS ROG Ally X: performance e bateria impressionantes
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O ROG Ally original chegou ao Brasil oficialmente em julho de 2023, como uma primeira tentativa da ASUS em rivalizar e sair à frente da Valve e seu Steam Deck — que até hoje não foi lançado oficialmente no mercado local. A solução, no entanto, acabou não agradando tanto ao público gamer em razão de alguns problemas de construção que interferiram muito negativamente na experiência.
No fim do ano passado, por outro lado, a empresa apresentou o ROG Ally X, que no papel seria uma evolução do primeiro modelo. Mesmo sendo recebido com certo ceticismo no início, o portátil foi aos poucos mostrando que, sim, era uma versão melhorada do original. Além de maior desempenho, corrigiu outras questões que eram motivo de crítica para se consolidar de vez como um dos principais PCs gamers portáteis disponíveis em território nacional.
A ASUS cedeu uma unidade do ROG Ally X ao Giz Brasil para testes. E você pode conferir as nossas impressões sobre o produto a seguir!
Construção e design
Em comparação com o modelo original, a principal diferença é, sem sombra de dúvidas, a cor. Agora, a ASUS optou por uma cor preta que confere ao ROG Ally X um ar de imponência e sofisticação. Além disso, o produto é um pouco maior que o anterior, e consequentemente, mais pesado, já que foi de 608 para 680 gramas.
Os controles seguem dispostos no formato que foi consagrado pela marca Xbox, com os botões “A”, “B”, “X” e “Y”, além de analógico esquerdo um pouco mais alto que o direito. Embora seja bastante ergonômico, quem está acostumado aos controles DualShock ou DualSense, de PlayStation 4 e PlayStation 5, respectivamente, podem ter uma dificuldade inicial de adaptação — nada que as primeiras horas de jogo não resolvam.
Na parte frontal, os usuários ainda terão a mesma tela encontrada no modelo original. Ou seja, 7 polegadas, além de duas saídas de áudio com suporte para som estéreo. Isso é útil para quando os gamers quiserem dar um descanso para os fones de ouvido vez ou outra.
Na parte superior, os usuários terão botão power, entrada para cartão SD, conector de 3,5 milímetros para conectar fones de ouvido botão de volume. Tem ainda duas portas do tipo USB-C, uma 3.2 e outra 4.0, com suporte a transferência de dados e energia muito mais veloz.
Tela
O console possui um tela IPS LCD com resolução Full HD e taxa de atualização de 120 Hz. Além disso, o display tem pico de brilho máximo de 500 nits. Tem ainda suporte para a tecnologia de sincronização adaptativa nativa da AMD — o que já era de se esperar –, o FreeSync Premium.
O que gerou certa polêmica entre a comunidade gamer foi a ausência de um painel com tecnologia OLED, que aumentaria ainda mais a qualidade de exibição do produto. A comunidade de jogadores ficaria mais satisfeita com a disponibilidade da tecnologia, mas ela provavelmente aumentaria o custo de produção do produto e, consequentemente, seu preço final.
Mesmo assim, considerando que o ROG Ally é um concorrente direto do Steam Deck, da Valve, uma tela OLED faria sentido. É importante destacar que a tela cumpre muito bem seu papel. Embora não seja a tecnologia que os usuários esperavam, ainda garante uma boa qualidade de exibição e com bons níveis de brilho e contraste.
Desempenho
Sob o capô, o portátil conta com o mesmo AMD Z1 Extreme da versão anterior, o que, na prática, garantiria um desempenho de CPU muito semelhante ao ROG Ally original. No entanto, a ASUS promoveu também um upgrade de memória RAM, oferecendo um salto de 16 GB para 24 GB, oferecendo assim uma performance ligeiramente superior ao seu antecessor, mas não é só isso que os usuários devem perceber.
Um detalhe que incomodou muito os jogadores da primeira versão foi o sistema de resfriamento, que não era tão eficiente quanto deveria. A primeira versão ficou marcada por interrupções em jogatinas em razão do superaquecimento da carcaça do produto, especialmente na área onde ficam posicionados os gatilhos. Este problema tornava qualquer gameplay praticamente impossível.
Hoje, é possível dizer que a gigante taiwanesa aprendeu com os erros e, além de garantir melhor dissipação de calor, a performance nos jogos do portátil também foi fortemente impactada — para melhor. Agora, raramente os usuários devem vivenciar experiências de superaquecimento extremo que impactam na qualidade de execução dos jogos.
Durante os testes, foi possível observar um aumento de temperatura em jogos mais exigentes, mas nada que seja muito fora do normal.
O console roda uma gama bastante variada de jogos, desde os leves aos títulos mais pesados. Por ter sistema Windows, ele permite que os usuários possam baixar jogos do Steam, Epic Games, Battle.net, entre outras plataformas sem restrições. Isso, com certeza, é um ponto positivo.
Bateria
Outra melhoria importante de ser mencionada ocorreu na bateria, que foi de 40Wh para 80 Wh. Isso possibilita mais de 2h50 minutos de autonomia no modo balanceado, o que é impressionante, ainda mais considerando que jogar é uma atividade que demanda muita energia.
Além de dobrar a capacidade de armazenamento de energia em relação ao modelo anterior, o console portátil tem autonomia superior a uma série de notebooks da categoria premium. O dispositivo supera, inclusive, alguns MacBooks Pro de 14 polegadas. Ele pode chegar a até 18 horas de duração em atividades menos exigentes, como navegar pela internet e utilizar redes sociais.
O ROG Ally X é, certamente, um excelente produto para jogadores casuais, que não entendem tanto de componentes de computador ou não têm paciência para montar seu próprio PC gamer. Entretanto, ele também pode ser útil para gamers mais experientes que tenham uma vida mais agitada, já que oferece possibilidade de jogar em qualquer lugar.
Software
Mesmo com a possibilidade de desfrutar de jogos de diferentes plataformas, o Windows 11 não é exatamente o melhor sistema para interagir em um tela pequena e com comandos touch screen. Mesmo após algumas semanas de testes, a navegação seguiu não sendo muito intuitiva.
Uma alternativa para quem deseja apenas jogar, é utilizar o aplicativo Armoury Crate, que além de permitir o gerenciamento do dispositivo, possibilita que os jogadores acessem todos os jogos instalados de uma vez só em apenas um lugar. A usabilidade é um pouco mais simples, mais convidativa e pode agradar mais aos jogadores enquanto a ASUS não desenvolve um sistema específico para seu PC gamer portátil.
Embora esteja bem otimizado para o ROG Ally X, o Windows 11 ainda não oferece a melhor experiência para um console portátil. Isso pode ser corrigido nas próximas versões, talvez com um Windows específico para games, ou quem sabe uma versão oficial do SteamOS — como alguns rumores vêm apontando nos últimos meses.
Vale a pena?
O ROG Ally X, apesar da ressalva em relação ao sistema operacional, é uma das melhores plataformas portáteis para jogos de PC disponíveis no mercado brasileiro. Como dito no início, a fabricante ouviu o feedback do público. Assim, ela entregou um produto de alto nível e sem os problemas graves que estavam presentes na primeira versão.
Quando o assunto é desempenho o produto também não deixa a desejar. Mesmo que alguns títulos possam demandar alguns ajustes para uma melhor execução — algo que seria comum também em um PC gamer tradicional –, na maior parte do tempo a experiência será fluida, responsiva e sem graves problemas de performance.
Mesmo sendo mais caro que o ROG Ally original, vale a pena gastar um pouco mais para se livrar de dores de cabeça, como o infame problema crônico de superaquecimento, por exemplo. Atualmente, o console portátil está disponível na loja oficial da ASUS e outras varejistas. Ela está disponível por valores que começam em R$ 7.000.
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