Polícia investiga se mãe de recém-nascida morta teve ajuda para esconder corpo

Mãe da bebê apresentou versões diferentes em depoimentos antes de confessar o assassinato

Abr 16, 2025 - 13:14
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Polícia investiga se mãe de recém-nascida morta teve ajuda para esconder corpo

A Polícia Civil investiga se a mãe da recém-nascida encontrada morta em casa, em Novo Lino (AL), na terça-feira (14/4), teve ajuda para esconder o corpo da menina. A mulher foi presa em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver e também foi autuada por homicídio. A tipificação como infanticídio dependerá do laudo médico-pericial.

O corpo da bebê foi encontrado enrolado em uma sacola de plástico dentro de um armário. O delegado Igor Diego afirmou que as buscas realizadas dentro da casa da família não indicaram indícios de que havia um corpo no local. Os policiais contaram com o auxílio de uma cadela farejadora, mas o cadáver não foi localizado — o que levanta a suspeita de que outra pessoa possa ter ajudado a esconder a recém-nascida.

"A cadela se machucou durante as buscas e ficou com a pata sangrando. Ao lado desse móvel tem várias pisadas da cadela, mostrando que ela realizou todo o trabalho naquele móvel. Nós abrimos todas as portas, todas as gavetas da casa, guarda-roupas, armários, geladeira, freezer e nada foi encontrado. Então trabalhamos com a hipótese de durante a madrugada ou no início da manhã, uma terceira pessoa ter retornado com esse corpo para aquele lugar", disse o delegado Igor à TV Globo.

Segundo o delegado João Marcello, o próximo passo é aguardar os laudos periciais, tanto do Instituto de Criminalística quanto o laudo cadavérico que será confeccionado pelo Instituto Médico Legal (IML), que deverá confirmar a causa da morte de Ana Beatriz.

A mãe da recém-nascida, identificada como Eduarda Silva de Oliveira, 22 anos, apresentou versões diferentes em depoimentos antes de confessar o assassinato.

Na primeira versão, Eduarda afirmou que teria doado a bebê, hipótese inicialmente investigada com a esperança de encontrá-la viva. Em um segundo relato, ela alegou que a criança teria se engasgado durante a amamentação e não resistido. 

Já em uma terceira versão, a mãe contou que a filha apresentava sintomas de dor abdominal e choro excessivo, e que, diante do barulho em um bar próximo à residência e do estresse provocado pelo choro contínuo, teria asfixiado a bebê com uma almofada.

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O Correio não localizou a defesa de Eduarda Silva de Oliveira. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.