O que diz o governo Lula sobre a operação dos EUA na Venezuela
Presidente argentino, Javier Milei agradeceu americanos pelo resgate dos venezuelanos na embaixada de seu país, mas ignorou a atuação brasileira

O governo brasileiro afirmou nesta quarta-feira que vinha respondendo, desde agosto de 2024, pela representação de interesses da Argentina na Venezuela e pela proteção da integridade física de venezuelanos asilados na embaixada argentina, em Caracas, e que trabalhou por vias diplomáticas para solucionar a situação na residência.
Além disso, o Itamaraty destacou que tentou viabilizar em diversas ocasiões a concessão de salvo-conduto aos refugiados, oferecendo também transporte aéreo aos asilados. Segundo o comunicado, no entanto, tais sugestões não foram atendidas.
Nesta terça-feira, o governo dos Estados Unidos resgatou os venezuelanos que estavam asilados há mais de 400 dias na embaixada argentina de Caracas. Os cinco refugiados – Magalli Meda, Pedro Urruchurtu, Claudia Macero, Omar González e Humberto Villalobos – pertenciam à equipe de María Corina Machado, opositora do regime de Nicolás Maduro.
A medida ocorreu após Maduro expulsar os diplomatas argentinos e aumentar a repressão contra a oposição.
Em nota, o presidente da Argentina, Javier Milei, agradeceu aos norte-americanos pelo resgate sem qualquer menção ao Brasil. Em especial, o ultradireitista demonstrou gratidão ao secretário de Estado americano, Marco Rubio, pelo “seu compromisso pessoal nesta operação”.