Keeta: plataforma chinesa de delivery desembarca no Brasil para competir com iFood
Startupi Keeta: plataforma chinesa de delivery desembarca no Brasil para competir com iFood O mercado brasileiro de delivery digital receberá mais um competidor: a Keeta, aplicativo desenvolvido pela chinesa Meituan, gigante do setor de serviços sob demanda. A plataforma, que já opera em outros países, foi registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e prepara sua chegada ao Brasil, onde enfrentará concorrentes consolidados, como iFood e 99Food. [...] O post Keeta: plataforma chinesa de delivery desembarca no Brasil para competir com iFood aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Tiago Souza

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Keeta: plataforma chinesa de delivery desembarca no Brasil para competir com iFood
O mercado brasileiro de delivery digital receberá mais um competidor: a Keeta, aplicativo desenvolvido pela chinesa Meituan, gigante do setor de serviços sob demanda. A plataforma, que já opera em outros países, foi registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e prepara sua chegada ao Brasil, onde enfrentará concorrentes consolidados, como iFood e 99Food.
Segundo documentos públicos, a Meituan formalizou o pedido de registro da marca em abril de 2025, indicando planos para atuação no segmento de entregas de refeições. A empresa não divulgou prazos ou detalhes sobre lançamento, mas fontes do setor sugerem que a estreia ocorrerá nos próximos meses, com foco inicial em grandes centros urbanos.
A Keeta chega ao país em um momento de crescimento do mercado de delivery, que movimentou R$ 45 bilhões em 2024, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). A expectativa é que a plataforma repita estratégias adotadas em outras regiões, como Hong Kong, onde oferece taxas menores para estabelecimentos e promete prazos de entrega mais curtos.
Dados da Meituan apontam que, em operações internacionais, a empresa reduz comissões em até 50% comparado a rivais locais. Além disso, a Keeta utiliza algoritmos para otimizar rotas de entregadores, diminuindo tempo médio de espera. No Brasil, onde reclamações sobre demora e custos são frequentes, essa abordagem pode atrair tanto consumidores quanto parceiros comerciais.
Desafios no mercado nacional
Apesar do potencial, a entrada da Keeta enfrentará obstáculos. O iFood, líder no setor, detém 75% das vendas do segmento, segundo relatório da consultoria Kantar. A plataforma também mantém acordos exclusivos com redes de fast food e possui base de usuários superior a 50 milhões.
Outro ponto crítico é a infraestrutura logística. Enquanto a Meituan opera com frota própria em parte de suas filiais, no Brasil a Keeta deverá depender de parceiros terceirizados, modelo semelhante ao de concorrentes. Especialistas alertam que a adaptação a normas trabalhistas locais e a variações regionais no consumo exigirão investimentos significativos.
Representantes do iFood afirmaram, em nota, que “acolhem a concorrência” e reforçaram iniciativas recentes, como redução de tarifas para restaurantes pequenos. Já a 99Food, controlada pela chinesa Didi, informou que ampliará benefícios para entregadores, como seguro gratuito e bonificações por produtividade.
A reação das empresas estabelecidas indica que a disputa pelo mercado brasileiro deve intensificar-se nos próximos trimestres. Para analistas, a chegada da Keeta pode pressionar preços e melhorar condições para consumidores, mas seu sucesso dependerá de capacidade operacional e investimento em marketing.
A expansão da Meituan reflete tendência de empresas chinesas em buscar mercados emergentes. Nos últimos anos, companhias como Shein, TikTok e Shopee consolidaram-se no Brasil, aproveitando demanda por preços competitivos e tecnologia ágil.
No setor de delivery, a aposta é replicar o êxito obtido na Ásia, onde a Meituan processa mais de 30 milhões de pedidos diários. Se a estratégia for bem-sucedida, a Keeta pode tornar-se alternativa relevante, embora especialistas recomendem cautela devido a históricos de adaptações complexas por parte de gigantes estrangeiras.
A Keeta ainda não confirmou se operará com estrutura independente ou parcerias locais. Rumores sugerem conversas com operadoras de pagamento e redes de varejo para facilitar integração. Enquanto isso, restaurantes demonstram interesse, mas aguardam esclarecimentos sobre prazos de repasse e suporte técnico.
O Ministério da Economia informou que “observa com atenção” a entrada de novas plataformas, destacando importância de concorrência para dinamizar setores. Para usuários, a expectativa é por mais opções e melhores condições em um serviço que se tornou essencial no cotidiano urbano.
Acompanhamento de registros no INPI mostra que a Meituan também protegeu outros nomes relacionados, sinalizando possíveis expansões futuras. Detalhes sobre operacionalização, no entanto, seguem sob sigilo, aguardando anúncio oficial da empresa.
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