Que me perdoem as vítimas, mas saboreei a escuridão

Rombos económicos, aviões perdidos, reuniões falhadas, consultas desmarcadas, engarrafamentos insuportáveis, dramas quotidianos. Já falo disso, da REN e do governo. Mas deixem-me, só hoje, recordar que tudo o que nos liberta também nos escraviza. As ruas encheram-se de famílias, ao fim da tarde quente. Miúdos jogaram à bola e jovens apinharam-se em esplanadas sem ecrãs. A rádio reinou. E houve, como na pandemia, uma ordem espontânea. Longe das redes, ainda somos uma sociedade coesa

Abr 29, 2025 - 07:47
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Que me perdoem as vítimas, mas saboreei a escuridão

Rombos económicos, aviões perdidos, reuniões falhadas, consultas desmarcadas, engarrafamentos insuportáveis, dramas quotidianos. Já falo disso, da REN e do governo. Mas deixem-me, só hoje, recordar que tudo o que nos liberta também nos escraviza. As ruas encheram-se de famílias, ao fim da tarde quente. Miúdos jogaram à bola e jovens apinharam-se em esplanadas sem ecrãs. A rádio reinou. E houve, como na pandemia, uma ordem espontânea. Longe das redes, ainda somos uma sociedade coesa