Aliados de Lula estão divididos entre relevar recusa de convite a ministério ou retaliar União Brasil
O deputado Pedro Lucas Fernandes (MA), líder do União Brasil, que recusou convite de Lula para assumir o Ministério das Comunicações Marina Ramos/Câmara dos Deputados Os aliados e assessores do presidente Lula estão divididos sobre qual será a reação do governo ao União Brasil depois que o líder do partido, deputado Pedro Lucas (União-MA), recusou o convite para assumir o Ministério das Comunicações. Uma ala defende uma retaliação. Outra, mais pragmática, lembra que o governo não está “com essa bola toda” e não pode empurrar todo o União Brasil para a oposição, por isso, entende que a recusa pode ser relevada. Mesmo porque, lembra um aliado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), é estratégico para o governo dentro do Congresso Nacional. Pedro Lucas recusa ministério das Comunicações Ter Alcolumbre como adversário seria um erro político nesta reta final de mandato de Lula. O senador é o principal interlocutor do União Brasil com o governo. Foi ele quem sugeriu o nome do líder Pedro Lucas para substituir Juscelino Filho (União-MA) na pasta das Comunicações. Agora, Alcolumbre e o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, buscam o nome de um técnico para sugerir ao presidente Lula. Pedro Lucas decidiu recusar para evitar que a liderança do partido fosse assumida pela ala da oposição dentro do partido. Ele, inclusive, alegou, em nota, que avalia ser mais importante para o governo que ele permaneça na liderança do União Brasil na Câmara. Uma ala do governo defende uma retaliação ao União Brasil. Alegam que o partido expôs publicamente o presidente Lula, passando a imagem de um governo frágil. A recusa ao convite foi um episódio que gerou constrangimento, uma vez que ocorreu depois de o próprio Palácio do Planalto ter anunciado o nome de Pedro Lucas como ministro. Uma possibilidade de retaliação seria retirar o Ministério das Comunicações do União Brasil e entregá-lo ao PSD, que reivindica uma pasta mais robusta para representar os deputados da legenda. Só que essa pasta é uma escolha do senador Davi Alcolumbre em nome da bancada do União na Câmara. Os defensores da retaliação lembram que quase 70% dos deputados do União Brasil assinaram o requerimento de urgência do projeto da anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Outra ala alerta que o governo pode não ter gostado do desfecho para o convite ao Ministério das Comunicações, mas não está em condições de recusar apoios. “O governo, infelizmente, não está com essa bola toda, precisa é curar feridas, em vez de empurrar para fora aliados insatisfeitos”, diz um assessor presidencial.


O deputado Pedro Lucas Fernandes (MA), líder do União Brasil, que recusou convite de Lula para assumir o Ministério das Comunicações Marina Ramos/Câmara dos Deputados Os aliados e assessores do presidente Lula estão divididos sobre qual será a reação do governo ao União Brasil depois que o líder do partido, deputado Pedro Lucas (União-MA), recusou o convite para assumir o Ministério das Comunicações. Uma ala defende uma retaliação. Outra, mais pragmática, lembra que o governo não está “com essa bola toda” e não pode empurrar todo o União Brasil para a oposição, por isso, entende que a recusa pode ser relevada. Mesmo porque, lembra um aliado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), é estratégico para o governo dentro do Congresso Nacional. Pedro Lucas recusa ministério das Comunicações Ter Alcolumbre como adversário seria um erro político nesta reta final de mandato de Lula. O senador é o principal interlocutor do União Brasil com o governo. Foi ele quem sugeriu o nome do líder Pedro Lucas para substituir Juscelino Filho (União-MA) na pasta das Comunicações. Agora, Alcolumbre e o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, buscam o nome de um técnico para sugerir ao presidente Lula. Pedro Lucas decidiu recusar para evitar que a liderança do partido fosse assumida pela ala da oposição dentro do partido. Ele, inclusive, alegou, em nota, que avalia ser mais importante para o governo que ele permaneça na liderança do União Brasil na Câmara. Uma ala do governo defende uma retaliação ao União Brasil. Alegam que o partido expôs publicamente o presidente Lula, passando a imagem de um governo frágil. A recusa ao convite foi um episódio que gerou constrangimento, uma vez que ocorreu depois de o próprio Palácio do Planalto ter anunciado o nome de Pedro Lucas como ministro. Uma possibilidade de retaliação seria retirar o Ministério das Comunicações do União Brasil e entregá-lo ao PSD, que reivindica uma pasta mais robusta para representar os deputados da legenda. Só que essa pasta é uma escolha do senador Davi Alcolumbre em nome da bancada do União na Câmara. Os defensores da retaliação lembram que quase 70% dos deputados do União Brasil assinaram o requerimento de urgência do projeto da anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Outra ala alerta que o governo pode não ter gostado do desfecho para o convite ao Ministério das Comunicações, mas não está em condições de recusar apoios. “O governo, infelizmente, não está com essa bola toda, precisa é curar feridas, em vez de empurrar para fora aliados insatisfeitos”, diz um assessor presidencial.