Primeira grande obra da COP 30, Mercado de São Brás segue sem operação completa, mesmo após duas inaugurações em Belém

Mercado de São Brás segue sem funcionamento após mais de 100 dias. Com investimento de R$ 150 milhões, adaptações pelos empresários e obras na área central ainda estão em andamento, enquanto feirantes permanecem em uma feira provisória, enfrentando dificuldades. Mercado de São Brás, obra da COP 30, em Belém ⏰Três meses depois de inaugurado pela segunda vez em um semestre, o Mercado de São Brás, a primeira grande obra de infraestrutura entregue para a COP 30, segue sem pleno funcionamento, em Belém. Com orçamento de R$ 150 milhões, a estrutura foi inaugurada pela primeira vez em 17 de setembro de 2024, com a entrega de um pavilhão e da praça em frente ao mercado. Meses depois, em 18 de dezembro de 2024, toda a estrutura do local foi aberta ao público. Em abril de 2025, ainda em obras, o local pode ser visitado, mas ainda não recebeu de volta os feirantes que trabalham em local improvisado há 2 anos, desde o início da reforma - veja mais abaixo. Promessa era de funcionamento até fim de março À época da segunda inauguração, o presidente da Organização Social Instituto Amazônia Azul, que ganhou a licitação para administrar o espaço por 20 anos, disse que a ocupação pelos locatários (empresas) e permissionários (feirantes) seria progressiva e até o fim de março. Tem gente que consegue fazer sua adaptação (do box) em um mês. Então, esse pessoal começa já na segunda quinzena de janeiro. Tem gente que vai começar na segunda quinzena de fevereiro, mas o grosso mesmo começa no final de março Participaram da inauguração em dezembro o secretário extraordinário da COP 30, Valter Correia, o diretor da Itaipu Binacional, Carlos Carboni, e o ex-prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol). Ocasião em que Valter Correia, Carlos Carboni e Edmilson Rodrigues cortaram a faixa e inauguraram o Mercado de São Brás, em Belém. Marcus Passos/g1 Pará Naquela ocasião, o presidente da O.S. Instituto Amazônia Azul explicou que a adaptação de cada box, por parte dos empresários e feirantes, deveria demorar de 1 a 3 meses. ⌛ Mas isso não ocorreu: Mesmo após essas duas inaugurações, do dia 17 de setembro de 2024 até esta segunda-feira, 7 de abril de 2025, passaram 202 dias e o Mercado de São Brás segue sem o completo funcionamento. Desses, 100 dias são desde a segunda inauguração. Em nota, Paulo Uchoa afirmou que a entrega feita em 18 de dezembro fazia parte da infraestrutura geral da obra e que "a ocupação progressiva está em andamento e só não foi concluída porque parte das obras de adaptação" não terminaram. O presidente disse ainda que o Instituto Amazônia Azul concluiu a seleção das empresas que se inscreveram para ocuparem cerca de 80 espaços disponíveis da área central do mercado e que, por isso, as primeiras etapas da ocupação já aconteceram. "Estamos organizando a última etapa, que é a ocupação física com as visitas técnicas de arquitetos, para adequação dos projetos específicos que precisam estar em consonância com o patrimônio histórico e com o projeto da revitalização", afirmou. Segundo a Itaipu, responsável pelo financiamento do prédio, a entrega feita ano passado fazia parte do prédio principal do Mercado e que obras "complementares no entorno" ainda estão sendo executadas. Quando questionados sobre o novo prazo de entrega completa do local, a Itaipu disse a data estimada é julho de 2025. Já o Instituto Amazônia Azul prevê para junho a inauguração completa. O g1 solicitou um posicionamento à Prefeitura de Belém e a Secretária Extraordinária da COP sobre o mercado e quando o local será ocupado pelos feirantes e empresários, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.

Abr 7, 2025 - 08:25
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Primeira grande obra da COP 30, Mercado de São Brás segue sem operação completa, mesmo após duas inaugurações em Belém

Mercado de São Brás segue sem funcionamento após mais de 100 dias. Com investimento de R$ 150 milhões, adaptações pelos empresários e obras na área central ainda estão em andamento, enquanto feirantes permanecem em uma feira provisória, enfrentando dificuldades. Mercado de São Brás, obra da COP 30, em Belém ⏰Três meses depois de inaugurado pela segunda vez em um semestre, o Mercado de São Brás, a primeira grande obra de infraestrutura entregue para a COP 30, segue sem pleno funcionamento, em Belém. Com orçamento de R$ 150 milhões, a estrutura foi inaugurada pela primeira vez em 17 de setembro de 2024, com a entrega de um pavilhão e da praça em frente ao mercado. Meses depois, em 18 de dezembro de 2024, toda a estrutura do local foi aberta ao público. Em abril de 2025, ainda em obras, o local pode ser visitado, mas ainda não recebeu de volta os feirantes que trabalham em local improvisado há 2 anos, desde o início da reforma - veja mais abaixo. Promessa era de funcionamento até fim de março À época da segunda inauguração, o presidente da Organização Social Instituto Amazônia Azul, que ganhou a licitação para administrar o espaço por 20 anos, disse que a ocupação pelos locatários (empresas) e permissionários (feirantes) seria progressiva e até o fim de março. Tem gente que consegue fazer sua adaptação (do box) em um mês. Então, esse pessoal começa já na segunda quinzena de janeiro. Tem gente que vai começar na segunda quinzena de fevereiro, mas o grosso mesmo começa no final de março Participaram da inauguração em dezembro o secretário extraordinário da COP 30, Valter Correia, o diretor da Itaipu Binacional, Carlos Carboni, e o ex-prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol). Ocasião em que Valter Correia, Carlos Carboni e Edmilson Rodrigues cortaram a faixa e inauguraram o Mercado de São Brás, em Belém. Marcus Passos/g1 Pará Naquela ocasião, o presidente da O.S. Instituto Amazônia Azul explicou que a adaptação de cada box, por parte dos empresários e feirantes, deveria demorar de 1 a 3 meses. ⌛ Mas isso não ocorreu: Mesmo após essas duas inaugurações, do dia 17 de setembro de 2024 até esta segunda-feira, 7 de abril de 2025, passaram 202 dias e o Mercado de São Brás segue sem o completo funcionamento. Desses, 100 dias são desde a segunda inauguração. Em nota, Paulo Uchoa afirmou que a entrega feita em 18 de dezembro fazia parte da infraestrutura geral da obra e que "a ocupação progressiva está em andamento e só não foi concluída porque parte das obras de adaptação" não terminaram. O presidente disse ainda que o Instituto Amazônia Azul concluiu a seleção das empresas que se inscreveram para ocuparem cerca de 80 espaços disponíveis da área central do mercado e que, por isso, as primeiras etapas da ocupação já aconteceram. "Estamos organizando a última etapa, que é a ocupação física com as visitas técnicas de arquitetos, para adequação dos projetos específicos que precisam estar em consonância com o patrimônio histórico e com o projeto da revitalização", afirmou. Segundo a Itaipu, responsável pelo financiamento do prédio, a entrega feita ano passado fazia parte do prédio principal do Mercado e que obras "complementares no entorno" ainda estão sendo executadas. Quando questionados sobre o novo prazo de entrega completa do local, a Itaipu disse a data estimada é julho de 2025. Já o Instituto Amazônia Azul prevê para junho a inauguração completa. O g1 solicitou um posicionamento à Prefeitura de Belém e a Secretária Extraordinária da COP sobre o mercado e quando o local será ocupado pelos feirantes e empresários, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.