Oposição na Câmara chama denúncia contra Bolsonaro de 'peça de ficção' e critica STF
Deputados dizem que políticos de direita estão sendo perseguidos de 'maneira implacável' e que as acusações contra ex-presidente são 'rasteiras'. Deputados se manifestam contra denúncia da PGR contra Bolsonaro Paloma Rodrigues/TV Globo Deputados de oposição ao governo na Câmara dos Deputados criticaram, nesta quarta-feira (19), a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL). Segundo eles, a acusação contra o ex-presidente trata-se de uma “peça de ficção”. A PGR denunciou Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas nessa terça-feira (18) acusados de liderar uma organização criminosa formada para tramar uma tentativa de golpe de Estado no país. Em coletiva de imprensa, convocada após encontro com Bolsonaro realizado fora da Câmara, os parlamentares defenderam que políticos de direita têm sido perseguidos de "maneira implacável" desde a troca de governo. PGR indicia Bolsonaro e mais 33 pessoas; veja detalhes da denúncia Bolsonaro, por sua vez, tem feito visitas ao Congresso buscando, por meio de capital político, tentar convencer deputados a votarem um projeto que prevê anistia aos acusados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Os parlamentares pediram a aprovação do projeto e apresentaram um manifesto, lido pelo líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), em que afirmam que a denúncia representa “mais um degrau na escalada criminosa contra a liberdade dos brasileiros”. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que a oposição é a favor de punições pelos atos do 8 de janeiro, mas disse que as penas impostas são desproporcionais. "Nós não somos favoráveis a depredação de prédios públicos, ao vandalismo, a invasão de prédios públicos. Achamos que quem fez e foi privado através da individuailzação de culpas, deve ser responsabilizado, mas não com 17 anos, não com 14 anos", disse. "A sociedade precisa sim de pacificação, precisa sim de reconciliação, mas precisa mais de justiça", afirmou. Acusações 'rasteiras' Para a oposição, a direita no Brasil sofre uma perseguição política e a denúncia contra o ex-presidente foi baseada em “presunções” e “delações”. “Trata-se de uma série de acusações rasteiras, desprovidas de evidências concretas que sustentem as graves acusações imputadas”, diz o documento. Os deputados também usaram a denúncia para colocar em dúvida a imparcialidade do Supremo, a quem caberá decidir se aceita ou rejeita a denúncia contra ex-presidente. "As recentes decisões do STF nos fazem questionar: teremos possibilidade de defesa para o presidente Bolsonaro? Ou ele já entra condenado a 20, 30, 40 anos de prisão?", afirmou Zucco. "É sempre bom lembrar que Bolsonaro será julgado por aqueles que se vangloriam de ter derrotado o bolsonarismo", prosseguiu. A deputada Caroline de Toni (PL-SC), aliada do ex-presidente, disse que a denúncia é uma narrativa construída e que busca intimidar a direita no Brasil. “Essa denúncia está baseada em uma única evidência, na delação do Mauro Cid”, criticou a. “O STF é um tribunal político. É uma perseguição política”, afirmou.


Deputados dizem que políticos de direita estão sendo perseguidos de 'maneira implacável' e que as acusações contra ex-presidente são 'rasteiras'. Deputados se manifestam contra denúncia da PGR contra Bolsonaro Paloma Rodrigues/TV Globo Deputados de oposição ao governo na Câmara dos Deputados criticaram, nesta quarta-feira (19), a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL). Segundo eles, a acusação contra o ex-presidente trata-se de uma “peça de ficção”. A PGR denunciou Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas nessa terça-feira (18) acusados de liderar uma organização criminosa formada para tramar uma tentativa de golpe de Estado no país. Em coletiva de imprensa, convocada após encontro com Bolsonaro realizado fora da Câmara, os parlamentares defenderam que políticos de direita têm sido perseguidos de "maneira implacável" desde a troca de governo. PGR indicia Bolsonaro e mais 33 pessoas; veja detalhes da denúncia Bolsonaro, por sua vez, tem feito visitas ao Congresso buscando, por meio de capital político, tentar convencer deputados a votarem um projeto que prevê anistia aos acusados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Os parlamentares pediram a aprovação do projeto e apresentaram um manifesto, lido pelo líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), em que afirmam que a denúncia representa “mais um degrau na escalada criminosa contra a liberdade dos brasileiros”. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que a oposição é a favor de punições pelos atos do 8 de janeiro, mas disse que as penas impostas são desproporcionais. "Nós não somos favoráveis a depredação de prédios públicos, ao vandalismo, a invasão de prédios públicos. Achamos que quem fez e foi privado através da individuailzação de culpas, deve ser responsabilizado, mas não com 17 anos, não com 14 anos", disse. "A sociedade precisa sim de pacificação, precisa sim de reconciliação, mas precisa mais de justiça", afirmou. Acusações 'rasteiras' Para a oposição, a direita no Brasil sofre uma perseguição política e a denúncia contra o ex-presidente foi baseada em “presunções” e “delações”. “Trata-se de uma série de acusações rasteiras, desprovidas de evidências concretas que sustentem as graves acusações imputadas”, diz o documento. Os deputados também usaram a denúncia para colocar em dúvida a imparcialidade do Supremo, a quem caberá decidir se aceita ou rejeita a denúncia contra ex-presidente. "As recentes decisões do STF nos fazem questionar: teremos possibilidade de defesa para o presidente Bolsonaro? Ou ele já entra condenado a 20, 30, 40 anos de prisão?", afirmou Zucco. "É sempre bom lembrar que Bolsonaro será julgado por aqueles que se vangloriam de ter derrotado o bolsonarismo", prosseguiu. A deputada Caroline de Toni (PL-SC), aliada do ex-presidente, disse que a denúncia é uma narrativa construída e que busca intimidar a direita no Brasil. “Essa denúncia está baseada em uma única evidência, na delação do Mauro Cid”, criticou a. “O STF é um tribunal político. É uma perseguição política”, afirmou.