O que aconteceu com o bebê de 9 meses de um dos “experimentos mais antiéticos de todos os tempos”?
Você já ouviu falar do experimento que tentou criar um “cão de Pavlov” humano — e acabou gerando um dos… Esse O que aconteceu com o bebê de 9 meses de um dos “experimentos mais antiéticos de todos os tempos”? foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.


Você já ouviu falar do experimento que tentou criar um “cão de Pavlov” humano — e acabou gerando um dos casos mais polêmicos da psicologia?
No início do século XX, o psicólogo John B. Watson e sua assistente Rosalie Rayner decidiram testar o condicionamento clássico em um bebê de nove meses, conhecido na história apenas como “Pequeno Albert”. O objetivo era simples: provar que medos poderiam ser ensinados, não apenas herdados. O experimento começou em 1919, quando Albert foi exposto a objetos como um rato branco, um coelho, um macaco e até jornais em chamas. Inicialmente, o bebê não demonstrava receio — tudo era novidade para ele.
A mudança veio quando Watson introduziu um estímulo assustador. Toda vez que Albert via o rato, o pesquisador batia com um martelo em uma barra de metal, produzindo um som alto e abrupto. O barulho fazia o bebê chorar imediatamente. Repetindo a associação entre o rato e o ruído, Albert passou a associar o animal ao medo. Em pouco tempo, só de ver o rato, o menino entrava em pânico — e o mesmo ocorria com objetos similares, como o coelho ou um casaco de pele. O condicionamento funcionou, mas o experimento terminou sem que o medo de Albert fosse “desfeito”.
A história ganhou notoriedade não só pelos métodos, mas pelo destino desconhecido do menino. Por décadas, pesquisadores tentaram descobrir quem era “Pequeno Albert”. Em 2009, o psicólogo Hall Beck anunciou uma resposta trágica: ele identificou o bebê como Douglas Merritte, filho de uma funcionária do hospital Johns Hopkins, onde o estudo foi realizado. Beck usou registros médicos e análise facial para chegar à conclusão. Porém, Douglas morreu aos seis anos de hidrocefalia, uma acumulação de líquido no cérebro que, segundo registros, o deixou cego e com graves problemas de saúde.
Mas a história não acabou aí. Em 2012, outro grupo de pesquisadores, liderado por Russ Powell, contestou a descoberta. Eles encontraram evidências de que o verdadeiro Albert poderia ser William Albert Barger, filho de Pearl Barger, outra mulher que trabalhava no mesmo hospital. As datas de nascimento coincidiam, e o nome do menino — William Albert Barger — parecia uma pista. Diferente de Douglas, William viveu até os 87 anos, falecendo em 2007. Sua sobrinha revelou que ele nunca soube do experimento, mas tinha uma curiosidade: um aversão inexplicável a animais durante toda a vida.
A discussão continua. Alguns especialistas defendem que Douglas foi realmente o bebê do estudo, já que os registros de Watson mencionam complicações de saúde compatíveis com a hidrocefalia. Outros apontam que William Albert Barger teria sido um candidato mais plausível, já que sua história de vida se alinha com a descrição original — um menino saudável.
Independente da identidade, o experimento do Pequeno Albert permanece um marco controverso. Watson nunca tentou reverter o medo que criou no bebê, levantando questões éticas sobre os limites da pesquisa científica. Além disso, o caso expôs a falta de regulamentação em experimentos com humanos na época — algo que, felizmente, mudou nas décadas seguintes.
E quanto ao condicionamento em si? O medo de Albert generalizou-se para outros objetos peludos, mostrando como respostas emocionais podem ser ampliadas além do estímulo original. Esse fenômeno, chamado de “generalização de estímulos”, ainda é estudado hoje — mas, claro, de forma bem menos radical.
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