Por que Coreia do Sul decretou impeachment de presidente
Decisão da Corte Constitucional de suspender o mandato de Yoon Suk Yeol saiu nesta sexta-feira (4), pelo horário local. Ele estava afastado do cargo desde dezembro, acusado de insurreição, por decretar lei marcial. 3 de dezembro - O então presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial no país. Kim Soo-Hyeon/Reuters O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, teve impeachment decretado pela Corte Constitucional nesta sexta-feira (4), pelo horário local - noite de quinta (3), no horário de Brasília. O motivo foi a lei marcial decretada por algumas horas em dezembro de 2024. (Saiba mais sobre a lei abaixo). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Yoon foi indiciado por insurreição no fim de janeiro por promotores do país. Essa é uma das poucas acusações criminais das quais um presidente no país não tem imunidade. O crime é punível com prisão perpétua ou morto, embora ninguém tenha sido executado por esse crime em décadas. Na sessão que declarou o fim do mandato do presidente, o presidente interino da Corte, Moon Hyung-bae, afirmou que Yoon violou seu dever como presidente ao tomar ações que ultrapassaram os poderes conferidos a ele pela Constituição. E que os efeitos de suas ações representaram um sério desafio à democracia. “Yoon cometeu uma grave traição à confiança do povo, que são os membros soberanos da república democrática”, disse ele, acrescentando que, ao declarar a lei marcial, Yoon criou caos em todas as áreas da sociedade, da economia e da política externa. A decisão pelo impeachment foi unânime entre os oito juízes. Justiça da Coreia do Sul vota impeachment do presidente Yoon Reuters O ex-presidente chegou a ser preso em janeiro deste ano, mas deixou a prisão em março. Ainda em dezembro, o Congresso aprovou a abertura de um processo de impeachment contra Yoon. Em uma audiência do Tribunal Constitucional em janeiro, Yoon e seus advogados argumentaram que ele nunca teve a intenção de impor totalmente a lei marcial, mas apenas pretendia que as medidas fossem um aviso para quebrar o impasse político. LEI MARCIAL: entenda o que é medida e por que foi decretada na Coreia do Sul EX-PROMOTOR, CONSERVADOR, NOVATO NA POLÍTICA: Quem é Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul que declarou lei marcial no país O que é lei marcial Presidente da Coreia do Sul decreta lei marcial; entenda o termo Decretada por apenas algumas horas em dezembro de 2024 na Coreia do Sul, a lei marcial é uma medida excepcional, que pode ser usada em momentos de graves crises ou guerras para garantir a ordem pública. Sua aplicação prevê a imposição de leis militares, o fechamento do parlamento e a proibição de manifestações nas ruas. Os direitos da população ficam restritos e a imprensa é colocada sob tutela. O decreto publicado pelo governo em dezembro de 2024 listava as seguintes medidas: Todas as atividades políticas, incluindo as da Assembleia Nacional, conselhos locais, partidos políticos, associações políticas, manifestações e protestos, ficam proibidas; Também ficam proibidos todos os atos que neguem ou tentem derrubar o sistema democrático liberal, bem como a disseminação de notícias falsas, manipulação da opinião pública e propaganda falsa; Todos os meios de comunicação e publicações estarão sob controle do Comando da Lei Marcial; Greves, paralisações e protestos que incitem o caos social estão proibidos; Todo o pessoal médico, incluindo médicos em treinamento, que esteja em greve ou tenha deixado o setor médico deve retornar ao trabalho dentro de 48 horas e exercer suas funções de forma fiel. Aqueles que violarem esta regra serão punidos de acordo com a lei marcial; Cidadãos comuns inocentes, com exceção de forças anti-Estado e outros elementos subversivos, estarão sujeitos a medidas para minimizar os transtornos em suas vidas diárias. O que acontece agora? Após a destituição de Yoon, o país deve ter novas eleições em 60 dias, de acordo com a constituição. O primeiro-ministro Han Duck-soo continuará a exercer a função de presidente interino até que o novo presidente seja empossado, segundo a agência de notícias Reuters. Milhares de pessoas presentes em uma manifestação pedindo a destituição de Yoon — incluindo centenas que acamparam durante a noite — explodiram em gritos de comemoração ao ouvir a decisão, gritando "Vencemos! De acordo com a Reuters, após o anúncio do impeachment, o presidente interino emitiu uma ordem de emergência para manter a segurança pública e afirmou que não haverá tolerância com qualquer forma de violência. Um manifestante foi preso por quebrar a janela de um ônibus policial. Yoon Suk Yeol Presidência da Coreia do Sul/Yonhap via AP


Decisão da Corte Constitucional de suspender o mandato de Yoon Suk Yeol saiu nesta sexta-feira (4), pelo horário local. Ele estava afastado do cargo desde dezembro, acusado de insurreição, por decretar lei marcial. 3 de dezembro - O então presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial no país. Kim Soo-Hyeon/Reuters O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, teve impeachment decretado pela Corte Constitucional nesta sexta-feira (4), pelo horário local - noite de quinta (3), no horário de Brasília. O motivo foi a lei marcial decretada por algumas horas em dezembro de 2024. (Saiba mais sobre a lei abaixo). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Yoon foi indiciado por insurreição no fim de janeiro por promotores do país. Essa é uma das poucas acusações criminais das quais um presidente no país não tem imunidade. O crime é punível com prisão perpétua ou morto, embora ninguém tenha sido executado por esse crime em décadas. Na sessão que declarou o fim do mandato do presidente, o presidente interino da Corte, Moon Hyung-bae, afirmou que Yoon violou seu dever como presidente ao tomar ações que ultrapassaram os poderes conferidos a ele pela Constituição. E que os efeitos de suas ações representaram um sério desafio à democracia. “Yoon cometeu uma grave traição à confiança do povo, que são os membros soberanos da república democrática”, disse ele, acrescentando que, ao declarar a lei marcial, Yoon criou caos em todas as áreas da sociedade, da economia e da política externa. A decisão pelo impeachment foi unânime entre os oito juízes. Justiça da Coreia do Sul vota impeachment do presidente Yoon Reuters O ex-presidente chegou a ser preso em janeiro deste ano, mas deixou a prisão em março. Ainda em dezembro, o Congresso aprovou a abertura de um processo de impeachment contra Yoon. Em uma audiência do Tribunal Constitucional em janeiro, Yoon e seus advogados argumentaram que ele nunca teve a intenção de impor totalmente a lei marcial, mas apenas pretendia que as medidas fossem um aviso para quebrar o impasse político. LEI MARCIAL: entenda o que é medida e por que foi decretada na Coreia do Sul EX-PROMOTOR, CONSERVADOR, NOVATO NA POLÍTICA: Quem é Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul que declarou lei marcial no país O que é lei marcial Presidente da Coreia do Sul decreta lei marcial; entenda o termo Decretada por apenas algumas horas em dezembro de 2024 na Coreia do Sul, a lei marcial é uma medida excepcional, que pode ser usada em momentos de graves crises ou guerras para garantir a ordem pública. Sua aplicação prevê a imposição de leis militares, o fechamento do parlamento e a proibição de manifestações nas ruas. Os direitos da população ficam restritos e a imprensa é colocada sob tutela. O decreto publicado pelo governo em dezembro de 2024 listava as seguintes medidas: Todas as atividades políticas, incluindo as da Assembleia Nacional, conselhos locais, partidos políticos, associações políticas, manifestações e protestos, ficam proibidas; Também ficam proibidos todos os atos que neguem ou tentem derrubar o sistema democrático liberal, bem como a disseminação de notícias falsas, manipulação da opinião pública e propaganda falsa; Todos os meios de comunicação e publicações estarão sob controle do Comando da Lei Marcial; Greves, paralisações e protestos que incitem o caos social estão proibidos; Todo o pessoal médico, incluindo médicos em treinamento, que esteja em greve ou tenha deixado o setor médico deve retornar ao trabalho dentro de 48 horas e exercer suas funções de forma fiel. Aqueles que violarem esta regra serão punidos de acordo com a lei marcial; Cidadãos comuns inocentes, com exceção de forças anti-Estado e outros elementos subversivos, estarão sujeitos a medidas para minimizar os transtornos em suas vidas diárias. O que acontece agora? Após a destituição de Yoon, o país deve ter novas eleições em 60 dias, de acordo com a constituição. O primeiro-ministro Han Duck-soo continuará a exercer a função de presidente interino até que o novo presidente seja empossado, segundo a agência de notícias Reuters. Milhares de pessoas presentes em uma manifestação pedindo a destituição de Yoon — incluindo centenas que acamparam durante a noite — explodiram em gritos de comemoração ao ouvir a decisão, gritando "Vencemos! De acordo com a Reuters, após o anúncio do impeachment, o presidente interino emitiu uma ordem de emergência para manter a segurança pública e afirmou que não haverá tolerância com qualquer forma de violência. Um manifestante foi preso por quebrar a janela de um ônibus policial. Yoon Suk Yeol Presidência da Coreia do Sul/Yonhap via AP