Hormônio do crescimento pode ajudar no tratamento da ansiedade, revela estudo da USP
Tradicionalmente associado ao desenvolvimento físico, o hormônio do crescimento (GH, na sigla em inglês) começa a ganhar destaque por outra função surpreendente: seu potencial ansiolítico. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), publicado no The Journal of Neuroscience, revela que o GH também atua diretamente na regulação da ansiedade e da […]

Tradicionalmente associado ao desenvolvimento físico, o hormônio do crescimento (GH, na sigla em inglês) começa a ganhar destaque por outra função surpreendente: seu potencial ansiolítico.
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), publicado no The Journal of Neuroscience, revela que o GH também atua diretamente na regulação da ansiedade e da memória do medo.
A pesquisa, conduzida pelo professor José Donato Júnior, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e representa um avanço importante na compreensão das funções neurológicas do GH. Pela primeira vez, os cientistas conseguiram identificar o grupo específico de neurônios que modulam os efeitos do hormônio em condições neuropsiquiátricas como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático (TEPT).
- Brasil tem 4 pousadas em lista das 25 melhores do mundo
- Estes sintomas sutis podem revelar um câncer silencioso; fique atento
- Saiba como ocorre o diagnóstico de TDAH em crianças e adultos
- Litoral norte de SP dá início à temporada de baleias; veja as cidades onde é mais fácil encontrá-las
O foco da investigação foi a remoção dos receptores do hormônio do crescimento em células cerebrais que expressam o peptídeo somatostatina, conhecido por antagonizar os efeitos do GH. A manipulação genética foi feita em camundongos machos e resultou em um aumento claro de comportamentos ansiosos, indicando uma relação direta entre o GH e a regulação emocional.
Curiosamente, esse efeito não foi observado em camundongos fêmeas, o que levanta novas questões sobre possíveis diferenças sexuais na resposta ao hormônio — um ponto que os cientistas ainda buscam compreender.