★ Guia prático: como proteger suas criptomoedas no macOS

O mercado de criptomoedas segue crescendo no Brasil. De acordo com um levantamento da Federação Brasileira de Bancos…

Mar 25, 2025 - 03:05
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★ Guia prático: como proteger suas criptomoedas no macOS
MacBook Pro com adaptador

O mercado de criptomoedas segue crescendo no Brasil. De acordo com um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mais de 20% dos brasileiros com acesso à internet já realizaram algum tipo de transação envolvendo criptos ao menos uma vez. Esse número deverá aumentar ainda mais, principalmente com a popularização de plataformas de negociação e com o forte interesse dos brasileiros em ativos digitais.

Porém, comprar moedas digitais é apenas o primeiro passo. Também é preciso adotar medidas de segurança específicas para evitar que suas criptomoedas fiquem vulneráveis a ataques virtuais. Por mais moderna que seja a tecnologia, o macOS não está imune a ameaças. E é preciso proteger seus criptoativos no ecossistema Apple.

Criptomoedas no Brasil e as principais ameaças no macOS

O Brasil é um dos maiores mercados de criptomoedas da América Latina. Segundo dados do Banco Central do Brasil, o país movimenta mais de R$200 bilhões em transações de criptoativos ao ano, o que inclui compras, vendas e trocas realizadas por investidores individuais e instituições.

Além disso, houve grande aumento da adoção de fintechs e corretoras internacionais que passaram a ofertar serviços mais acessíveis e com taxas competitivas. Uma das principais razões para esse crescimento está na descentralização e na praticidade proporcionada pelas criptomoedas.

Contudo, o ambiente digital, seja em Windows, Linux ou macOS, exige cuidados especiais devido à ação de golpistas, malwares e práticas de phishing. Embora o macOS seja reconhecido pela sua segurança, o cibercrime é versátil e explora qualquer mínima vulnerabilidade.

Então, se você já chegou a escolher a próxima criptomoeda na Coinbase para planejar seus investimentos, é hora de se preocupar com as ameaças que podem ser encontradas no armazenamento dos seus ativos. A principal delas são phishing e ataques de engenharia social.

Emails fraudulentos, mensagens em redes sociais e até anúncios patrocinados podem direcionar o usuário a sites falsos. Uma vez lá, ao inserir credenciais ou dados pessoais, o criminoso obtém acesso às suas contas, incluindo possíveis carteiras de criptomoedas. No macOS, esse golpe é potencializado quando o usuário confia no sistema e acaba não instalando filtros de segurança adicionais.

Malwares disfarçados de aplicativos confiáveis também são comuns. Embora a Apple mantenha um ecossistema fechado e sistemas de verificação como o Gatekeeper, atacantes ainda encontram formas de distribuir aplicativos infectados. É comum que usuários baixem ferramentas para “monitoramento de preço de criptomoedas” ou softwares de “mineração em nuvem” sem verificar a fonte.

Esses programas podem conter códigos maliciosos projetados para roubar senhas ou até sequestrar carteiras virtuais. Quem usa Safari, Chrome ou Firefox no Mac pode ser alvo de extensões que prometem “melhorar a experiência” ou “oferecer ferramentas de trading“. Esse tipo de software pode capturar dados de login em corretoras, registrar atividade do teclado (keyloggers) ou redirecionar o usuário para sites maliciosos.

Ferramentas e práticas de segurança no macOS

O macOS já conta com um firewall nativo que pode ser habilitado em Ajustes do Sistema » Rede » Firewall. Ative essa opção e mantenha-a sempre atualizada. Dessa forma, você reduz a probabilidade de conexões suspeitas entrarem ou saírem do seu dispositivo sem autorização.

o Gatekeeper verifica se um aplicativo é assinado pela Apple e se está na App Store (ou se o desenvolvedor é reconhecido). Manter essa função ativada ajuda a impedir a execução de programas suspeitos. Ainda assim, analise a procedência de softwares baixados de sites terceiros.

Use senhas fortes, compostas por letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais. Sempre que possível, ative a autenticação de dois fatores, tanto na sua Conta Apple quanto nas plataformas de negociação de criptomoedas. Essa camada extra exige um código temporário, geralmente gerado em um app ou enviado por SMS 1, dificultando invasões.

O macOS também oferece o app Senhas (Passwords), que armazena senhas de forma criptografada. Você pode, ainda, optar por gestores de senhas independentes. Assim, não há a necessidade de repetir senhas em diferentes plataformas, prática que fragiliza a segurança.

Uma rede privada virtual (VPN) pode ajudar a manter as suas informações mais seguras ao criptografar o tráfego. Isso é essencial ao acessar carteiras de criptomoedas ou corretoras em redes Wi-Fi públicas, como em cafeterias ou aeroportos. Opte por serviços de VPN reconhecidos e que tenham política de zero log.

Além disso, a Apple libera periodicamente patches de segurança e correções de bugs. Vale a pena ativar a atualização automática do macOS para não esquecer de instalar esses pacotes. Muitos invasores exploram falhas já conhecidas em sistemas desatualizados para conseguir acesso a dados sensíveis.

Notas de rodapé

1    Short message service, ou serviço de mensagens curtas.