Mato-grossense é o 1º brasileiro aceito em duas sociedades internacionais de alto QI
Cícero Moraes reconstruiu a primeira prótese de casco de jabuti feita em impressora 3D no mundo, além de uma animação com o rosto de Zuzu, um dos primeiros habitantes do Brasil. Cícero Moraes é especialista em reconstrução facial 3D Cícero Moraes/Arquivo pessoal O designer 3D e pesquisador Cícero Moraes, de Sinop, a 503 km de Cuiabá, foi aceito, em abril, em três sociedades internacionais de alto QI: a Poetic Genius Society, a Prudentia High IQ Society — nas quais é o primeiro brasileiro —, e na Colloquy High IQ Society, na qual é o segundo. Além dessas organizações, ele também faz parte da Mensa Internacional e da Intertel, somando cinco afiliações a sociedades de elite dedicadas às altas habilidades cognitivas em todo o mundo. Todas as organizações citadas são formadas apenas por pessoas com quociente de inteligência a partir de 140, faixa que corresponde ao percentil 99,6 da população. Cícero já realizou trabalhos de reconstruções faciais forenses e próteses impressas em 3D usadas em 33 países. Além disso, os projetos desenvolvidos por Cícero já ganharam repercussão mundial, sendo noticiados em mais de 110 idiomas. Ele também recebeu dois títulos de doutor honoris causa — um no Brasil e outro no México — em reconhecimento às contribuições científicas. Um dos feitos mais notáveis dele foi a participação na criação do primeiro casco de jabuti do mundo impresso em 3D, reconhecido pelo Guinness World Records como um marco que uniu ciência, tecnologia e empatia em prol da vida animal. Em entrevista ao g1, ele contou que o reconhecimento representa a realização de um sonho antigo. “Durante muito tempo, eu sonhava em ter contato com pessoas que desenvolvessem tecnologias e atuassem no campo científico, mas não tive oportunidade. Foi graças a um evento difícil da minha vida, uma crise de meia-idade, que descobri a questão da superdotação e pude concretizar esse sonho”, relatou. O processo de admissão nas associações exige a apresentação de um laudo neuropsicológico que comprove o quociente de inteligência (QI) elevado. Segundo Cícero, além do laudo, as publicações acadêmicas e trabalhos veiculados na imprensa também foram avaliados. Cícero Moraes reconstrói faces virtualmente Reprodução Embora não haja uma cerimônia de entrega oficial de títulos, a aceitação é formalizada por meio de e-mails e registros internos das entidades. Para Cícero, mais do que um reconhecimento pessoal, a maior conquista é poder interagir e trocar conhecimento com outros pesquisadores. "O valor maior está na troca de informações, nessa relação científica e intelectual com os demais membros". Morador de Sinop, no norte de Mato Grosso, Cícero afirmou que não pretende se mudar para centros maiores para continuar a trajetória acadêmica e profissional. Ele disse que graças à tecnologia pode realizar pesquisas de maneira remota. O pesquisador também falou sobre a importância de desmistificar conceitos em torno da inteligência e da genialidade. Segundo ele, a superdotação não é algo tão distante quanto se imagina. "Seu vizinho pode ser um gênio e você nem sabe. Muitas pessoas são inteligentes, mas não tiveram oportunidade de fazer um laudo. A genialidade não depende apenas de um QI alto, mas de muito trabalho e dedicação", afirmou.


Cícero Moraes reconstruiu a primeira prótese de casco de jabuti feita em impressora 3D no mundo, além de uma animação com o rosto de Zuzu, um dos primeiros habitantes do Brasil. Cícero Moraes é especialista em reconstrução facial 3D Cícero Moraes/Arquivo pessoal O designer 3D e pesquisador Cícero Moraes, de Sinop, a 503 km de Cuiabá, foi aceito, em abril, em três sociedades internacionais de alto QI: a Poetic Genius Society, a Prudentia High IQ Society — nas quais é o primeiro brasileiro —, e na Colloquy High IQ Society, na qual é o segundo. Além dessas organizações, ele também faz parte da Mensa Internacional e da Intertel, somando cinco afiliações a sociedades de elite dedicadas às altas habilidades cognitivas em todo o mundo. Todas as organizações citadas são formadas apenas por pessoas com quociente de inteligência a partir de 140, faixa que corresponde ao percentil 99,6 da população. Cícero já realizou trabalhos de reconstruções faciais forenses e próteses impressas em 3D usadas em 33 países. Além disso, os projetos desenvolvidos por Cícero já ganharam repercussão mundial, sendo noticiados em mais de 110 idiomas. Ele também recebeu dois títulos de doutor honoris causa — um no Brasil e outro no México — em reconhecimento às contribuições científicas. Um dos feitos mais notáveis dele foi a participação na criação do primeiro casco de jabuti do mundo impresso em 3D, reconhecido pelo Guinness World Records como um marco que uniu ciência, tecnologia e empatia em prol da vida animal. Em entrevista ao g1, ele contou que o reconhecimento representa a realização de um sonho antigo. “Durante muito tempo, eu sonhava em ter contato com pessoas que desenvolvessem tecnologias e atuassem no campo científico, mas não tive oportunidade. Foi graças a um evento difícil da minha vida, uma crise de meia-idade, que descobri a questão da superdotação e pude concretizar esse sonho”, relatou. O processo de admissão nas associações exige a apresentação de um laudo neuropsicológico que comprove o quociente de inteligência (QI) elevado. Segundo Cícero, além do laudo, as publicações acadêmicas e trabalhos veiculados na imprensa também foram avaliados. Cícero Moraes reconstrói faces virtualmente Reprodução Embora não haja uma cerimônia de entrega oficial de títulos, a aceitação é formalizada por meio de e-mails e registros internos das entidades. Para Cícero, mais do que um reconhecimento pessoal, a maior conquista é poder interagir e trocar conhecimento com outros pesquisadores. "O valor maior está na troca de informações, nessa relação científica e intelectual com os demais membros". Morador de Sinop, no norte de Mato Grosso, Cícero afirmou que não pretende se mudar para centros maiores para continuar a trajetória acadêmica e profissional. Ele disse que graças à tecnologia pode realizar pesquisas de maneira remota. O pesquisador também falou sobre a importância de desmistificar conceitos em torno da inteligência e da genialidade. Segundo ele, a superdotação não é algo tão distante quanto se imagina. "Seu vizinho pode ser um gênio e você nem sabe. Muitas pessoas são inteligentes, mas não tiveram oportunidade de fazer um laudo. A genialidade não depende apenas de um QI alto, mas de muito trabalho e dedicação", afirmou.