Para o Planalto, permanência do chefe do INSS é 'impossível'

Alessandro Stefanutto foi afastado após uma operação da PF que investiga fraudes em benefícios concedidos a aposentados e pensionistas. Ministro da Previdência é cobrado a demitir aliado, e Lula mandou suspender todos os contratos suspeitos. Para o Planalto, permanência do chefe do INSS é 'impossível' Aliados do presidente Lula dizem que a permanência do chefe do INSS, Alessandro Stefanutto, no posto é "impossível". A pressão era para que a demissão do aliado, afastado pela Justiça, fosse anunciada ainda nesta quarta-feira (23) pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, que não o fez. Segundo integrantes do governo, Lupi tentou manejar o timing do anúncio para não melindrar o Stefanutto num momento de extrema pressão, inclusive policial, durante coletiva, mas está ciente de que a permanência dele no INSS é inviável. Lupi é o padrinho de Stefanutto e chegou a anunciar, em novembro, a filiação do chefe do INSS ao PDT, em ato da executiva nacional do partido, como sua aposta para a eleição em São Paulo. Ainda segundo esses aliados, o presidente Lula determinou a suspensão de todos os contratos entre as entidades envolvidas na apuração e o INSS. A ação deve ser anunciada pela Controladoria-Geral da União, responsável pelo início da apuração. Suspeita de fraudes em benefícios Stefanutto foi afastado do posto após uma operação da Polícia Federal e da CGU que investiga fraudes em benefícios concedidos a aposentados e pensionistas. Segundo a PF, a fraude no INSS partiu de entidades que representavam os aposentados e pensionistas. Na prática, elas descontavam irregularmente parte de mensalidades associativas aplicadas sobre benefícios previdenciários. Stefanutto é alvo de buscas. Ele é servidor de carreira do INSS desde 2000 e filiado do PDT. Há meses, a repórter do Conexão GloboNews Amanda Lüder relata queixas de mais de 130 mil aposentados e pensionistas que tiveram descontos não autorizados em seus pagamentos, como se tivessem firmado com convênio com as empresas suspeitas de fraude, sem jamais terem firmado qualquer trato com elas. Operação da Polícia Federal em vários estados brasileiros contra fraudes no INSS. Polícia Federal

Abr 23, 2025 - 17:57
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Para o Planalto, permanência do chefe do INSS é 'impossível'

Alessandro Stefanutto foi afastado após uma operação da PF que investiga fraudes em benefícios concedidos a aposentados e pensionistas. Ministro da Previdência é cobrado a demitir aliado, e Lula mandou suspender todos os contratos suspeitos. Para o Planalto, permanência do chefe do INSS é 'impossível' Aliados do presidente Lula dizem que a permanência do chefe do INSS, Alessandro Stefanutto, no posto é "impossível". A pressão era para que a demissão do aliado, afastado pela Justiça, fosse anunciada ainda nesta quarta-feira (23) pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, que não o fez. Segundo integrantes do governo, Lupi tentou manejar o timing do anúncio para não melindrar o Stefanutto num momento de extrema pressão, inclusive policial, durante coletiva, mas está ciente de que a permanência dele no INSS é inviável. Lupi é o padrinho de Stefanutto e chegou a anunciar, em novembro, a filiação do chefe do INSS ao PDT, em ato da executiva nacional do partido, como sua aposta para a eleição em São Paulo. Ainda segundo esses aliados, o presidente Lula determinou a suspensão de todos os contratos entre as entidades envolvidas na apuração e o INSS. A ação deve ser anunciada pela Controladoria-Geral da União, responsável pelo início da apuração. Suspeita de fraudes em benefícios Stefanutto foi afastado do posto após uma operação da Polícia Federal e da CGU que investiga fraudes em benefícios concedidos a aposentados e pensionistas. Segundo a PF, a fraude no INSS partiu de entidades que representavam os aposentados e pensionistas. Na prática, elas descontavam irregularmente parte de mensalidades associativas aplicadas sobre benefícios previdenciários. Stefanutto é alvo de buscas. Ele é servidor de carreira do INSS desde 2000 e filiado do PDT. Há meses, a repórter do Conexão GloboNews Amanda Lüder relata queixas de mais de 130 mil aposentados e pensionistas que tiveram descontos não autorizados em seus pagamentos, como se tivessem firmado com convênio com as empresas suspeitas de fraude, sem jamais terem firmado qualquer trato com elas. Operação da Polícia Federal em vários estados brasileiros contra fraudes no INSS. Polícia Federal