Más notícias para a Tesla (e a culpa é de Donald Trump)

Apesar da queda acentuada nas vendas de veículos, a Tesla conseguiu manter-se lucrativa no primeiro trimestre de 2025 graças à venda de créditos regulatórios. Mas essa vantagem pode ter fim à vista.

Abr 29, 2025 - 19:29
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Apesar da queda acentuada nas vendas de veículos, a Tesla conseguiu manter-se lucrativa no primeiro trimestre de 2025 graças à venda de créditos regulatórios, revela a Fast Company.

Estes créditos são devidos em 11 estados dos EUA que estavam obrigados a vender uma determinada percentagem de veículos elétricos até ao presente ano, sendo que, aqueles que não conseguirem, poderiam, em alternativa, comprar créditos regulatórios a outros fabricantes que cumpram os requisitos – como é o caso da Tesla, que vende exclusivamente carros elétricos.

Ora, a empresa liderada por Elon Musk obteve 595 milhões de dólares este ano com esses créditos. Sem essa receita, a Tesla teria reportado um prejuízo de 186 milhões de dólares, ao invés de um lucro de 409 milhões — valor que representa uma queda de 71% em relação ao mesmo período do ano passado.

Estes créditos ambientais têm sido uma espécie de “colchão financeiro” para a marca desde os seus primeiros anos, e continuam a ser essenciais mesmo agora. Porém, o futuro pode ditar o fim desse “colchão”.

O presidente Donald Trump e os republicanos no Congresso estão a tentar desmontar o sistema que permite a venda desses créditos, incluindo retirar da Califórnia o direito de estabelecer padrões próprios de qualidade do ar. Esta semana está prevista a votação de projeto de lei na Câmara dos Representantes dos EUA, enquanto o Supremo Tribunal avalia ações judiciais contra a restauração da isenção que permite esses padrões.

Embora a Tesla esteja a preparar-se para um futuro menos dependente dos créditos — especialmente à medida que mais marcas lançam os seus próprios elétricos —, o tempo e o contexto económico está contra a empresa. As vendas da marca estão em queda, afetadas tanto pela imagem pública de Musk como pela falta de novidades na gama de produtos. Um novo modelo mais acessível tem sido prometido, mas este só deve chegar ao mercado em 2026.