Que me perdoem as vítimas, mas saboreei a escuridão
Rombos económicos, aviões perdidos, reuniões falhadas, consultas desmarcadas, engarrafamentos insuportáveis, dramas quotidianos. Já falo disso, da REN e do governo. Mas deixem-me, só hoje, recordar que tudo o que nos liberta também nos escraviza. As ruas encheram-se de famílias, ao fim da tarde quente. Miúdos jogaram à bola e jovens apinharam-se em esplanadas sem ecrãs. A rádio reinou. E houve, como na pandemia, uma ordem espontânea. Longe das redes, ainda somos uma sociedade coesa
Rombos económicos, aviões perdidos, reuniões falhadas, consultas desmarcadas, engarrafamentos insuportáveis, dramas quotidianos. Já falo disso, da REN e do governo. Mas deixem-me, só hoje, recordar que tudo o que nos liberta também nos escraviza. As ruas encheram-se de famílias, ao fim da tarde quente. Miúdos jogaram à bola e jovens apinharam-se em esplanadas sem ecrãs. A rádio reinou. E houve, como na pandemia, uma ordem espontânea. Longe das redes, ainda somos uma sociedade coesa