Quando vale a pena comprar um processador com gráficos integrados?
As placas de vídeo sempre foram as soluções com maior desempenho para quem quer jogar ou precisa executar tarefas gráficas mais complexas. Porém os gráficos integrados (iGPUs), que antes faziam parte das placas-mãe e agora podem ser encontrados em CPUs (sendo chamadas de APUs), têm evoluído e cada vez mais se tornado uma opção bem interessante. Review AMD Ryzen 7 8700G | CPU imbatível para jogar sem GPU Review AMD Ryzen 5 8600G | CPU fenomenal para jogar sem GPU Eles ainda não são capazes de desempenhar tão bem quando as GPUs dedicadas, mesmo sendo equipados com os núcleos da mesma arquitetura gráfica de placas de vídeo dedicadas, como no caso da AMD e Intel. Mas, na prática, quando vale a pena investir em gráficos integrados? É o que vamos descobrir agora. O que são gráficos integrados? Os gráficos integrados, que podem ser chamados de iGPUs (integrated graphics), são encontrados em processadores. Por isso, essa combinação de diferentes núcleos é chamada de APU (unidade de processamento acelerado, em inglês). A pioneira nesse tipo de hardware é a AMD, que sempre entregou as melhores APUs do mercado, apesar de hoje não usar mais tanto o termo como quando tudo começou. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- A AMD não é só pioneira em APUs, como oferece as melhores também (Imagem: AMD/Divulgação) Ao dividir espaço dentro do encapsulamento de um processador com seus núcleos, a iGPU é limitada, oferecendo consideravelmente menos núcleos e clocks menores, além de outras limitações, como a falta de memória de vídeo dedicada, algo normalmente presente nas placas de vídeo. Por conta disso, para que os gráficos integrados do processador funcionem, é preciso pegar um pouco da memória do sistema emprestada. Ou seja, perde-se uma quantidade específica e configurável da memória RAM, alocando-a para a APU desempenhar suas funções gráficas. A AMD lançou as primeiras APUs em 2011, começando uma era de gráficos integrados com capacidade decente de desempenho. A tecnologia foi evoluindo com o tempo, até chegar aos atuais Ryzen AI 300, que oferecem desempenho equivalente a placas de vídeo de entrada. A Intel também começou a surfar nessa onda recentemente com seus processadores equipados com núcleos Xe, oferecendo o maior salto de processamento em iGPU do Time Azul, mas não o suficiente para destronar a rival. Vantagens dos processadores com gráficos integrados A maior vantagem desse tipo de hardware são economias. A primeira delas tem a ver com o custo em relação a um PC completo com placa de vídeo dedicada. Imagine, por exemplo, economizar cerca de R$ 2.000 ao não adquirir uma GPU dedicada de entrada, mas ter gráficos integrados poderosos para suprir sua necessidade. Outra economia é no consumo de energia. Uma APU consome muito menos do que uma placa de vídeo. Para efeito de comparação, um Ryzen 7 8700G, uma das melhores APUs do mercado, tem TDP de 65W, enquanto uma Radeon RX 7600 XT consome 190W. Claro que existem diferenças de desempenho, mas para uma necessidade menor, a diferença é bem grande, nesse caso. E a terceira economia acontece no espaço físico. Não é preciso um gabinete grande para acomodar uma APU, já que é o mesmo espaço ocupado por um processador, mesmo com um cooler mediano. Uma APU é simplesmente um processador com gráficos integrados (Jones Oliveira/Canaltech) Desvantagens dos processadores com gráficos integrados Em contrapartida, os gráficos integrados de um processador têm seus pontos fracos. A começar pelo desempenho, que é limitado. Mesmo evoluindo bastante nos últimos anos, a melhor iGPU ainda fica próxima de uma placa de vídeo de entrada, sendo facilmente superada pelos outros níveis de GPUs dedicadas. Além disso, existe o fato do compartilhamento de memória. Por isso, é preciso ter mais memória do que o habitual (como 32 GB, por exemplo), e essas memórias precisam ser mais rápidas. Ou seja, mais gastos nesse sentido. Por último, não tem como melhorar uma APU. Com uma placa de vídeo, se ela não atende mais as suas necessidades, basta adquirir uma melhor. No caso de gráficos integrados, você acabará trocando também de CPU, já que ambos trabalham juntos — e às vezes isso implica em também comprar uma placa-mãe nova. Placas de vídeo ainda são a melhor solução para quem precisa de desempenho gráfico (Imagem: Brenno Barreira / CanalTech) Quando vale a pena comprar? Uma APU se encaixa bem quando não existe tanta necessidade por desempenho gráfico, mas ainda é preciso algum nível. Para tarefas básicas do dia a dia, como navegação na internet, streaming de vídeo, por exemplo, a iGPU dá conta do recado sem nenhuma dificuldade. Ou ainda para programadores que não precisam de performance gráfica, esse tipo de hardware também é adequado. Para a jogatina, as melhores APUs do mercado conseguem lidar bem com jogos menos exigentes. Ou ainda aqueles mais pesados, considerando

As placas de vídeo sempre foram as soluções com maior desempenho para quem quer jogar ou precisa executar tarefas gráficas mais complexas. Porém os gráficos integrados (iGPUs), que antes faziam parte das placas-mãe e agora podem ser encontrados em CPUs (sendo chamadas de APUs), têm evoluído e cada vez mais se tornado uma opção bem interessante.
- Review AMD Ryzen 7 8700G | CPU imbatível para jogar sem GPU
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Eles ainda não são capazes de desempenhar tão bem quando as GPUs dedicadas, mesmo sendo equipados com os núcleos da mesma arquitetura gráfica de placas de vídeo dedicadas, como no caso da AMD e Intel. Mas, na prática, quando vale a pena investir em gráficos integrados? É o que vamos descobrir agora.
O que são gráficos integrados?
Os gráficos integrados, que podem ser chamados de iGPUs (integrated graphics), são encontrados em processadores. Por isso, essa combinação de diferentes núcleos é chamada de APU (unidade de processamento acelerado, em inglês). A pioneira nesse tipo de hardware é a AMD, que sempre entregou as melhores APUs do mercado, apesar de hoje não usar mais tanto o termo como quando tudo começou.
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Ao dividir espaço dentro do encapsulamento de um processador com seus núcleos, a iGPU é limitada, oferecendo consideravelmente menos núcleos e clocks menores, além de outras limitações, como a falta de memória de vídeo dedicada, algo normalmente presente nas placas de vídeo.
Por conta disso, para que os gráficos integrados do processador funcionem, é preciso pegar um pouco da memória do sistema emprestada. Ou seja, perde-se uma quantidade específica e configurável da memória RAM, alocando-a para a APU desempenhar suas funções gráficas.
A AMD lançou as primeiras APUs em 2011, começando uma era de gráficos integrados com capacidade decente de desempenho. A tecnologia foi evoluindo com o tempo, até chegar aos atuais Ryzen AI 300, que oferecem desempenho equivalente a placas de vídeo de entrada. A Intel também começou a surfar nessa onda recentemente com seus processadores equipados com núcleos Xe, oferecendo o maior salto de processamento em iGPU do Time Azul, mas não o suficiente para destronar a rival.
Vantagens dos processadores com gráficos integrados
A maior vantagem desse tipo de hardware são economias. A primeira delas tem a ver com o custo em relação a um PC completo com placa de vídeo dedicada. Imagine, por exemplo, economizar cerca de R$ 2.000 ao não adquirir uma GPU dedicada de entrada, mas ter gráficos integrados poderosos para suprir sua necessidade.
Outra economia é no consumo de energia. Uma APU consome muito menos do que uma placa de vídeo. Para efeito de comparação, um Ryzen 7 8700G, uma das melhores APUs do mercado, tem TDP de 65W, enquanto uma Radeon RX 7600 XT consome 190W. Claro que existem diferenças de desempenho, mas para uma necessidade menor, a diferença é bem grande, nesse caso.
E a terceira economia acontece no espaço físico. Não é preciso um gabinete grande para acomodar uma APU, já que é o mesmo espaço ocupado por um processador, mesmo com um cooler mediano.
Desvantagens dos processadores com gráficos integrados
Em contrapartida, os gráficos integrados de um processador têm seus pontos fracos. A começar pelo desempenho, que é limitado. Mesmo evoluindo bastante nos últimos anos, a melhor iGPU ainda fica próxima de uma placa de vídeo de entrada, sendo facilmente superada pelos outros níveis de GPUs dedicadas.
Além disso, existe o fato do compartilhamento de memória. Por isso, é preciso ter mais memória do que o habitual (como 32 GB, por exemplo), e essas memórias precisam ser mais rápidas. Ou seja, mais gastos nesse sentido.
Por último, não tem como melhorar uma APU. Com uma placa de vídeo, se ela não atende mais as suas necessidades, basta adquirir uma melhor. No caso de gráficos integrados, você acabará trocando também de CPU, já que ambos trabalham juntos — e às vezes isso implica em também comprar uma placa-mãe nova.
Quando vale a pena comprar?
Uma APU se encaixa bem quando não existe tanta necessidade por desempenho gráfico, mas ainda é preciso algum nível. Para tarefas básicas do dia a dia, como navegação na internet, streaming de vídeo, por exemplo, a iGPU dá conta do recado sem nenhuma dificuldade. Ou ainda para programadores que não precisam de performance gráfica, esse tipo de hardware também é adequado.
Para a jogatina, as melhores APUs do mercado conseguem lidar bem com jogos menos exigentes. Ou ainda aqueles mais pesados, considerando diminuir a resolução, baixar o preset gráfico ou ainda usar upscaling de imagem para ajudar no desempenho.
Com o orçamento limitado, embora seja preciso gastar mais em memória, é possível economizar em fonte de menor capacidade, gabinete mais compacto com sistema de refrigeração mais simples. Isso é bom para quem quer ter um PC realmente compacto, mas ainda capaz de entregar um bom desempenho gráfico.
Quando não vale a pena comprar?
O primeiro cenário em que um processador com placa de vídeo integrada não é adequado é quando consideramos jogos AAA em resolução alta, como 1440p e 4K, principalmente com alta taxa de quadros. As APU atuais ainda não têm força para essas tarefas.
Aliado a isso, edição de vídeo profissional e modelagem em 3D são outros dois cenários em que placas de vídeo integradas não se saem bem. Isso acontece porque essas aplicações têm alta demanda de processamento gráfico, exigindo bastante da GPU na hora da renderização, por exemplo.
Entusiastas de realidade virtual e aumentada também precisam dedicar parte de seu orçamento para uma placa de vídeo, e uma mais potente por conta desse tipo de demanda gráfica. Ou seja, APUs ainda não têm vez nesse cenário.
Como escolher um processador com gráficos integrados
Antes de escolher sua APU, é preciso ter em mente o uso que fará dela. Tarefas básicas? Foco em jogos? Se sim, qual o nível de jogos? Só para streaming de vídeo? Com essas perguntas respondidas, você deve pesquisar por testes diferentes com APUs variadas para que você tenha clareza na hora da escolha.
É importante ficar atento a alguns detalhes adicionais, como por exemplo placa-mãe e seu socket (AMD ou Intel), os módulos de memória mais adequados para essa configuração, monitores com suporte a recursos como AMD FreeSync e NVIDIA G-Sync para ajudar na suavidade da imagem, especialmente em jogos.
Melhores processadores com gráficos integrados em 2025
Atualmente, a AMD detém os melhores processadores com gráficos integrados. Em PC de mesa, existe a série Ryzen 8000G. Dois modelos excelentes são os Ryzen 5 8600G e Ryzen 7 8700G com ótima performance gráfico e de CPU com núcleos Zen 4.
Porém é em notebooks que as APUs brilham mais, tanto da AMD, quanto da Intel. Os Ryzen AI 300, por exemplo, oferecem ótimas soluções de iGPUs. O Ryzen AI Max+ 395, lançado nesse ano, é o mais potente com sua iGPU Radeon 8060S, superando uma RTX 4060 de PC de mesa.
Do lado da Intel, temos os notebooks com Core Ultra 200 e gráficos Intel Xe² oferecendo ótima performance também, mas ainda inferior a rival. Caso queria uma terceira alternativa mobile, já existem notebooks com Snapdragon e os gráficos integrados Adreno são tão capazes quanto essas soluções, mas limitados por serem APUs ARM em Windows. Ou seja, nem tudo funciona ainda 100%.
Conclusão
É possível ter um bom desempenho gráfico com APUs em 2025, graças aos avanços feitos, principalmente, pela AMD. Infelizmente, a maior concentração dessas melhorias acontece no segmento mobile e muitos dos notebooks com esse hardware não chegam ao Brasil, ou chegam muito caros.
Mas visando desktop, existem escolhas, de novo, por parte da AMD bastante interessantes. Lembre-se dos fatores que citamos acima na hora de decidir por uma APU, principalmente o orçamento, algo que pesa primeiro no processo de compra de um hardware novo.
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