Mesmo com 900 mil autistas em salas comuns, escolas não têm protocolo seguro para lidar com episódios de agressividade
Docentes não recebem formação adequada para agir da maneira correta quando aluno entra em crise. Casos recentes mostram tentativas perigosas de contenção, não permitidas no Brasil, que podem colocar o professor e a própria criança em risco. Entenda importância da inclusão escolar efetiva. Em apenas dois anos, entre 2022 e 2024, o número de alunos com autismo matriculados em escolas comuns mais do que dobrou no Brasil: saltou de 405 mil para 884,4 mil, mostram os dados do Censo Escolar, divulgados em abril pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O avanço da inclusão, previsto em lei, obviamente tem de ser celebrado: a convivência de estudantes com e sem deficiência traz benefícios sociais e cognitivos a todos da turma. Mas é preciso lembrar que não basta garantir a presença de uma criança autista na sala de aula comum — é dever das redes de ensino e das escolas fazer adaptações no currículo, no espaço físico e nas avaliações, além de dar suporte aos professores e formá-los adequadamente.
Notícias como estas a seguir, publicadas no g1 neste ano, evidenciam um dos muitos obstáculos para que a educação seja, de fato, inclusiva: instituições de ensino, em geral, não sabem lidar com episódios de agressividade que alguns indivíduos com TEA podem apresentar. Veja:
Professora senta em aluno autista para imobilizá-lo, e família registra boletim de ocorrência
Criança com autismo é agredida por professora e impedida de se alimentar em SP
Criança autista agredida por professor de capoeira relatou episódio à mãe: 'Me deu uma rasteira'
Docentes não recebem formação adequada para agir da maneira correta quando aluno entra em crise. Casos recentes mostram tentativas perigosas de contenção, não permitidas no Brasil, que podem colocar o professor e a própria criança em risco. Entenda importância da inclusão escolar efetiva. Em apenas dois anos, entre 2022 e 2024, o número de alunos com autismo matriculados em escolas comuns mais do que dobrou no Brasil: saltou de 405 mil para 884,4 mil, mostram os dados do Censo Escolar, divulgados em abril pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O avanço da inclusão, previsto em lei, obviamente tem de ser celebrado: a convivência de estudantes com e sem deficiência traz benefícios sociais e cognitivos a todos da turma. Mas é preciso lembrar que não basta garantir a presença de uma criança autista na sala de aula comum — é dever das redes de ensino e das escolas fazer adaptações no currículo, no espaço físico e nas avaliações, além de dar suporte aos professores e formá-los adequadamente.
Notícias como estas a seguir, publicadas no g1 neste ano, evidenciam um dos muitos obstáculos para que a educação seja, de fato, inclusiva: instituições de ensino, em geral, não sabem lidar com episódios de agressividade que alguns indivíduos com TEA podem apresentar. Veja:
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