Ministros do Ambiente da CPLP querem comunidade representada na próxima Cimeira do Clima
“Pavilhão-Espaço CPLP” é proposto numa declaração assinada esta terça-feira na X Reunião de Ministros do Ambiente da CPLP, que decorreu em São Tomé e Príncipe, sucessor de Angola na presidência rotativa da comunidade.

Os ministros do Ambiente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pretendem que a organização esteja representada na próxima Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, que terá lugar no Brasil, no final do ano.
A proposta consta de uma declaração conjunta assinada esta terça-feira durante a X Reunião de Ministros do Ambiente da CPLP, que decorreu em São Tomé e Príncipe, que assumiu a presidência rotativa da organização no início do ano.
No documento ao qual o Jornal Económico (JE) teve acesso, os representantes dos nove Estados-membros decidem “mandatar o Secretariado Executivo da CPLP e a presidência em exercício da RMAMB a avaliar, conjuntamente com o Brasil, a oportunidade de organizar um “Pavilhão-Espaço CPLP” e a facilitação da componente de alojamento, no contexto da COP-30 da CQNUMC/CQNUAC, que se realizará em novembro de 2025, em Belém do Pará, no Brasil”.
A CPLP pode desempenhar um “papel catalisador no reforço de uma ação multilateral concertada para o combate às crises ambientais”, reconhecem os representantes do Ambiente, enquanto classificam o “papel da juventude nas questões ambientais” como “crucial para a implementação de políticas inovadoras de educação ambiental e catalisador de mudanças sociais e políticas […]”.
Os signatários reconhecem, ainda, “que a cooperação multilateral e a solidariedade internacional são princípios fundamentais para o cumprimento dos compromissos do direito ambiental internacional, e afirmando que a CPLP constitui um espaço privilegiado para a cooperação em todos os domínios e concertação política e diplomática”.
O grupo chama a atenção, também, para a “importância de garantir a justiça climática” para os países mais vulneráveis, como os Pequenos Estados Insulares e países em desenvolvimento, ameaçados pelo aumento do nível do mar e por eventos climáticos extremos.
Portugal esteve representado na reunião dedicada ao tema “Desafios Climáticos e o Papel das Próximas Gerações de Líderes Ambientais” pelo secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa.