Nathalie Ballan distinguida nos Forbes Green ESG Awards
Este prémio é mais uma constatação de um percurso profissional ímpar, que contribuiu para a integração da sustentabilidade nas estratégias das marcas, empresas e organizações para um futuro mais responsável e inclusivo.


Nathalie Ballan, fundadora da Sair da Casca e pioneira em sustentabilidade e inovação social em Portugal, foi distinguida com o prémio Green Woman na edição de 2025 dos Forbes Green ESG Awards, que reconhece personalidades que se destacam pelo seu contributo para a transição ecológica e promoção de práticas empresariais sustentáveis.
Este prémio é mais uma constatação de um percurso profissional ímpar, que contribuiu para a integração da sustentabilidade nas estratégias das marcas, empresas e organizações para um futuro mais responsável e inclusivo.
Pioneira na sustentabilidade empresarial em Portugal, Nathalie Ballan fundou, em 1994, a Sair da Casca – a primeira empresa nacional, e uma das primeiras na Europa, exclusivamente dedicada à consultoria em sustentabilidade – com a convicção de que o setor empresarial é um motor de mudança e que a integração da sustentabilidade gera um círculo virtuoso essencial para o sucesso dos negócios.
Desde então, tem desempenhado um papel central na definição das primeiras estratégias de sustentabilidade do tecido empresarial nacional. Há mais de 30 anos que a Nathalie Ballan lidera a Sair da Casca na missão de contribuir para a incorporação dos princípios ESG nos modelos de negócio das maiores empresas portuguesas. Em 2024, a Sair da Casca juntou-se à S317 Consulting, dando origem ao maior grupo português de consultoria em sustentabilidade.
Ao longo da carreira, Nathalie impulsionou iniciativas que deixaram uma marca indelével em diversas áreas, a nível nacional e internacional. O primeiro destaque passou pela mobilização empresarial e envolvimento de stakeholders. Entre 2000 e 2004, a Sair da Casca sensibilizou mais de 3 000 executivos sobre sustentabilidade corporativa, nos primeiros workshops sobre sustentabilidade realizados em parceria com o BCSD Portugal. Ainda em 2004, realizou o primeiro estudo nacional sobre a Responsabilidade Corporativa em Portugal, para identificar preocupações e práticas ambientais e sociais das empresas.
O seu constante pioneirismo levou-a a inovar na governança, quando a empresa criou o primeiro rating de transparência empresarial – Accountability Rating Portugal (2008) – para promover a prestação de contas e boas práticas ESG. O rating, elaborado com a norma de referência AA1000, foi também implementado em Espanha.
Em termos de educação e sensibilização ambiental, desenvolveu os primeiros projetos de mecenato educativo em Portugal, com o apoio do Ministério da Educação e da Agência Portuguesa do Ambiente, envolvendo milhões de estudantes, famílias e professores em temas ambientais, como consumo responsável dos recursos naturais, reciclagem e eficiência energética.
Em 2011- na sequência da visita a Lisboa do Professor Mohammed Yunus – a Sair da Casca aceitou o desafio do Prémio Nobel da Paz (2006) e lançou com o BCSD, a CGD, a Danone e a Sumol+Compal, o primeiro grupo de trabalho de empresas, entidades do terceiro setor e fundações empresariais para desenhar estratégias de atuação e alavancar projetos de impacto social ou ambiental (social business, negócios inclusivos, mercados BOP e empreendedorismo social).
Para além disso, está a procurar internacionalizar cada vez mais as metodologias de intervenção comunitárias e educativas em África, e está a explorar, igualmente, formas de contribuição para a situação social na Ucrânia.
“Este prémio é um reconhecimento do caminho que temos vindo a fazer em prol de um modelo económico mais sustentável e inclusivo. Apesar das incertezas geopolíticas, das oscilações regulatórias ou de tentativas de retrocesso que expõem as fragilidades do compromisso coletivo, sabemos que a transição sustentável é irreversível e o nosso papel é assegurar que seja positiva para os negócios, inovadora, inteligente e transformadora. Continuamos, todos os dias, a “sair da casca”, a antecipar tendências e a demonstrar que as organizações que resistem a esta mudança não estão apenas atrasadas – estão fora do jogo. Acredito que só através de uma abordagem integrada, e colaborativa conseguiremos enfrentar os desafios sociais, ambientais e económicos da atualidade”, acrescenta Nathalie Ballan.
O Green Woman Award atribuído a Nathalie Ballan reforça a sua posição como uma das principais vozes da sustentabilidade em Portugal e contribui para inspirar uma nova geração de especialistas face a um novo paradigma empresarial, onde a criação de valor se alia, indissociavelmente, ao impacto positivo na sociedade e no planeta.