Quem pode substituir Francisco? Veja nomes cotados

Papa morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, deixando um legado de tolerância e diálogo. Votação para eleger sucessor deve começar entre 15 e 20 dias. Papa Francisco deixa legado de transformação na Igreja Católica Com a morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21), o Vaticano vai começar os preparativos para escolher um novo líder da Igreja Católica. Até que isso ocorra, a Igreja terá uma espécie de governo temporário, e as decisões urgentes ficarão a cargo do Colégio dos Cardeais. A votação para eleger um novo papa, chamada de Conclave, deve começar entre 15 e 20 dias. Estão aptos a participar da eleição 138 cardeais com menos de 80 anos, membros do Colégio, sendo sete brasileiros. Veja a seguir alguns nomes que estão sendo cotados para suceder Francisco. AO VIVO: acompanhe a repercussão da morte do papa ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp ANÁLISE: papa Francisco eterniza legado de reforma e simplicidade na Igreja Católica Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha, francês, 66 anos Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha, francês, 66 anos Vaticano/Divulgação Jean-Marc Aveline é conhecido em alguns círculos católicos como João XXIV, em referência à sua semelhança com o papa João XXIII, o papa reformador de rosto redondo do início dos anos 1960. Aveline é conhecido por sua natureza simples e descontraída, sua facilidade para fazer piadas e sua proximidade ideológica com Francisco, especialmente em relação à imigração e às relações com o mundo muçulmano. Ele também é um intelectual sério, com doutorado em teologia e graduação em filosofia. O arcebispo nasceu na Argélia em uma família de imigrantes espanhóis que se mudaram para a França após a independência da Argélia, e viveu a maior parte de sua vida em Marselha. Sob o comando de Francisco, Aveline fez grandes progressos na carreira, tornando-se bispo em 2013, arcebispo em 2019 e cardeal três anos depois. Sua posição foi impulsionada em setembro de 2023, quando organizou uma conferência internacional da Igreja sobre questões mediterrâneas, na qual o papa Francisco foi o convidado principal. Se assumisse o cargo máximo, Aveline se tornaria o primeiro papa francês desde o século XIV, um período turbulento em que o papado se mudou para Avignon. Ele também seria o papa mais jovem desde João Paulo II. Cardeal Peter Erdo, húngaro, 72 anos Cardeal Peter Erdo, húngaro, 72 anos Vatican News/Divulgação Erdo já era um candidato papal no último conclave em 2013, graças aos seus amplos contatos com a Igreja na Europa e na África, e por ser visto como um pioneiro do movimento da Nova Evangelização para reacender a fé católica em nações avançadas secularizadas — uma prioridade para muitos cardeais. Ele é considerado conservador em teologia e, em discursos por toda a Europa, enfatiza as raízes cristãs do continente. No entanto, também é visto como pragmático e nunca entrou em conflito abertamente com Francisco, ao contrário de outros clérigos de mentalidade tradicional. Apesar disso, Erdo causou surpresa no Vaticano durante a crise migratória de 2015, quando foi contra o apelo do papa Francisco para que as igrejas acolhessem refugiados, dizendo que isso equivaleria a tráfico de pessoas — aparentemente se alinhando com o primeiro-ministro nacionalista da Hungria, Viktor Orban. Especialista em direito canônico, Erdo teve uma trajetória acelerada durante toda a sua carreira, tornando-se bispo aos 40 anos e cardeal em 2003, quando tinha apenas 51 anos, o que o tornou o membro mais jovem do Colégio dos Cardeais até 2010. Cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, maltês, 68 anos Cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, maltês, 68 anos Arquidiocese de Braga/Divulgação Grech vem de Gozo, uma pequena ilha que faz parte de Malta, o menor país da União Europeia. Partindo de um começo modesto, Grech evoluiu para grandes feitos, sendo nomeado pelo Papa Francisco para ser secretário-geral do Sínodo dos Bispos — um cargo de peso dentro do Vaticano. Inicialmente visto como conservador, Grech se tornou um porta-voz das reformas de Francisco dentro da Igreja durante anos, evoluindo rapidamente com os tempos. Cardeal Juan Jose Omella, arcebispo de Barcelona, ​​espanhol, 79 anos Cardeal Juan Jose Omella, arcebispo de Barcelona, ​​espanhol, 79 anos Vatican News/Divulgação Omella é um homem segundo o coração do Papa Francisco. Modesto e bem-humorado, ele vive uma vida humilde apesar de seu título elevado, dedicando sua carreira na Igreja ao cuidado pastoral, à promoção da justiça social e à personificação de uma visão compassiva e inclusiva do catolicismo. "Não devemos ver a realidade apenas pelos olhos daqueles que mais têm, mas também pelos olhos dos pobres", disse ele ao site de notícias Crux em abril de 2022, em palavras que refletiam a visão de mundo de Francisco. Cardeal Pietro Parolin, italiano, diplomata do Vaticano, 70 anos Cardeal Pietro Parolin, italiano, diplomata do Vaticano, 70 an

Abr 21, 2025 - 13:04
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Quem pode substituir Francisco? Veja nomes cotados

Papa morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, deixando um legado de tolerância e diálogo. Votação para eleger sucessor deve começar entre 15 e 20 dias. Papa Francisco deixa legado de transformação na Igreja Católica Com a morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21), o Vaticano vai começar os preparativos para escolher um novo líder da Igreja Católica. Até que isso ocorra, a Igreja terá uma espécie de governo temporário, e as decisões urgentes ficarão a cargo do Colégio dos Cardeais. A votação para eleger um novo papa, chamada de Conclave, deve começar entre 15 e 20 dias. Estão aptos a participar da eleição 138 cardeais com menos de 80 anos, membros do Colégio, sendo sete brasileiros. Veja a seguir alguns nomes que estão sendo cotados para suceder Francisco. AO VIVO: acompanhe a repercussão da morte do papa ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp ANÁLISE: papa Francisco eterniza legado de reforma e simplicidade na Igreja Católica Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha, francês, 66 anos Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha, francês, 66 anos Vaticano/Divulgação Jean-Marc Aveline é conhecido em alguns círculos católicos como João XXIV, em referência à sua semelhança com o papa João XXIII, o papa reformador de rosto redondo do início dos anos 1960. Aveline é conhecido por sua natureza simples e descontraída, sua facilidade para fazer piadas e sua proximidade ideológica com Francisco, especialmente em relação à imigração e às relações com o mundo muçulmano. Ele também é um intelectual sério, com doutorado em teologia e graduação em filosofia. O arcebispo nasceu na Argélia em uma família de imigrantes espanhóis que se mudaram para a França após a independência da Argélia, e viveu a maior parte de sua vida em Marselha. Sob o comando de Francisco, Aveline fez grandes progressos na carreira, tornando-se bispo em 2013, arcebispo em 2019 e cardeal três anos depois. Sua posição foi impulsionada em setembro de 2023, quando organizou uma conferência internacional da Igreja sobre questões mediterrâneas, na qual o papa Francisco foi o convidado principal. Se assumisse o cargo máximo, Aveline se tornaria o primeiro papa francês desde o século XIV, um período turbulento em que o papado se mudou para Avignon. Ele também seria o papa mais jovem desde João Paulo II. Cardeal Peter Erdo, húngaro, 72 anos Cardeal Peter Erdo, húngaro, 72 anos Vatican News/Divulgação Erdo já era um candidato papal no último conclave em 2013, graças aos seus amplos contatos com a Igreja na Europa e na África, e por ser visto como um pioneiro do movimento da Nova Evangelização para reacender a fé católica em nações avançadas secularizadas — uma prioridade para muitos cardeais. Ele é considerado conservador em teologia e, em discursos por toda a Europa, enfatiza as raízes cristãs do continente. No entanto, também é visto como pragmático e nunca entrou em conflito abertamente com Francisco, ao contrário de outros clérigos de mentalidade tradicional. Apesar disso, Erdo causou surpresa no Vaticano durante a crise migratória de 2015, quando foi contra o apelo do papa Francisco para que as igrejas acolhessem refugiados, dizendo que isso equivaleria a tráfico de pessoas — aparentemente se alinhando com o primeiro-ministro nacionalista da Hungria, Viktor Orban. Especialista em direito canônico, Erdo teve uma trajetória acelerada durante toda a sua carreira, tornando-se bispo aos 40 anos e cardeal em 2003, quando tinha apenas 51 anos, o que o tornou o membro mais jovem do Colégio dos Cardeais até 2010. Cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, maltês, 68 anos Cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, maltês, 68 anos Arquidiocese de Braga/Divulgação Grech vem de Gozo, uma pequena ilha que faz parte de Malta, o menor país da União Europeia. Partindo de um começo modesto, Grech evoluiu para grandes feitos, sendo nomeado pelo Papa Francisco para ser secretário-geral do Sínodo dos Bispos — um cargo de peso dentro do Vaticano. Inicialmente visto como conservador, Grech se tornou um porta-voz das reformas de Francisco dentro da Igreja durante anos, evoluindo rapidamente com os tempos. Cardeal Juan Jose Omella, arcebispo de Barcelona, ​​espanhol, 79 anos Cardeal Juan Jose Omella, arcebispo de Barcelona, ​​espanhol, 79 anos Vatican News/Divulgação Omella é um homem segundo o coração do Papa Francisco. Modesto e bem-humorado, ele vive uma vida humilde apesar de seu título elevado, dedicando sua carreira na Igreja ao cuidado pastoral, à promoção da justiça social e à personificação de uma visão compassiva e inclusiva do catolicismo. "Não devemos ver a realidade apenas pelos olhos daqueles que mais têm, mas também pelos olhos dos pobres", disse ele ao site de notícias Crux em abril de 2022, em palavras que refletiam a visão de mundo de Francisco. Cardeal Pietro Parolin, italiano, diplomata do Vaticano, 70 anos Cardeal Pietro Parolin, italiano, diplomata do Vaticano, 70 anos Vatican News/Divulgação Favorito dos apostadores, Parolin é visto como um candidato de compromisso entre progressistas e conservadores. Ele foi diplomata da Igreja durante a maior parte de sua vida e serviu como secretário de Estado do Papa Francisco desde 2013, ano em que Francisco foi eleito. O cargo é semelhante ao de um primeiro-ministro, e os secretários de Estado são frequentemente chamados de "vice-papas" porque estão em segundo lugar, depois do pontífice, na hierarquia do Vaticano. Cardeal Luis Antonio Gokim Tagle, filipino Cardeal Luis Antonio Gokim Tagle, filipino Vatican News/Divulgação Tagle é frequentemente chamado de "Francisco Asiático" devido ao seu comprometimento semelhante com a justiça social e, se eleito, seria o primeiro pontífice da Ásia. No papel, Tagle, que geralmente prefere ser chamado pelo apelido "Chito", parece ter todos os requisitos para ser um papa. Cardeal Joseph Tobin, arcebispo de Newark, NJ, americano, 72 anos Cardeal Joseph Tobin, arcebispo de Newark, NJ, americano, 72 anos Vaticano/Divulgação É improvável que os cardeais do mundo escolhessem o primeiro papa dos EUA, mas se estivessem dispostos a isso, Tobin pareceria a possibilidade mais provável. Ex-líder global de uma importante ordem religiosa católica conhecida como Redentoristas, o nativo de Detroit passou por países ao redor do mundo e fala italiano, espanhol, francês e português fluentemente. Ele também tem experiência no Vaticano e em altos cargos na Igreja dos EUA. Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, ganês, funcionário do Vaticano, 76 anos Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, ganês, funcionário do Vaticano, 76 anos Vatican News/Divulgação De origens humildes em uma pequena cidade africana, o Cardeal Peter Turkson alcançou grandes feitos na Igreja, o que o tornou um candidato a se tornar o primeiro papa da África Subsaariana. Ele combina uma longa experiência pastoral cuidando de congregações em Gana com experiência prática na liderança de vários escritórios do Vaticano, bem como fortes habilidades de comunicação. Matteo Maria Zuppi, italiano, arcebispo de Bolonha, 69 anos Matteo Maria Zuppi, italiano, arcebispo de Bolonha, 69 anos Vatican News/Divulgação Quando Zuppi foi promovido em 2015 e se tornou arcebispo de Bolonha, a mídia nacional se referiu a ele como o "Bergoglio italiano", devido à sua afinidade com Francisco, o papa argentino que nasceu Jorge Mario Bergoglio. Zuppi seria o primeiro papa italiano desde 1978.