Dos Samba da Adidas à Shein: Que marcas vão aumentar os preços na sequência das tarifas nos EUA?

As recentes tarifas comerciais anunciadas por Donald Trump nos Estados Unidos já começaram a causar efeitos no mercado — e os consumidores americanos já os sentem diretamente na carteira.

Abr 29, 2025 - 19:29
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Dos Samba da Adidas à Shein: Que marcas vão aumentar os preços na sequência das tarifas nos EUA?

As recentes tarifas comerciais anunciadas por Donald Trump nos Estados Unidos já começaram a causar efeitos no mercado — e os consumidores americanos já os sentem diretamente na carteira.

De gigantes do retalho online como a Shein e a Temu à Adidas, várias são as marcas que já anunciaram aumentos de preços na sequência das novas medidas protecionistas implementadas pela administração Trump.

A estratégia visa proteger a indústria, mas está a pressionar custos em setores tão diversos como o automóvel, os bens de consumo e a tecnologia.

Como já referido, entre as marcas mais conhecidas que anunciaram aumentos de preços nos EUA estão a Shein e a Temu, que deixaram de beneficiar de isenções alfandegárias e viram os seus custos disparar. No caso da Shein, por exemplo, há produtos cujo preço aumentou até 377%.

Outra das marcas a escalar os preços é a Adidas, que já confirmou que haverá um aumento no preço dos seus produtos nos Estados Unidos, embora tenha indicado que não consegue determinar o impacto específico das tarifas.

Bjorn Gulden, CEO da empresa, alertou que esta não consegue fabricar “quase nenhum” de seus produtos nos Estados Unidos e as políticas protecionistas de Trump levarão a custos mais altos para todos os produtos no mercado americano. Um dos modelos mais populares são os famosos Samba, podendo esse ser um dos modelos afetados pelos aumentos (se não se aplicar mesmo a todos). 

No retalho tradicional, a Target e a Walmart enfrentam pressões para ajustar preços, tendo os CEO’s das mesmas já admitido que os aumentos deverão sentir-se já nas próximas semanas. Outros nomes de peso, como a Procter & Gamble (P&G), Unilever e Nestlé já admitiram os aumentos nos seus produtos de higiene e alimentação.

No setor automóvel, marcas como Ford, BMW, Mercedes-Benz e Volkswagen também sinalizaram subidas de preços, culpando as tarifas sobre carros importados para os aumentos.