Luighi, atleta vítima de injúria racial, nega convites de campanhas publicitárias

Vítima de injúria racial na Copa Libertadores sub-20, há duas semanas, Luighi, atacante de 18 anos do Palmeiras, recusou convites de peças publicitárias que trazem temática anti-racista.

De acordo com o Uol, o motivo diz respeito ao fato do atleta estar focado em retomar sua carreira. O jogador, que faz parte do elenco da base no profissional, atuou como reforço do clube na disputa do torneio sul-americano.

Um dos convites para campanha foi realizado pelo Ministério Público do Mato Grosso. Nos últimos dias, Luighi tem evitado os holofotes da imprensa, e tem contado com o apoio da família, do Palmeiras e de amigos para superar o episódio vivido.

A presidente do Verdão, Leila Pereira, se manifestou publicamente antes de apresentar o novo atacante do clube, Vitor Roque. A dirigente lembrou de uma partida em 2022, quando torcedores do clube paraguaio fizeram gestos de macacos na direção de atletas do clube, e outra em 2023, quando os jogadores sofreram injúrias raciais.

Se somando aos atos flagrados no Estádio Gunther Vogel, no Paraguai, direcionados a Luighi, na última quarta-feira (19), Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, protagonizou outro momento vergonhoso para o esporte sul-americano.

Na ocasião, o dirigente utilizou a expressão “Tarzan sem Chita” ao ser perguntado se imaginava a Libertadores sem times brasileiros, durante o evento de sorteio da competição.

Em resposta, a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) publicou, nesta quinta-feira (20), um manifesto repudiando a declaração do presidente da Conmebol. No entanto, chamou a atenção a ausência do Flamengo na assinatura do comunicado do grupo, que reúne Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo, Vitória, Ferroviária, Paysandu, Remo, Volta Redonda, ABC, Brusque, Guarani e Sampaio Corrêa.

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