Relembre as acusações contra Bolsonaro que serão analisadas pelo STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta julgamento no STF sobre sua participação em um plano golpista após as eleições de 2022 The post Relembre as acusações contra Bolsonaro que serão analisadas pelo STF appeared first on InfoMoney.


O Supremo Tribunal Federal (STF) dá início nesta terça-feira (25) ao julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete envolvidos em um plano golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.
Caso o STF aceite a acusação, será aberta uma ação penal, e os denunciados se tornarão réus. Bolsonaro e seus aliados enfrentam cinco acusações, que envolvem crimes graves contra a democracia e o patrimônio da União. Veja os principais:
- Organização criminosa armada
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito e Golpe de Estado
- Dano qualificado ao patrimônio público
- Deterioração de patrimônio tombado
Além de Bolsonaro, outros sete indivíduos estão sendo processados pelos mesmos crimes, incluindo Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil) e Mauro Cid (tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro).
A acusação tem como base um relatório da Polícia Federal que aponta Bolsonaro como líder de um grupo que tentou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023. Segundo o inquérito, o ex-presidente ordenou que militares e ministros participassem de reuniões para discutir um golpe de Estado.
O plano não teria avançado por falta de apoio dos então comandantes do Exército e da Aeronáutica, Marco Antônio Freire Gomes e Carlos de Almeida Baptista Júnior, que implicaram Bolsonaro em seus depoimentos.
A organização criminosa “concorreu (…) mediante auxílio moral e material para a destruição, inutilização e deterioração do patrimônio da União, com violência contra pessoas, grave ameaça, uso de substâncias inflamáveis e causando prejuízo considerável à União”, afirma a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Em sua defesa, Bolsonaro nega qualquer participação em um plano golpista. Ele descreve a investigação como uma perseguição política. “Nunca debati golpe com ninguém”, disse ele, minimizando a importância da chamada minuta do golpe, que ele descreve como um simples decreto de Estado de Defesa, dependendo da autorização do Congresso Nacional.
Com a denúncia formalizada, o STF decidirá se aceita a acusação e transforma Bolsonaro em réu. O julgamento tem a potencialidade de redefinir o futuro político do ex-presidente, que é alvo de várias investigações sobre os atos golpistas de 2023.
Organização criminosa armada
O ex-presidente é acusado de liderar uma organização criminosa armada, configurando o crime quando quatro ou mais pessoas se associam com funções divididas para a prática de crimes. A denúncia ressalta que o plano golpista envolvia o uso de armas para matar figuras importantes, como o ministro Alexandre de Moraes. Para este crime, a pena varia de 3 a 8 anos de reclusão, além de multa.
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito e Golpe de Estado
A acusação sustenta que Bolsonaro e seu grupo tentaram suprimir o regime democrático e destituir o governo eleito, por meio de violência e grave ameaça. O ex-presidente sancionou, em 2021, uma lei que punia ataques contra a democracia, o que inclui a aboluição violenta do Estado Democrático de Direito e o golpe de Estado. As penas para esses crimes variam de 4 a 12 anos de prisão.
Dano qualificado ao patrimônio público
Bolsonaro também é acusado de envolvimento nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando invasores depredaram os prédios dos Três Poderes. O Palácio do Planalto, o Congresso e o STF foram alvos da violência. A destruição causou prejuízos superiores a R$ 20 milhões. A pena para esse crime é de detenção de 6 meses a 3 anos, além de multa.
Deterioração de patrimônio tombado
Embora não tenha participado diretamente dos atos de vandalismo, Bolsonaro é responsabilizado por incitar a radicalização dos manifestantes e não atuar para impedir os ataques. A pena para deterioração de patrimônio tombado é de 1 a 3 anos de reclusão, além de multa.
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