Nova moda viral do ChatGPT? Transformar animais de estimação em humanos

Depois do ‘Estilo Ghibli’ ter viralizado e feito o ChatGPT bater recorde de utilizadores, eis uma nova moda viral que promete ter efeitos semelhantes. 

Abr 10, 2025 - 14:54
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Nova moda viral do ChatGPT? Transformar animais de estimação em humanos

Depois do ‘Estilo Ghibli’ ter viralizado e feito o ChatGPT bater recorde de utilizadores, eis uma nova moda viral que promete ter efeitos semelhantes.

A mais recente ferramenta de geração de imagens da OpenAI, a GPT-4o, está a alimentar uma nova tendência viral nas redes sociais em que os donos de animais carregam uma foto do seu companheiro de quatro patas no ChatGPT, perguntam como seria se fosse uma pessoa e deixam o modelo fazer o resto.

A IA analisa traços visuais do animal e devolve uma descrição do seu alter ego humano — com direito a estilo, personalidade e até profissões improváveis. Depois disso, o sistema gera um retrato que encarna essa identidade fictícia.

Nas redes sociais, os resultados não tardaram a explodir. A conta do Instagram @chatgptricks tem partilhado dicas para melhorar os retratos, como remover características animais (orelhas, bigodes ou pelo) e focar na postura, paleta de cores e expressões humanas. O objetivo é tornar o retrato mais realista e viral.

Criatividade, sim. Mas há limites?
Se por um lado a funcionalidade está a soltar a criatividade de donos de animais de estimação e entusiastas digitais, por outro está a reabrir um debate delicado: os limites da IA generativa na arte. O mesmo modelo que permite imaginar cães como pessoas – com respetivas profissões – também tem sido utilizado para criar imagens no estilo visual de artistas consagrados — como o Estilo Ghibli, de Hayao Miyazaki.

A apropriação do estilo onírico e desenhado à mão dos filmes de Miyazaki gerou críticas por parte de fãs e artistas. E não é a primeira vez. Num documentário de 2016, o próprio realizador japonês classificou a arte criada por IA como “um insulto à própria vida”, expressando a sua rejeição ao uso de algoritmos para simular a criatividade humana.