O que está por trás do acordo nuclear entre Google e Elementl?
A gigante da tecnologia busca fortalecer a infraestrutura energética com reatores nucleares, enquanto enfrenta a crescente demanda dos data centers A desenvolvedora nuclear Elementl Power anunciou nesta quarta-feira (7) que assinou um acordo com o Google para desenvolver três locais destinados a reatores avançados. Este é o mais recente exemplo de gigantes da tecnologia unindo-se […] O post O que está por trás do acordo nuclear entre Google e Elementl? apareceu primeiro em O Cafezinho.

A gigante da tecnologia busca fortalecer a infraestrutura energética com reatores nucleares, enquanto enfrenta a crescente demanda dos data centers
A desenvolvedora nuclear Elementl Power anunciou nesta quarta-feira (7) que assinou um acordo com o Google para desenvolver três locais destinados a reatores avançados. Este é o mais recente exemplo de gigantes da tecnologia unindo-se à indústria nuclear para atender à crescente demanda energética de data centers.
O Google irá aportar capital inicial para os três projetos, embora os termos exatos do acordo permaneçam confidenciais. Cada local terá capacidade de gerar pelo menos 600 megawatts de energia, e o Google terá a opção de comprar a eletricidade assim que os reatores entrarem em operação. As localizações propostas não foram divulgadas, mas a Elementl afirmou que os recursos do Google serão usados para questões como licenciamento, conexão à rede de transmissão, negociações contratuais e outras etapas iniciais.
“O Google está comprometido em impulsionar projetos que fortaleçam as redes elétricas onde atuamos, e a tecnologia nuclear avançada oferece energia limpa, estável e disponível 24 horas por dia”, disse Amanda Peterson Corio, diretora global de energia para data centers do Google.
“Nossa colaboração com a Elementl Power aumenta nossa capacidade de agir na velocidade necessária para acompanhar este momento de inovação em IA e tecnologia nos EUA”, acrescentou.
Fundada em 2022, a Elementl Power ainda não construiu nenhum reator. Atualmente, a empresa é “agnóstica” em relação à tecnologia, ou seja, ainda não definiu qual tipo de reator será utilizado. Quando iniciar a construção, escolherá o modelo mais avançado em desenvolvimento.
“Parcerias inovadoras como essa são essenciais para mobilizar o capital necessário para novos projetos nucleares, que são fundamentais para fornecer energia limpa, segura e acessível, além de ajudar empresas a alcançarem suas metas de neutralidade de carbono”, afirmou Chris Colbert, CEO e presidente da Elementl Power. Colbert já foi CFO e diretor de estratégia da NuScale Power, empresa que desenvolve reatores modulares pequenos.
Ele destacou que, quando os projetos atingirem a fase final de investimento, a Elementl buscará capital adicional – como fundos de infraestrutura – para a construção. A meta da empresa é adicionar 10 gigawatts de energia nuclear à rede até 2035.
Em outubro, o Google fechou outra parceria com a Kairos Power, especializada em reatores modulares, comprometendo-se a comprar energia de sua frota de reatores. Na época, a empresa afirmou que o primeiro reator entraria em operação até 2030, com mais unidades até 2035.
No início deste ano, a startup chinesa de inteligência artificial DeepSeek levantou dúvidas sobre se o avanço na eficiência de modelos de IA reduziria a necessidade de investir em novas fontes de energia para data centers. No entanto, empresas como Amazon e Nvidia afirmaram que a demanda por energia de base continua crescendo rapidamente.
Em abril, Jack Clark, cofundador da Anthropic, estimou que serão necessários 50 gigawatts de nova capacidade energética até 2027 para sustentar a expansão da IA – o equivalente a cerca de 50 usinas nucleares.
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